sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Mons. Guido Marini : LA COMUNIONE RICEVUTA SULLA LINGUA E IN GINOCCHIO : Il motivo di questa preferenza è duplice: da una parte, evitare al massimo la dispersione dei frammenti eucaristici; dall’altra, favorire la crescita della devozione dei fedeli verso la presenza reale di Cristo nel sacramento.

La più antica prassi di distribuzione della Comunione è stata, con tutta probabilità, quella di dare la Comunione ai fedeli sul palmo della mano. La storia della liturgia evidenzia, tuttavia, anche il processo, iniziato abbastanza presto, di trasformazione di tale prassi. Sin dall’epoca dei Padri, nasce e si consolida una tendenza a restringere sempre più la distribuzione della Comunione sulla mano e a favorire quella sulla lingua. Il motivo di questa preferenza è duplice: da una parte, evitare al massimo la dispersione dei frammenti eucaristici; dall’altra, favorire la crescita della devozione dei fedeli verso la presenza reale di Cristo nel sacramento.
All’uso di ricevere la Comunione solo sulla lingua fa riferimento anche san Tommaso d’Aquino, il quale afferma che la distribuzione del Corpo del Signore appartiene al solo sacerdote ordinato. Ciò per diversi motivi, tra i quali l’Angelico cita anche il rispetto verso il sacramento, che «non viene toccato da nessuna cosa che non sia consacrata: e quindi sono consacrati il corporale, il calice e così pure le mani del sacerdote, per poter toccare questo sacramento. A nessun altro quindi è permesso toccarlo fuori di caso di necessità: se per esempio stesse per cadere per terra, o in altre contingenze simili» (Summa Theologiae, III, 82, 3).
Lungo i secoli, la Chiesa ha sempre cercato di caratterizzare il momento della Comunione con sacralità e somma dignità, sforzandosi costantemente di sviluppare nel modo migliore gesti esterni che favorissero la comprensione del grande mistero sacramentale. Nel suo premuroso amore pastorale, la Chiesa contribuisce a che i fedeli possano ricevere l’Eucaristia con le dovute disposizioni, tra le quali figura il comprendere e considerare interiormente la presenza reale di Colui che si va a ricevere (cf. Catechismo di san Pio X, nn. 628 e 636). Tra i segni di devozione propri ai comunicandi, la Chiesa d’Occidente ha stabilito anche lo stare in ginocchio. Una celebre espressione di sant’Agostino, ripresa al n. 66 della Sacramentum Caritatis di Benedetto XVI, insegna: «Nessuno mangi quella carne [il Corpo eucaristico], se prima non l’ha adorata. Peccheremmo se non l’adorassimo» (Enarrationes in Psalmos, 98,9). Stare in ginocchio indica e favorisce questa necessaria adorazione previa alla ricezione di Cristo eucaristico.
In questa prospettiva, l’allora cardinale Ratzinger aveva assicurato che «la Comunione raggiunge la sua profondità solo quando è sostenuta e compresa dall’adorazione» (Introduzione allo spirito della liturgia, Cinisello Balsamo, San Paolo 2001, p. 86). Per questo, egli riteneva che «la pratica di inginocchiarsi per la santa Comunione ha a suo favore secoli di tradizione ed è un segno di adorazione particolarmente espressivo, del tutto appropriato alla luce della vera, reale e sostanziale presenza di Nostro Signore Gesù Cristo sotto le specie consacrate» (cit. nella Lettera This Congregation della Congregazione per il Culto Divino e la Disciplina dei Sacramenti, del 1° luglio 2002: EV 21, n. 666).

Giovanni Paolo II nella sua ultima enciclica, Ecclesia de Eucharistia, ha scritto al n. 61:
«Dando all’Eucaristia tutto il rilievo che essa merita, e badando con ogni premura a non attenuarne alcuna dimensione o esigenza, ci dimostriamo veramente consapevoli della grandezza di questo dono. Ci invita a questo una tradizione ininterrotta, che fin dai primi secoli ha visto la comunità cristiana vigile nella custodia di questo “tesoro”. [...] Non c’è pericolo di esagerare nella cura di questo Mistero, perché “in questo Sacramento si riassume tutto il mistero della nostra salvezza”».
In continuità con l’insegnamento del suo Predecessore, a partire dalla solennità del Corpus Domini del 2008, il Santo Padre Benedetto XVI ha iniziato a distribuire ai fedeli il Corpo del Signore, direttamente sulla lingua e stando inginocchiati.
fonte;http://monsguidomarini.blogspot.com/

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

VENERÁVEL PIO XII : como não terão a morte espiritual aqueles cristãos que fazem obra servil nos dias festivos e durante o repouso festivo não se dedicam à piedade nem à religião, mas se abandonam demasiadamente aos atractivos deste século? O domingo e os dias festivos devem ser consagrados ao culto divino com o qual se adora a Deus e a alma se nutre do alimento celeste; e se bem que a Igreja prescreva somente que os fiéis devam abster-se do trabalho servil e devam assistir ao sacrifício eucarístico, e não dê nenhum preceito para o culto vespertino, note-se que, além dos preceitos existem também suas insistentes recomendações e desejos, o que ainda mais é exigido pela necessidade que todos têm de tornar propício o Senhor para impetrar benefícios. Contrista-se profundamente nossa alma ao ver como em nossos tempos o povo cristão passa a tarde do dia festivo: enchem-se os lugares de espetáculos públicos e de jogos, enquanto as igrejas são menos freqüentadas do que conviria. Mas é necessário, sem dúvida, que todos vão aos nossos templos para ser instruídos na verdade da fé "católica, para cantar os louvores de Deus, para serem enriquecidos pelo sacerdote com a bênção eucarística e munidos do auxílio celeste contra a adversidade da vida presente.

