Realmente a notícia da renúncia do
Santo Padre Bento XVI nos pegou desprevenidos, de
surpresa!
Se havia comentado algo em tempos
passados, sobre uma possível renúncia do Papa em caso de fragilidade física. No
livro ‘Luz do mundo: o Papa, a Igreja e o Sinal dos Tempos’, uma entrevista do
papa ao jornalista católico alemão Peter Seewald, contém muitas informações e
reflexões sobre a vida pessoal e perspectivas de Bento XVI. E o próprio Papa
chega a comentar: “Sim, se um papa percebe claramente que não tem mais condições
físicas, psicológicas e espirituais de encarregar-se dos deveres de seu cargo,
ele tem o direito e, sob certas circunstâncias, a obrigação de
renunciar”.
(...)
MEDIDAS PRÓXIMAS A SEREM
TOMADAS
Segundo
o porta-voz do Vaticano, a Santa Igreja deve ter um novo Papa até a festa da
Páscoa, no próximo dia 31 de março: “Temos de ter um novo Papa na Páscoa”,
afirmou. O conclave deve ser realizado de 15 a 20 dias após a
renúncia.
No
Código de Direito Canônico, no artigo 332.2, se prevê a possibilidade de um papa
renunciar, mas precisa fazê-lo por sua livre vontade, e não é necessário que sua
renúncia seja aceita por ninguém. Segundo o código, uma vez tendo renunciado, o
papa não pode mais voltar atrás.
Após
a renúncia ou morte do papa, os assuntos da Santa Igreja ficam sob a
responsabilidade do Cardeal Decano ou Camerlengo.
Ele
convocará o conclave, reunindo todos os cardeais da Igreja Católica no Vaticano.
Eles ficarão isolados em celas particulares e se reunirão na Capela Sistina duas
vezes por dia para votar, durante o tempo que for necessário para a eleição do
novo Pontífice. O voto é secreto. A votação é feita em papel. Para que um papa
seja eleito o candidato deverá ter a maioria dos votos, ou seja, metade mais um.
Depois de cada sessão, os papéis da votação são queimados. Se não houver uma
definição, uma substância química é adicionada aos papéis para produzir uma
fumaça escura, que sai pela famosa chaminé que poderá ser avistada da Praça de
São Pedro. Se houver uma definição, a fumaça é branca. Assim sendo, reviveremos
novamente a emoção de ouvir na sacada principal da Basílica Vaticana: ‘Habemus
Papam!’
Fonte:
Dominus Vobiscum