- E senti o espírito inundado por um mistério de luz que é Deus e N´Ele vi e ouvi -A ponta da lança como chama que se desprende, toca o eixo da terra, – Ela estremece: montanhas, cidades, vilas e aldeias com os seus moradores são sepultados. - O mar, os rios e as nuvens saem dos seus limites, transbordam, inundam e arrastam consigo num redemoinho, moradias e gente em número que não se pode contar , é a purificação do mundo pelo pecado em que se mergulha. - O ódio, a ambição provocam a guerra destruidora! - Depois senti no palpitar acelerado do coração e no meu espírito o eco duma voz suave que dizia: – No tempo, uma só Fé, um só Batismo, uma só Igreja, Santa, Católica, Apostólica: - Na eternidade, o Céu! (escreve a irmã Lúcia a 3 de janeiro de 1944, em "O Meu Caminho," I, p. 158 – 160 – Carmelo de Coimbra)
terça-feira, 7 de abril de 2009
MISSA TRIDENTINA
Missa Tridentina
A Missa Tridentina, ou Missa de Sempre, ou ainda Missa de São Pio V, é a verdadeira missa do rito romano da Igreja Católica. A missa nova, ou missa de Paulo VI, é uma corrupção, uma tentativa de destruir aquilo que existe de sagrado e transcendente na Santa Missa.
A Missa Tridentina foi o resultado da Tradição da Igreja desde os seus primórdios até a sua cristalização por obra do grande Santo, o Papa São Pio V. Este Papa determinou, em sua bula intitulada Quo Primum Tempore, que a Missa jamais deveria ser alterada. Com isso, ele pretendia evitar que heresias se infiltrassem na Igreja. E a Missa Tridentina é toda ela uma enorme barreira contra os erros: o sacerdote fica de frente para o altar onde é oferecido o sacrifício; a Missa é rezada em uma língua especial para a liturgia - o latim, que aliás nunca deixou de ser a língua oficial da Igreja; as palavras, os gestos, a seqüência da Missa conduzem a alma para a oração, para o sacrifício da Cruz que está sendo renovado de forma incruenta; o altar do sacrifício e as vestimentas do sacerdote e dos acólitos refletem a solenidade daquele momento; a comunhão é distribuída pelo sacerdote aos fiés que, ajoelhados, a recebem na boca; as mulheres respeitam a ordem de Deus, transmitida pelo grande apóstolo São Paulo, em sua carta aos coríntios, e se cobrem com o véu na Igreja.
E poderíamos nos alongar mais na descrição da Missa Tridentina, mas pelo que já foi dito, uma pessoa que nunca teve a oportunidade de participar desta Santa Missa, pode já compreender a beleza dela e, principalmente, a santidade que ela inspira desde seus mínimos detalhes.
A missa nova de Paulo VI, foi instituída após o Concílo Vaticano II - este mesmo já uma grande apostasia - e não respeitou a ordem de São Pio V de que a Missa não deveria ser alterada jamais. E foram tão grandes as modificações, e atingiram tanto os pontos fundamentais da Missa, que os Cardeais Ottaviani e Bacci, antes mesmo que a nova missa fosse colocada em prática, escreveram uma carta ao papa advertindo sobre a perda do sentido de sacralidade da Missa. O papa ignorou esta carta, e permitiu a aprovação da missa nova. A Missa de Sempre, embora nunca tenha sido oficialmente proibida, ficou, na prática, restrita a pequenos grupos conservadores que tiveram de enfrentar grandes perseguições por parte dos traidores da Igreja, que impiedosamente impunham a missa nova.
O triste resultado, nós já conhecemos: a missa nova se impôs de forma tirânica sobre a Igreja. E, se a missa nova, já era ruim no seu texto original em latim, piores foram as traduções feitas para as línguas dos povos.
E, como se não bastasse a missa nova ser um mal em si mesma desde sua concepção, o tempo só fez aumentarem os erros e abusos: teatrinhos, danças, piadas, “parabéns a você”, a sagrada comunhão entregue por “ministros” e “ministras” da eucaristia, padres fantasiados… a missa se tornou um palco onde cada padre faz o que quiser.
Este tema é bastante longo e complexo, e eu pretendo tratar dele muitas vezes neste blog, porque a restauração e propagação da verdadeira Missa é de fundamental importância para a restaução da própria Igreja Católica. E esta restaução ficou facilitada pelo Motu Proprio Summorum Pontificum do Papa Bento XVI que permitiu a qualquer sacerdote rezar a Missa Tridentina. Este documento, apesar de tímido, por considerar o verdadeiro rito como se fosse o extraordinário e rito falsificado como sendo o ordinário, causou grande incômodo nos hereges modernistas que não querem a restauração da Igreja. Estes tentam impor limites para a celebração desta Missa, como, por exemplo, exigir que os fiéis saibam latim. Estes limites não devem ser exigidos, qualquer fiel católico tem direito a assiti-la. O caminho está aberto, agora é necessário continuar a luta para restaurar plenamente a Santa Missa de Sempre, enfrentando todo tipo de inimigos da Igreja que tentam impedir a sua celebração, bem como aqueles que defendem a legitimidade da missa nova.
Por hora, para os leitores que ainda não têm a felicidade de poder assitir à Santa Missa no rito Tridentino, eu aconselho uma busca na internet. Busquem, por exemplo, nos sites de vídeos por Missa Tridentina, ou, em inglês, Tridentine Mass, que devolve mais resultados para sua busca. Alguns sites de vídeo interessantes são o YouTube (www.youtube.com) e o Google Video (video.google.com)