CARTA ENCÍCLICA DO VENERÁVEL PAPA PIO XII "MEDIATOR DEI " SOBRE A SAGRADA LITURGIA



132. Disso depende certamente, em não pequena parte, a eficácia das orações, as quais, se não se dirigem ao próprio Verbo feito homem, concluem com estas palavras: "Por nosso Senhor Jesus Cristo" que, mediador entre nós e Deus, mostra ao Pai celeste os seus estigmas gloriosos, "sempre viva para interceder por nós".(141)
133. Os salmos, como todos sabem, constituem parte principal do Oficio divino. Eles abrangem todo o curso do dia e lhe dão um contacto e um ornamento de santidade. Cassiodoro disse belamente a propósito dos salmos distribuídos no Oficio divino do seu tempo: "Eles... com júbilo matutino nos tornam favorável o dia que está para começar, santificam a primeira hora do dia, consagram a terceira hora, alegram a sexta na fração do pão, assinalam, à nona, o fim do jejum, concluem o término do dia e impedem o nosso espírito de obscurecer-se ao avizinhar-se a noite".(142)
134. Eles lembram as verdades reveladas por Deus ao povo eleito, às vezes terríveis, às vezes impregnadas de suavíssima doçura; repetem e acendem a esperança no Libertador prometido que outrora era animada com o canto em torno da lareira doméstica e na própria majestade do templo; põem em maravilhosa luz a profetizada glória de Jesus Cristo e o seu sumo e eterno poder, a sua vinda e o seu aniquilamento neste exílio terreno, a sua dignidade real e o seu poder sacerdotal, as suas benéficas fadigas e o seu sangue derramado pela nossa redenção. Exprimem igualmente a alegria das nossas almas, a tristeza, a esperança, o temor, a correspondência do amor e o abandono a Deus qual mística ascensão para os divinos tabernáculos.
135. "O salmo... é a bênção do povo, o louvor de Deus, o elogio do povo, o aplauso de todos, a linguagem geral, a voz da Igreja, a harmoniosa confissão de fé, o pleno devotamento à autoridade, a alegria da liberdade, o grito de entusiasmo, o eco da alegria."(143)
136. Na antiguidade, a assistência dos fiéis a essas orações do Ofício era maior; mas gradativamente diminuiu como dissemos; e como acabamos de dizer, a sua recitação actualmente é reservada ao clero e aos religiosos. Em rigor de lei, nada é prescrito aos leigos nesta matéria, mas é muito de desejar que eles tomem parte activa no canto ou na recitação do Oficio de Vésperas nos dias festivos, na própria paróquia. Recomendamos vivamente, veneráveis irmãos, a vós e aos vossos féis que não cesse este piedoso hábito e que, se possível, se ponha em vigor onde tiver desaparecido. Isso acontecerá certamente com frutos salutares se as Vésperas forem cantadas não só digna e decorosamente mas de maneira que nutra suavemente de vários modos a piedade dos fiéis. Seja sagrada a observância dos dias festivos que devem ser dedicados e consagrados a Deus de modo particular; e; sobretudo, do domingo, que os apóstolos, instruídos pelo Espírito Santo, substituíram ao sábado. Se foi ordenado aos judeus: "Trabalhareis durante seis dias; no sétimo dia que é sábado, repouso santo do Senhor, quem trabalhar neste dia será condenado à morte";(144) como não terão a morte espiritual aqueles cristãos que fazem obra servil nos dias festivos e durante o repouso festivo não se dedicam à piedade nem à religião, mas se abandonam demasiadamente aos atractivos deste século? O domingo e os dias festivos devem ser consagrados ao culto divino com o qual se adora a Deus e a alma se nutre do alimento celeste; e se bem que a Igreja prescreva somente que os fiéis devam abster-se do trabalho servil e devam assistir ao sacrifício eucarístico, e não dê nenhum preceito para o culto vespertino, note-se que, além dos preceitos existem também suas insistentes recomendações e desejos, o que ainda mais é exigido pela necessidade que todos têm de tornar propício o Senhor para impetrar benefícios. Contrista-se profundamente nossa alma ao ver como em nossos tempos o povo cristão passa a tarde do dia festivo: enchem-se os lugares de espetáculos públicos e de jogos, enquanto as igrejas são menos freqüentadas do que conviria. Mas é necessário, sem dúvida, que todos vão aos nossos templos para ser instruídos na verdade da fé "católica, para cantar os louvores de Deus, para serem enriquecidos pelo sacerdote com a bênção eucarística e munidos do auxílio celeste contra a adversidade da vida presente. Procurem todos aprender as fórmulas que se cantam nas Vésperas e penetrar-lhes o íntimo sentido; sob o influxo dessas orações experimentarão aquilo que santo Agostinho afirmava de si mesmo: "Quanto chorei entre hinos e cânticos, vivamente comovido pelo canto suave da tua Igreja! Aquelas vozes ressoavam nos meus ouvidos, instilavam a verdade no meu coração, em mim ardiam sentimentos de devoção, e as lágrimas corriam, fazendo-me bem".(145)
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O ars celebrandi : Eis aqui os motivos pelos quais o Magistério nas últimas quatro décadas recordou várias vezes aos sacerdotes a importância do ars celebrandi, o qual - se bem não consiste apenas na perfeita execução dos ritos de acordo com os livros, mas também e sobretudo no espírito de fé e adoração com os que estes se celebram - não se pode no entanto realizar se se afasta das normas fixadas para a celebração [10]. Assim o expressa por exemplo o Santo Padre Bento XVI: "O primeiro modo de favorecer a participação do povo de Deus no rito sagrado é a condigna celebração do mesmo; a arte da celebração é a melhor condição para a participação activa (actuosa participatio). Aquela resulta da fiel obediência às normas litúrgicas na sua integridade, pois é precisamente este modo de celebrar que, há dois mil anos, garante a vida de fé de todos os crentes, chamados a viver a celebração enquanto povo de Deus, sacerdócio real, nação santa".


Observância das normas litúrgicas e “ars celebrandi”



Coluna de teologia litúrgica dirigida por Mauro Gagliardi


ROMA, domingo, 11 de julho de 2010 (ZENIT.org) - Oferecemos a seguir o último artigo de nossa seção "Espírito da Liturgia", escrito por Mauro Gagliardi, sobre a importância da observância das normas litúrgicas e o "ars celebrandi".

* * *

Durante o Ano Sacerdotal, concluído há pouco, a coluna "Espírito da Liturgia" desenvolveu o tema "O sacerdote na Celebração eucarística", eleito com ocasião da coincidência, em 2009-2010, de diversos aniversários: o 150° da morte do Santo Cura d'Ars (1859), o 40º da promulgação do Missal de Paulo VI (1969) e o 440° do Missal de São Pio V (1570), que na edição aprovada pelo beato João XXIII (1962) representa a forma extraordinária do Rito Romano [1]. Daí a oportunidade de colocar em evidência a peculiar dignidade do sacerdócio ordenado, aprofundando a teologia e a espiritualidade da Santa Missa, particularmente na perspectiva do ministro que a celebra.

Neste último artigo, com o qual queremos também nos despedir de nossos leitores antes da pausa veraneia, queremos refletir com a brevidade costumeira sobre o tema do "ars celebrandi".

1. A situação no pós-Concílio

O Concílio Vaticano II ordenou uma reforma geral na sagrada liturgia [2]. Esta foi efetuada, após o encerramento do Concílio, por uma comissão chamada abreviadamente de Consilium [3]. É sabido que a reforma litúrgica foi desde o início objeto de críticas, às vezes radicais, como de exaltações, em certos casos excessivas. Não é nossa intenção nos deter neste problema. Podemos dizer em contrapartida que se está geralmente de acordo em observar um forte aumento dos abusos no campo celebrativo depois do Concílio. Também o Magistério recente tomou nota da situação e em muitos casos chamou à estrita observância das normas e das indicações litúrgicas. Por outro lado, as leis litúrgicas estabelecidas para a forma ordinária (ou de Paulo VI) - que, exceções à parte, celebra-se sempre e em todas partes na Igreja de hoje - são muito mais "abertas" em relação ao passado. Estas permitem muitas exceções e diversas aplicações, e preveem também múltiplos formulários para os diversos ritos (a pluriformidade inclusive aumenta na passagem da editio typica latina às versões nacionais). Apesar disso, um grande número de sacerdotes considera que tem de ampliar ulteriormente o espaço deixado à "criatividade", que se expressa sobretudo com a frequente mudança de palavras ou de frases inteiras em relação às fixadas nos livros litúrgicos, com a inserção de "ritos" novos e frequentemente estranhos completamente à tradição litúrgica e teológica da Igreja e inclusive com o uso de vestimentas, utensílios sagrados e adornos nem sempre adequados e, em alguns casos, caindo inclusive no ridículo. O liturgista Cesare Giraudo resumiu a situação com estas palavras:

