Uma postagem do colunista convidado Côme de Prévigny
Rorate-Caeli | Tradução: Fratres in Unum.com

Mons.  Brunero Gherardini no Congresso dos Franciscanos da Imaculada. Na mesma  foto (à direita), Dom Luigi Negri, bispo de San Marino.
Dom Bernard Fellay, o Superior Geral da  Fraternidade de São Pio X (FSSPX / SSPX), disse em seu sermão de 8 de  dezembro que: as propostas romanas estão cada vez mais interessantes,  mas em suas formulações permanece um ponto com gosto amargo, que exige  antes de mais nada a admissão de que o Vaticano II é compatível com a  Tradição da Igreja.
Após as declarações de Sua Excelência  suíça, a pressão aumenta, as mentes estão inflamadas. Agora que as  sirenes familiares soam novamente o sinal de alerta de cisma definitivo,  que o vaticanista Tornielli se deixa tomar pelo sentimento – ao  imaginar o que o Arcebispo Lefebvre faria em circunstâncias semelhantes  (ao falar que ele acha que ele “diria sim”), as exigências romanas  parecem receber, no mesmíssimo coração da Cidade Eterna, um sério golpe.  Por 25 anos, a Santa Sé não arredou o pé dos famosos textos  conciliares, e, no exato momento em que o Superior Geral da Fraternidade  de São Pio X entrega a sua nota ao Vaticano, um dos melhores alunos,  dentre os mais fiéis e mais eruditos, se levanta para dizer que as  exigências do mestre não resistem a exame.
Monsenhor Gherardini é decano dos  teólogos da Universidade de Latrão, uma das instituições romanas mais  veneráveis. Por meio século, ele tem formado centenas de bispos e  padres, tentando apresentar-lhes o Concílio Vaticano II em continuidade  com o magistério da Igreja. Ao final de uma longa e séria carreira, ele  faz essa terrível confissão: a tentativa incansável não funciona.  Falando do Concílio, ele descreve a sua continuidade com a Tradição como  “problemática”: “não porque ele não tivesse declarado tal continuidade,  mas sim porque, especialmente, naqueles pontos chave onde era  necessário que essa continuidade fosse evidenciada, a declaração  continuou sem comprovação.”
Em outras palavras, o teólogo diz que  todas as demonstrações que tentam apresentar o Vaticano II em  continuação com o magistério da Igreja são aos seus olhos nada mais que  argumentos pouco convincentes.
No momento em que um dos teólogos vivos  mais notáveis declara ter sérias dúvidas sobre os méritos dos textos  conciliares, no momento em que ele pede um “exame crítico” desses  textos, como a Santa Sé pode exigir o seu reconhecimento prévio como uma  condição indispensável para a regularização da Fraternidade? Como se  pode brincar com a esperança de milhares de fiéis ao redor do mundo,  fazendo-os crer que a bola está do lado de Écône? A competente  congregação [para a Doutrina da Fé] tem toda a capacidade de reconhecer,  ao final de minuciosas discussões doutrinais, a catolicidade perfeita  da Fraternidade e conceder-lhe a regularização que merece cada trabalho  feito fielmente com o seu zelo pelas almas. Enquanto a Sagrada Liturgia e  mesmo as verdades mais elementares (a Ressurreição de Cristo, a  Presença Real, a universalidade salvífica de Jesus Cristo) são  desprezadas por um bom número de bispos que não precisam assinar  qualquer condição para serem nomeados e mantidos em exercício, será que  esse reconhecimento realmente se revelaria uma aposta de alto risco?
Se afirmar que os textos do Concílio  estão desconectados da Tradição torna a Fraternidade digna de ser  considerada fora da Igreja, deve-se pensar que Monsenhor Gherardini  merece excomunhão por ter ousado afirmar publicamente aquilo que outros  nunca terão a coragem de dizer?

 inundado por um mistério de luz que é Deus   e N´Ele vi e ouvi -A ponta da lança como chama que se desprende, toca o eixo da terra, – Ela estremece: montanhas, cidades, vilas e aldeias com os seus moradores são sepultados. - O mar, os rios e as nuvens saem dos seus limites, transbordam, inundam e arrastam consigo num redemoinho, moradias e gente em número que não se pode contar , é a purificação do mundo pelo pecado em que se mergulha. - O ódio, a ambição provocam a guerra destruidora!  - Depois senti no palpitar acelerado do coração e no meu espírito o eco duma voz suave que dizia: – No tempo, uma só Fé, um só Batismo, uma só Igreja, Santa, Católica, Apostólica: - Na eternidade, o Céu!
inundado por um mistério de luz que é Deus   e N´Ele vi e ouvi -A ponta da lança como chama que se desprende, toca o eixo da terra, – Ela estremece: montanhas, cidades, vilas e aldeias com os seus moradores são sepultados. - O mar, os rios e as nuvens saem dos seus limites, transbordam, inundam e arrastam consigo num redemoinho, moradias e gente em número que não se pode contar , é a purificação do mundo pelo pecado em que se mergulha. - O ódio, a ambição provocam a guerra destruidora!  - Depois senti no palpitar acelerado do coração e no meu espírito o eco duma voz suave que dizia: – No tempo, uma só Fé, um só Batismo, uma só Igreja, Santa, Católica, Apostólica: - Na eternidade, o Céu!