"Se antes [da reforma litúrgica] havia fixação, esclerose de formas, inaturalidade, que faziam a liturgia de então um ‘liturgia de ferro', hoje, há naturalidade e espontaneidade, sem dúvida sinceras, mas frequentemente confusas, mal entendidas, que fazem - ou ao menos correm o risco de fazer - da liturgia uma "liturgia de borracha", incerta, escorregadiça, que às vezes se expressa em uma ostentosa liberação de toda normativa escrita. [...] Esta espontaneidade mal entendida, que se identifica de fato com a improvisação, a falta de seriedade, a superficialidade, o permissivismo, é o novo ‘critério' que fascina inumeráveis agentes pastorais, sacerdotes e leigos.

[...] Por não falar também daqueles sacerdotes que, às vezes e em alguns lugares, arrogam-se o direito de utilizar orações eucarísticas selvagens, ou de compor aqui ou ali seu texto ou partes dele" [4].

O Papa João Paulo II, na encíclica Ecclesia de Eucharistia, manifestou seu desgosto pelos abusos litúrgicos que acontecem frequentemente, particularmente na celebração da Santa Missa, já que a "Eucaristia é um dom demasiado grande para suportar ambiguidades e diminuições" [5]. Ele acrescentou:

"Temos a lamentar, infelizmente, que sobretudo a partir dos anos da reforma litúrgica pós-conciliar, por um ambíguo sentido de criatividade e adaptação, não faltaram abusos, que foram motivo de sofrimento para muitos. Uma certa reacção contra o «formalismo» levou alguns, especialmente em determinadas regiões, a considerarem não obrigatórias as «formas» escolhidas pela grande tradição litúrgica da Igreja e do seu magistério e a introduzirem inovações não autorizadas e muitas vezes completamente impróprias. Por isso, sinto o dever de fazer um veemente apelo para que as normas litúrgicas sejam observadas, com grande fidelidade, na celebração eucarística. Constituem uma expressão concreta da autêntica eclesialidade da Eucaristia; tal é o seu sentido mais profundo. A liturgia nunca é propriedade privada de alguém, nem do celebrante, nem da comunidade onde são celebrados os santos mistérios." [6].

2. Causas e efeitos do fenômeno

O fenômeno da "desobediência litúrgica" estendeu-se de tal forma, por número e em certos casos também por gravidade, que se formou em muitos uma mentalidade pela qual na liturgia, salvando as palavras da consagração eucarística, se poderiam dar todas as modificações consideradas "pastoralmente" oportunas pelo sacerdote ou pela comunidade. Esta situação induziu o próprio João Paulo II a pedir à Congregação para o Culto Divino que preparasse uma Instrução disciplinar sobre a Celebração da Eucaristia, publicada com o título de Redemptionis Sacramentum, a 25 de março de 2004. Na citação antes reproduzida da Ecclesia de Eucharistia, indicava-se na reação ao formalismo uma das causas da "desobediência litúrgica" de nosso tempo. A Redemptionis Sacramentum assinala outras causas, entre elas um falso conceito de liberdade [7] e a ignorância. Esta última em particular se refere não só ao conhecimento das normas, mas também a uma compreensão deficiente do valor histórico e teológico de muitos textos eucológicos e ritos: "Finalmente, os abusos se fundamentam com frequência na ignorância, já que quase sempre se rejeita aquilo que não se compreende seu sentido mais profundo e sua Antiguidade" [8].

Introduzindo o tema da fidelidade às normas em uma compreensão teológica e histórica, ademais de no contexto da eclesiologia de comunhão, a Instrução afirma: "O Mistério da Eucaristia é demasiado grande «para que alguém possa permitir tratá-lo ao seu arbítrio pessoal, pois não respeitaria nem seu caráter sagrado, nem sua dimensão universal» [...] Os atos arbitrários não beneficiam a verdadeira renovação e sim lesionam o verdadeiro direito dos fiéis à ação litúrgica, à expressão da vida da Igreja, de acordo com sua tradição e disciplina. Além disso, introduzem na mesma celebração da Eucaristia elementos de discórdia e de deformação, quando ela tem, por sua própria natureza e de forma eminente, de significar e de realizar admiravelmente a Comunhão com a vida divina e a unidade do povo de Deus. Estes atos arbitrários causam incerteza na doutrina, dúvida e escândalo para o povo de Deus e, quase inevitavelmente, uma violenta repugnância que confunde e aflige com força a muitos fiéis em nossos tempos, em que frequentemente a vida cristã sofre o ambiente, muito difícil, da «secularização».

Por outra parte, todos os fiéis cristãos gozam do direito de celebrar uma liturgia verdadeira, especialmente a celebração da santa Missa, que seja tal como a Igreja tem querido e estabelecido, como está prescrito nos livros litúrgicos e nas outras leis e normas. Além disso, o povo católico tem direito a que se celebre por ele, de forma íntegra, o santo Sacrifício da Missa, conforme toda a essência do Magistério da Igreja. Finalmente, a comunidade católica tem direito a que de tal modo se realize para ela a celebração da Santíssima Eucaristia, que apareça verdadeiramente como sacramento de unidade, excluindo absolutamente todos os defeitos e gestos que possam manifestar divisões e facções na Igreja." [9]

Particularmente significativo neste texto é o chamado ao direito dos fiéis de terem a liturgia celebrada segundo as normas universais da Igreja, além de sublinhar o fato de que as transformações e modificações da liturgia - ainda que se façam por motivos "pastorais" - não têm na realidade um efeito positivo neste campo; ao contrário, confundem, turbam, cansam e podem inclusive fazer os fiéis se afastarem da prática religiosa.

3. O ars celebrandi

Eis aqui os motivos pelos quais o Magistério nas últimas quatro décadas recordou várias vezes aos sacerdotes a importância do ars celebrandi, o qual - se bem não consiste apenas na perfeita execução dos ritos de acordo com os livros, mas também e sobretudo no espírito de fé e adoração com os que estes se celebram - não se pode no entanto realizar se se afasta das normas fixadas para a celebração [10]. Assim o expressa por exemplo o Santo Padre Bento XVI: "O primeiro modo de favorecer a participação do povo de Deus no rito sagrado é a condigna celebração do mesmo; a arte da celebração é a melhor condição para a participação activa (actuosa participatio). Aquela resulta da fiel obediência às normas litúrgicas na sua integridade, pois é precisamente este modo de celebrar que, há dois mil anos, garante a vida de fé de todos os crentes, chamados a viver a celebração enquanto povo de Deus, sacerdócio real, nação santa".

Recordando estes aspectos, não se deve cair no erro de esquecer os frutos positivos produzidos pelo movimento de renovação litúrgica. O problema assinalado, contudo, subsiste e é importante que a solução ao mesmo parta dos sacerdotes, os quais devem se empenhar antes de tudo em conhecer de maneira aprofundada os livros litúrgicos, e também a pôr fielmente em prática suas prescrições. Só o conhecimento das leis litúrgicas e o desejo de se ater estritamente a elas impedirá ulteriores abusos e "inovações" arbitrárias que, se no momento podem talvez emocionar os presentes, na realidade acabam logo por cansar e defraudar. Salvas as melhores intenções de quem as comete, depois de quarenta anos de experiência na questão, a "desobediência litúrgica" não constrói de fato comunidades cristãs melhores, mas, ao contrário, põe em risco a solidez de sua fé e de sua pertença à unidade da Igreja Católica. Não se pode utilizar o caráter mais "aberto" das novas normas litúrgicas como pretexto para desnaturalizar o culto público da Igreja:

"As novas normas simplificaram muito as fórmulas, os gestos, os atos litúrgicos [...] Mas neste campo não se deve ir além do estabelecido: de fato, procedendo assim, se despojaria a liturgia dos sinais sagrados e de sua beleza, que são necessários, para que se realize verdadeiramente na comunidade cristã o mistério da salvação e seja compreendido também, sob o véu das realidades visíveis, através de uma catequese apropriada. A reforma litúrgica de fato não é sinônimo de dessacralização, nem quer ser motivo para esse fenômeno que chamam de a secularização do mundo. É necessário por isso conservar nos ritos dignidade, seriedade, sacralidade" [12].

Entre as graças que esperamos poder obter da celebração do Ano Sacerdotal está portanto também a de uma verdadeira renovação litúrgica no seio da Igreja, para que a sagrada liturgia seja compreendida e vivida pelo que esta é na realidade: o culto público e integral do Corpo Místico de Cristo, Cabeça e membros, culto de adoração que glorifica a Deus e santifica os homens [13].

Notas

[1] Cf. M. Gagliardi, "O sacerdote na Celebração eucarística", Zenit 13.11.2009: http://www.zenit.org/article-23282?l=portuguese

[2] Cf. Concílio Vaticano II, Sacrosanctum Concilium, n. 21.

[3] Abreviação de Consilium ad exsequendam Constitutionem de Sacra Liturgia.

[4] C. Giraudo, "La costituzione 'Sacrosanctum Concilium': il primo grande dono del Vaticano II", en La Civiltà Cattolica (2003/IV), pp. 532; 531.

[5] João Paulo II, Ecclesia de Eucharistia, n. 10.

[6] Ibid., n. 52. Cf. também Concílio Vaticano II, Sacrosanctum Concilium, n. 28.

[7] "Não é estranho que os abusos tenham sua origem em um falso conceito de liberdade. Posto que Deus nos tem concedido, em Cristo, não uma falsa liberdade para fazer o que queremos, mas sim a liberdade para que possamos realizar o que é digno e justo": Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, Redemptionis Sacramentum, n. 7.

[8] Ibid., n. 9.

[9] Ibid., nn. 11-12.

[10] Sagrada Congregação dos Ritos, Eucharisticum Mysterium, n. 20: "Para favorecer o correto desenvolvimento da celebração sagrada e a participação ativa dos fiéis, os ministros não devem apenas limitar-se a realizar seu serviço com exatidão, segundo as leis litúrgicas, mas devem comportar-se de forma que inculquem, por meio deste, o sentido das coisas sagradas"

[11] Bento XVI, Sacramentum Caritatis, n. 38. Veja-se o n. 40, que desenvolve adequadamente o conceito.

[12] Sagrada Congregação para o Culto Divino, Liturgicae instaurationes, n. 1. O texto continua: "A eficácia das ações litúrgicas não está na busca contínua de novidades rituais, ou de simplicações ulteriores, mas no aprofundamento da palavra de Deus e do mistério celebrado, cuja presença está assegurada pela observância dos ritos da Igreja e não dos impostos pelo gosto pessoal de cada sacerdote. Tenha-se presente, ademais, que a imposição de reconstruções pessoais dos ritos sagrados por parte do sacerdote ofende a dignidade dos fiéis e abre caminho para o individualismo e o personalismo na celebração de ações que diretamente pertencem a toda Igreja".

[13] Cf. Pio XII, Mediator Dei, I, 1; Concílio Vaticano II, Sacrosanctum Concilium, n. 7.

Tradução: Alexandre Ribeiro
Fonte: Zenit

SOBRE LA REFORMA LITÚRGICA DE BENEDICTO XVI

  El periodista, y Decano de la Facultad de Humanidades y Ciencias de la Información de la Universidad San Pablo CEU, Francisco Javier Serrano Oceja (en la fotografía), publica un acertado artículo, bajo el título la “Revolución Sacramental”, en la página Religión Confidencial.
En él analiza la reciente propuesta, presentada por el cardenal Cañizares y de la que ya se ha hecho eco el propio Papa, de retomar la práctica, instaurada por San Pío X, de recibir la primera comunión a edad temprana. En el artículo también se realizan otras atinadas referencias a la reforma litúrgica de Benedicto XVI, por lo que no nos resistimos a reproducir alguno de sus párrafos:
“Después del Concilio Vaticano II, la liturgia ha sido el ejemplo del campo de experimentación de las tropelías teológicas e ideológicas dentro del catolicismo. A la liturgia llegaban cocinadas las expresiones, también las corporales, de una insuficiente comprensión de la reforma, entendida ésta como ruptura con lo anterior. Se podría decir que la desobediencia no formal de mayor calado que está teniendo el pontificado de Benedicto XVI se encuentra en su reforma liturgia. Un nuevo movimiento que, más que desarrollarse en todas sus consecuencias, se ha apuntado, se ha puesto sobre la mesa con algunas medidas que también se están ninguneado.
Ahora, el cardenal Cañizares, pero no sólo el cardenal Cañizares, ha lanzado la magnífica idea de adelantar la primera comunión a los niños. Y lo ha hecho con un artículo en L´Osservatore Romano, que es el mejor medio propedéutico a los decretos y las normativas vaticanas. Con una sólida argumentación teológica enraizada en la tradición, ha comenzado a soltar amarras con el lastre de sociologismo y de pedagogismo que se había sometido a los sacramentos de la iniciación cristiana después del Concilio Vaticano II. Su prepuesta supondría el inicio de una auténtica revolución sacramental que, por otra parte, no escandaliza a realidades de Iglesia y a diócesis que hace ya tiempo viene poniéndola en práctica. No debemos olvidar que hay Iglesias en España que, por ejemplo, confieren el sacramento de la Confirmación en el entorno de la primera comunión, ofreciendo así el pleno sentido de sacramento de iniciación cristiana. Ahora, la magnífica y profética argumentación del cardenal Cañizares deber ser secundada por los niveles y estructuras de decisión en la Iglesia, y esto siempre es lento y complicado. Pero supondrá un paso más en la afirmación de una nueva propuesta cristiana.”
fonte:hoc signo

Workshop – Restaurar o Sagrado :Todos são convidados a participar neste Workshop que decorrerá dos dias 08 a 11 de Setembro em Fátima. As conferências são gratuitas no entanto é necessário efectuar a inscrição, para o email sanctamissa.portugal@gmail.

WORKSHOP EM FÁTIMA DE 8 A 11 DE SETEMBRO DE 2010 SOBRE A MISSA GREGORIANA






Todos são convidados a participar neste Workshop que decorrerá dos dias 08 a 11 de Setembro em Fátima. As conferências são gratuitas no entanto é necessário efectuar a inscrição, para o email sanctamissa.portugal@gmail.com até à data limite de 15 de Agosto.
O programa poderá consultá-lo nesta mesma página (aqui).
Rezemos por este Apostolado.


Graças à generosidade e oração de muitos, queremos comunicar o alargamento do prazo de inscrições até ao dia 15 de Agosto e também a supressão dos honorários. Assim todos os que estiverem inscritos, participarão no Workshop de forma gratuita!
Pedimos, pois, que divulguem, por todos os meios, com a ousadia evangélica que vos é conhecida, o Workshop! Este é um serviço à Igreja e por isso para a salvação de muitos!
Continuemos a rezar por este apostolado tão desprezado. Temos recebido de muitos a preocupação e receio de participar neste workshop, confiamo-los também às vossas orações, para que à semelhança dos Apóstolos sejam audazes na fidelidade à Igreja.
Contacte-nos pelo nosso e-mail sanctamissa.portugal@gmail.com.


 
Respondamos com generosidade de ânimo ao apelo deixado pelo Santo Padre no Discurso que proferiu na Cerimónia de despedida no dia 14 de Maio “O meu desejo é que a minha visita se torne incentivo para um renovado impulso espiritual e apostólico.”


Queremos apresentar mais algumas novidades relativamente ao Workshop Restaurando o Sagrado com a Santa Missa Tradicional que irá decorrer em Fátima, do dia 08 ao dia 11 de Setembro deste ano.
As conferências serão realizadas no Hotel Fátima, conforme a indicação no horário (disponível no final deste post). A Santa Missa será oficiada na Capela do Opus Angelorum (Mosteiro de Santa Cruz, Rua S. João Eudes, 22; 2495-651 Fátima) todos os dias, excepto no dia 10 em que será oferecida no Altar da Basílica de Nossa Senhora de Fátima. Todo o Workshop é gratuito, sendo apenas necessária inscrever-se para o e-mail sanctamissa.portugal.gmail.com até ao dia 15 de Agosto. O alojamento e refeições serão da responsabilidade dos participantes que poderão encontrar várias casas ou hotéis disponíveis em Fátima. Não obstante deixamos o contacto do serviço de alojamento do Santuário de Fátima (seal@fatima.pt) pois poderá revelar-se útil.
Deste modo, quem desejar participar deve formalizar a inscrição (através do e-mail sanctamissa.portugal@gmail.com) com os seguintes dados:
Nome completo
Diocese (e para os Religiosos, indicar também Congregação)
Estado (leigo, seminarista, religioso(a) diácono, sacerdote)
Contacto telefónico
Disponíveis para eventuais dúvidas.
Novamente apelamos à sua oração e à ajuda na divulgação do mesmo.
_________________________________________
PROGRAMA
Quarta-feira, 8 Setembro 2010
17h30 – 19h00           Missa Solemnis in Forma Extraordinaria (1962 Missale Romanum)
Local: Capela do Opus Angelorum, Fátima
19h30 – 20h30           Pausa para Jantar
20h00 – 20h45           Abertura do Secretariado
21h00 – 22h30           Conferência de Abertura
Local: Hotel Fátima
Quinta-feira, 9 Setembro 2010
09h00 – 09h45           Abertura do Secretariado
Local: Hotel Fátima
10h00 – 11h20           Conferência
Local: Hotel Fátima
11h30 – 12h50           Conferência
Local: Hotel Fátima
13h00 – 15h00           Pausa para Almoço
15h00 – 16h30           Conferência
Local: Hotel Fátima
17h30 – 19h00           Missa Cantata (Rito Bracarense)
Local: Capela do Opus Angelorum, Fátima
19h30 – 20h30           Pausa para Jantar
21h00 – 22h20           Conferência
Local: Hotel Fátima
Sexta-feira, 10 Setembro 2010
09h00 – 09h45           Abertura do Secretariado
Local: Hotel Fátima
10h00 – 11h20           Conferência
Local: Hotel Fátima
11h30 – 12h50           Conferência
Local: Hotel Fátima
13h00 – 15h30           Pausa para Almoço
16h00 – 17h30           Conferência
Local: Hotel Fátima
18h00 – 19h00           Pausa para Jantar
20h00 – 22h00           Missa Solemnis in Forma Extraordinaria (1962 Missale Romanum)
Local: Basílica de Nossa Senhora de Fátima
Sábado, 11 Setembro 2010
09h00 – 10h15           Conferência de encerramento
Local: Hotel Fátima
10h45 – 12h00           Missa Solemnis in Forma Extraordinaria (1962 Missale Romanum)
Local: Capela do Opus Angelorum, Fátima


A Santa Missa durante o Workshop, a realizar entre os dias 08 e 11 de Setembro, em Fátima será oferecida de acordo com o Missale Romanum de 1962. Serão oficiadas diariamente na Capela do Opus Angelorum, sendo no dia 10 oferecida Missa Solemnis no Altar-mor da Basílica da Rainha do Sacratíssimo Rosário de Fátima.

EWTN Live w/ Archbishop Raymond Burke & Fr. Mitch Pacwa

"Iota Unum " de Romano Amerio : CAPITULO IX LA IGLESIA Y LA MUJER 89. IGLESIA Y FEMINISMO. 90 CRÍTICA DEL FEMINISMO. EL FEMINISMO COMO MASCULINISMO. 91. LA TEOLOGÍA FEMINISTA. 92. LA TRADICIÓN IGUALITARIA DE LA IGLESIA. SUBORDINACIÓN Y PRIMACÍA DE LA MUJER. 93. LA SUBORDINACIÓN DE LA MUJER EN LA TRADICIÓN CATÓLICA. 94. APOLOGIA DE LA DOCTRINA Y DE LA PRAXIS DE LA IGLESIA EN TORNO A LA MUJER. 95. ELEVACIÓN DE LA MUJER EN EL CATOLICISMO. 96. LA DECADENCIA DE LAS COSTUMBRES. 97. FILOSOFÍA DEL PUDOR. LA VERGÜENZA DE LA NATURALEZA. 98. LA VERGÜENZA DE LA PERSONA. REICH. 99. DOCUMENTOS EPISCOPALES SOBRE LA SEXUALIDAD. CARD. COLOMBO. OBISPOS ALEMANES.

The Dead Christ with the Madonna and Mary Magdalen - Agnolo 
Bronzino

CAPITULO IX  LA IGLESIA Y LA MUJER

89. IGLESIA Y FEMINISMO

La acomodación de la Iglesia al mundo manifestada en la idolatrización de la juventud es patente también en el apoyo al feminismo, planteado desde sus inicios como un sistema de emancipación e igualación integral de la mujer respecto al hombre. Sin embargo, por razones estrictamente dogmáticas, dicho apoyo no ha podido llegar hasta la igualdad en el sacerdocio, excluida desde siempre por la Tradición (que es una fuente dogmática), y siendo esta exclusión de derecho divino positivo.
El mensaje del Concilio a las mujeres del 8 de diciembre de 1965 había sido muy reservado sobre la cuestión de la promoción de la mujer. Aunque aseguraba que «ha llegado la hora en que la vocación de la mujer se cumple en plenitud» (n. 3), esta vocación era descrita al modo tradicional como «la guarda del hogar, el amor a las fuentes de la vida, el sentido de la cuna» (n. 5). El mensaje exhortaba además: «transmitid a vuestros hijos y a vuestras hijas las tradiciones de vuestros padres» (n. 6).
Quedaban muy claros los méritos de la Iglesia, que «está orgullosa de haber elevado y liberado a la mujer, de haber hecho resplandecer, en el curso de los siglos, dentro de la diversidad de los caracteres, su innata igualdad con el hombre» (n. 2).
El desarrollo postconciliar se salió en general de estos términos, alabando no ya la conservación de los valores tradicionales, sino los impulsos de emancipación y de igualdad.
Como todos los demás principios de la fe y de las costumbres, la imposibilidad del sacerdocio de las mujeres fue firmemente confirmada por Pablo VI en la carta al Primado anglicano (OR, 21 agosto 1971); pero a causa de dicha breviatio manus característica, como hemos dicho, de su Pontificado (§ 65), las reivindicaciones feministas no fueron contradichas ni contenidas eficazmente. El III Congreso mundial para el apostolado de los laicos (Roma, octubre de 1967), entre otras instancias doctrinalmente erróneas y disimuladas por el diario de la Santa Sede como «constatación de facto del sentimiento de los laicos», formuló un voto «para que un estudio doctrinal serio determine la situación de la mujer en el orden sacramental» (OR, 21 octubre 1967).
En Francia, una asociación llamada Juana de Arco persigue como objetivo el sacerdocio de la mujer, mientras en los Estados Unidos subsiste y opera sin escándalo del episcopado una Convención nacional de religiosas norteamericanas que exige la ordenación de mujeres. La osadía de este movimiento se hizo evidente, para estupefacción del mundo, con ocasión de la visita de Juan Pablo II a dicho país, cuando sor Teresa Kane (presidenta de la Convención) se enfrentó le improviso al Sumo Pontífice reivindicando el derecho de la mujer al sacerdocio e invitando a los cristianos a abandonar toda ayuda a la Iglesia mientras tal derecho no fuese reconocido (ICI, n. 544, 1979, p. 41).
 También en la Conferencia internacional de la mujer reunida en Copenhague, el obispo Cordes, delegado de la Santa Sede, declaró que (la Iglesia Católica se alegra ahora de la sed de una vida plenamente humana y libre que está en el origen del gran movimiento de liberación de la mujer», dando a entender que después de dos mil años de cristianismo esta vida plenamente humana le había sido negada demasiado a menudo.
De hecho, todavía no puede decirse que la mujer es acogida como el Creador y Cristo la han querido, es decir, por sí misma como una persona 'humana plenamente responsable» (OR, ed. francesa, 12 agosto 1980). La tendencia feminista circula por la Iglesia incluso con ostentaciones clamorosas, como la de la presidenta le la Juventud católica de Baviera, que durante la visita de Juan Pablo II renovó el gesto de la norteamericana (Rl, 1980, p. 1057).
Dos rasgos del pensamiento innovador se dibujan claramente en el movimiento: primero, la adopción del vocabulario propio del feminismo; segundo, la denigración de la iglesia histórica.
Con ocasión de dirigirse a un vasto auditorio femenino, Juan Pablo II ha compartido a visión histórica propia del feminismo: «Es triste ver cómo la mujer en el curso de los siglos ha sido tan humillada y maltratada» (OR, 1 mayo 1979).
Y puesto que estas palabras incluyen también (parece) a los siglos cristianos, el OR del 4 de mayo intentaba hacer una distinción a la defensiva, atribuyendo a la incoherencia de los cristianos, y no a la Iglesia, las citadas injusticias y vejaciones contra la mujer.
Pero este subterfugio no es válido, ya que en tiempos en los cuales toda la civilización estaba informada por el espíritu y las prescripciones de la Iglesia, no se puede quitar a ésta la responsabilidad de los acontecimientos (me refiero a los acontecimientos en general) de aquellos siglos; sí, puede quitársele, sin embargo, hoy día, cuando la sociedad en su conjunto ha apostatado de la religión y la rechaza. Y es curioso que mientras se pretende disculpar a la Iglesia de las cosas malas del pasado, se la culpe de una crisis nacida precisamente de la defección el mundo moderno respecto a ella (§ 55).
La verdad histórica impide secundar la denigración de la Iglesia histórica; más bien obliga a refutarla. El primer gran movimiento femenino organizado fue, en nuestro siglo, Acción católica femenina suscitada por Benedicto XV, quien en audiencia concedida n 1917 delineaba sus motivos y fines: «Las nuevas condiciones de los tiempos han alargado el campo de la actividad de la mujer: un apostolado en medio del mundo ha sucedido para la mujer a aquella acción más íntima y restringida que ella desenvolvía antes entre las paredes domésticas».
Frente a las civilizaciones antiguas, que mantenían a la mujer en la abyección mediante el despotismo masculino, la prostitución sagrada, y el repudio casi ad libitum, el cristianismo la emancipó de esas servidumbres execrables: santificando y haciendo inviolable el matrimonio, estableciendo la igualdad sobrenatural de hombre y mujer, enalteciendo a un tiempo la virginidad y el matrimonio, y en fin (cumbre inalcanzable para el hombre), coronando e incorporando a la especie humana por encima de sí misma exaltando a la mujer madre de Dios.
El derecho perpetuo e inviolable de la mujer en el matrimonio (derivado de la indisolubilidad) fue defendido por los Romanos Pontífices contra el despotismo masculino en ocasiones famosísimas. No voy a negar que en las célebres causas del emperador Lotario, Felipe Augusto (es memorable el grito de Ingeburga: «¡Mala Francia, mala Francia! Roma, Roma!»), de Enrique IV de Francia, de Enrique VIII de Inglaterra, o de Napoli, junto a la principal razón religiosa de la indisolubilidad imperasen de modo concurrente y subordinado (o contraoperasen) aspectos políticos.
Pero eran sólo concausas secundarias, siempre superadas por el principio firmísimo de la paridad de los sexos en el matrimonio. No hay en la historia ejemplo alguno, fuera de la Iglesia romana, de un sacerdocio alzándose con toda su fuerza moral en defensa del derecho de la mujer.

 

90 CRÍTICA DEL FEMINISMO. EL FEMINISMO COMO MASCULINISMO

Hay una parte de la variación acaecida en las costumbres y en la disposición del mundo moderno que, como necesaria conformación del principio católico a las mutables accidentalidades históricas, no puede no repercutir sobre la vida de la Iglesia: toda variación en las circunstancias repercute siempre en las costumbres, en la mentalidad, en los ritos, y en las manifestaciones exteriores de la Iglesia; pero son sólo variaciones circunstanciales, es decir, de actos y de modos que circundan la esencia de la vida cristiana, que cambian precisamente para conservar lo idéntico, y no pueden perjudicarlo.
Más arduo de discernir es en qué medida los cambios surgidos en un momento histórico dado atacan al principio, y qué medida lo amplían y desarrollan (§ 25); y es oficio de Iglesia preservar y a la vez desarrollar el principio, temperando el espíritu existencial de edad con el espíritu esencial de conservación, como lo enseñó Pablo VI definiendo a Iglesia como «intransigente conservadora» (OR, 23 de enero de 1972): no puede extirpar y desecar su raíz para implantarse en otra.
También en el feminismo la cuestión estriba en el principio de dependencia, que se pretende debilitar para así emancipar y desvincular lo que en la naturaleza y en la Revelación está dado como dependiente y vinculado. El catolicismo rechaza toda dependencia del hombre respecto a otro hombre.
Profesa sin embargo la del hombre respecto a su propia esencia, es decir, una dependencia que excluye el principio de creatividad. Al ser esencias en cuanto tales formas divinas increadas, y al ser en cuanto existencias participación de aquéllas (puestas en acto mediante creación), en última instancia esta dependencia lo es respecto al Ser primero. El hombre consciente de ella y capaz de asumirla realiza un acto de obediencia moral al ser divino.
El fondo del error del feminismo moderno consiste en que, desconociendo la peculiaridad de la criatura femenina, no se ha dedicado a reivindicar para la mujer lo que se encuentre como propio de ella mediante la contemplación de la naturaleza humana, sino aquello que parece pertenecer a la naturaleza humana considerando al varón. El feminismo se reduce por consiguiente a una imitación de lo masculino, perdiendo aquellos caracteres recogidos por la naturaleza humana a partir de la dualidad de los géneros. Bajo aspecto, el feminismo es un caso evidente de abuso de la abstracción, origen del igualitarismo; pretende desvestir a la persona de las características impresas por la naturaleza.
En último análisis, no se trata de una exaltación de la mujer, sino de una obliteración de lo femenino y su reducción total a lo masculino. Su evolución última (como se está viendo) es la negación del matrimonio y de la familia, solemnizados por aquella dualidad. La igualdad natural de los sexos no impide la peculiaridad de la mujer y mantiene su primordial destino hacia la vida interna de la familia y hacia funciones incomunicables al otro sexo.
La Exhortación Apostólica Familiaris consortio del 15 de diciembre de 1981 de Juan Pablo II, en la cual son reasumidas las orientaciones prescritas por el Sínodo de obispos para la familia, dice en el n. 23 que debe erradicarse la mentalidad por la cual «censetur honor mulieris magis ex opere foris facto oriri quam ex domestico»[1] .
Y en el n. 25 declara que la sociedad debe estar ordenada de modo que «ut uxores matresque re non cogantur opus foris facere, necnon ut earum familiae possint digne vivere ac prosperari etiam cum illae omnes curas in propriam familiam intendunt»[2].
El Papa recoge aquí el pensamiento al cual había hecho referencia en las oraciones por el Sínodo de obispos sobre la familia: «Est profecto ita! Necesse est familiae nostrae aetatis ad pristinum statum revocentur» [3]. E igualmente lo recoge sor Teresa de Calcuta en una entrevista en el «Giornale nuovo» del 29 de diciembre de 1980: «La mujer es el corazón de la familia. Y si hoy tenemos grandes problemas se debe a que la mujer ya no es el corazón de la familia, y cuando el niño vuelve a casa ya no encuentra a su madre para recibirlo».
Por tanto, el feminismo es en realidad un masculinismo, que equivoca la dirección de su propio movimiento y no toma como modelo su prototipo propio, sino la masculinidad. Por ejemplo, cuando se habla de emancipación de la mujer respecto al hombre, no se entiende el respeto hacia ella por parte de él, obligándole a la fidelidad y a la castidad conyugal, sino su conducción hacia el libertinaje y las costumbres del hombre.
Y en su forma más delirante, la reivindicación emancipadora lleva ese igualitarismo contranatural no sólo hasta al repudio de una imaginaria inferioridad, sino también de las ventajas que la civilización reconoce al género femenino.
Así, son rechazadas como indicio de disparidad las consideraciones prescritas por la ley hacia las mujeres embarazadas y en periodo post-parto, la prohibición de imponer a las mujeres trabajos pesados, las pensiones sociales a las viudas (los viudos no la reciben) y en general cualquier protección especial hacia las madres de familia.
Todo esto por la razón de que «este reparto tradicional de las tareas y deberes entre hombre y mujer debilita a la mujer en el mercado de trabajo»[4].
La igualdad de los desiguales es contraria a la variedad del ser creado; choca contra el principio de contradicción, pero se fundamenta en una situación de soberbia que rechaza el propio beneficio si procede de una disparidad considerada humillante (cuando por el contrario es originalidad y riqueza).

91. LA TEOLOGÍA FEMINISTA

La pérdida de los verdaderos nombres de las cosas, el extravío doctrinal, el circiterismo histórico, o la generalizada tendencia a secundar el espíritu del siglo, han producido también una teología feminista. Esta teología (contradictoria hasta en el mismo vocablo, referido al discurso en torno a Dios) incluye al sujeto teologizante en el objeto teologizado, y hace de la mujer la luz bajo la cual deben verse las cosas de la mujer. En la teología auténtica la mujer es vista bajo la luz de la Revelación y en relación a Dios, que es su objeto formal.
El diario de la Santa Sede no se libró de la teología feminista. No me refiero al intento de eliminar el concepto de paternidad del Padrenuestro: dicha tentativa deriva de una repugnancia hacia el género gramatical masculino, comúnmente privilegiado para expresar la excelencia; a causa de análoga repugnancia, la Conferencia Episcopal de los Estados Unidos ha sustituido en la liturgia la voz hombre por la voz gente. Me refiero al OR del 1 diciembre de 1978, donde se denigra a la Iglesia histórica, a la cual el feminismo contemporáneo habría revelado los valores femeninos después de dos milenios, y donde el postulado de la mujer cristiana es configurado como «solicitud de ser considerada persona [5] y consiguientemente poder actuar como tal: como un ser que se realiza y se expresa a sí mismo». Evidentemente, no siempre el pensamiento precede a la palabra, y por eso no siempre lo que se dice consigue también ser algo pensable.
Que la Iglesia durante dos milenios haya honrado, catequizado, dado los sacramentos, y hecho sujeto de derechos y de canonizaciones, a seres a quienes negaba el ser persona, resulta un simple compuesto de palabras, del que si algo es posible descifrar es la ignorancia de la autora en torno a lo que es ser persona, lo que es la libertad, lo que es el fin del cristiano, y lo que es la Iglesia[6].
Más temerario aún («Seminari e teología», abril 1979) es el intento de una monja de introducir el género femenino en la Santísima Trinidad, convirtiendo al Espíritu Santo en una Espíritu Santa.
La ignorancia histórica anima a la autora hasta la insolencia, llamando «extrañísima anomalía» y «descomunal equivocación» a la teoría trinitaria de la teología católica, al no haberse dado cuenta de que la tercera persona de la Santísima Trinidad es la Espíritu Santa; la voz hebraica traducida al griego con un neutro y al latín con un masculino sería en realidad femenina, y el Espíritu Santo de nuestra Vulgata sería un Dios-madre, una Espíritu Santa [7].
Desde una óptica histórica, sólo la ignorancia puede encontrar nueva esta extravagancia de la Espíritu Santa. Se encuentra ya recogida por Agobardo (PL. 104, 163) y la profesaban los herejes llamados Obscenos, que hacían mujer a la tercera persona y la adoraban encarnada en Guillermina Boema. Desde una óptica teórica, causan pavor las monstruosidades lógicas y biológicas originadas por esa extravagancia. La Santísima Virgen (Mat. 1, 18) sería cubierta por la sombra de un ente de género femenino, y de ese modo Jesús nacería de dos mujeres.
Y si la tercera persona es la Madre, como procede del Hijo, se tendría el absurdo de una madre originada por su hijo. Como se ve por estos argumentos teológicos de la monja, no escribir es para ella mucho más difícil que escribir.
Conviene además señalar que la introducción de la mujer en la Santísima Trinidad habría encontrado ocasión (que no se dió) y creído encontrar sufragio en un discurso del Papa Luciani, quien en torno a un pasaje de Isaías había afirmado que Dios es madre.
Pero aquel pasaje habla sobre la misericordia divina y dice que Dios es como una madre, o más bien que es madre, porque «¿Puede acaso la mujer olvidarse del niño de su pecho, sin compadecerse del hijo de sus entrañas? Y aun cuando ella pudiera olvidarle, Yo no me olvidaría de tí» (Is. 49, 15). Se trata de una figura poética bellísima que no supone la existencia de feminidad en Dios, sino de una ilimitada misericordia divina sobre la cual Juan Pablo II escribió después la encíclica Dives in misericordia.
Giovanni Testori, un literato convertido que no ha abandonado el vicio de amplificarlo todo y llegar al extremo de causar escándalo, llegó a escribir que «la Virgen ha entrado en la Trinidad». En conclusión, es evidente que la teología feminista confunde los atributos ad intra con los atributos ad extra, y asigna a la Trinidad un carácter sexual propio solamente del orden creado, el cual transportado al orden trinitario da lugar a conclusiones meramente equívocas.

92. LA TRADICIÓN IGUALITARIA DE LA IGLESIA. SUBORDINACIÓN Y PRIMACÍA DE LA MUJER

La igualación de la mujer al hombre (introducida hasta en la Trinidad) es menos aceptable que la superioridad afirmada por los jacobinos; éstos la deducían del relato del Génesis, donde la mujer es creada después del hombre por ser una criatura más perfecta que supone un grado de actividad creativa más avanzado [8].
Pero todo feminismo choca contra el orden natural, el cual diferencia los dos géneros y no los subordina unilateralmente, sino recíprocamente. Esta distinción armónica no es (como algunos biólogos se atreven a sostener) un efecto puramente social que desaparecería o se invertiría al desaparecer o invertirse las tendencias sociales. Sin esa diferenciación, la naturaleza no estaría completa, porque ha sido arquetípicamente ideada en dicha dualidad.
El sentido de la soledad de Adán es el sentido profundo del propio ser (que apela a la totalidad).
No voy a internarme en el aspecto metafísico de la dualidad sexual (dualidad ordenada a la unidad) ni necesito evocar el mito del andrógino, intuición de la unión conyugal. Me bastará recordar que al estar los sexos coordinados uno con otro, esa subordinación innegablemente natural en el acto conyugal [9] no supone que la identidad en el fin (la procreación o la donación personal, da igual ahora) suponga entre los dos una igualdad absoluta.
Del mismo modo, esa subordinación no supone que las funciones naturalmente diferenciadas de los dos respecto a las consecuencias y al efecto de tal acto unitivo sean moral y socialmente de igual valor. La doctrina de la inferioridad de la mujer como masculus occasionatus (macho castrado) no es doctrina católica, pero sí lo es la coordinación de los dos desiguales en una unidad igualadora.
Y en la unidad de los desiguales, son innegables tanto la subordinación fisiológica de la mujer, como su prioridad psicológica en el sentido inverso del orden de la atracción, pues el polen de la seducción no lo liba el hombre sino la mujer, y si el hombre es activo en el congressus conyugal lo es después de ser subyugado por la solicitación en la fase de aggressus.
Por esta reciprocidad de subordinaciones pierde todo sentido la antigua controversia (frecuente en la literatura) en torno a la mayor fuerza amatoria de uno u otro sexo, y se convierten en puras anécdotas el caso de Mesalina, el caso contrapuesto del mitológico Hércules, y el famoso decreto de la reina de Aragón[10]. Lo que haya de verdad en estos hechos reflejaría solamente predisposiciones individuales, que no alteran esa reciprocidad de influencias a que hemos hecho referencia.
La primacía de la mujer se actúa de modo peculiar en el ámbito estrictamente doméstico, y Juan Pablo 11 se ha distanciado explícitamente de las visiones innovadoras en el importante documento promulgado en 1983 como Carta de los derechos de la familia. El Papa enseña que el lugar natural donde se expresa la persona de la mujer es la familia, y su misión es la educación de los hijos. El trabajo fuera de casa es un desorden que debe corregirse.
El art. 10, sobre la remuneración del trabajo, establece que «debería ser tal que no obligue a las madres a trabajar fuera de casa, en detrimento de la vida familiar y especialmente de la educación de los hijos». Y al pedir oraciones para el Sínodo de obispos sobre la familia, el Pontífice parece auspiciar una restauración del orden familiar antiguo: «Est profecto ita! Necesse est familae aetatis nostrae ad pristinum statum revocentur. Necesse est Christum consectentur». Pero la enseñanza papal fue pronto abiertamente contradicha por el Congreso de las mujeres católicas al proclamar la tesis innovadora: «Ninguna mujer considera positivo renunciar a la experiencia del trabajo fuera de casa, ni ninguna se plantea ser ama de casa durante toda la vida» (OR, 1 abril 1984).
En sentido religioso, tanto la igualdad como la subordinación de los dos géneros pertenece al orden sobrenatural. Según el relato del Génesis (2, 21-2) aludido por San Pablo(I Cor. 11, 8), la mujer fue extraída del hombre para apartarle de la experiencia de la soledad, de modo que al despertar del sueño enviado por Dios se encontró siendo «hombre y mujer». La mujer es por consiguiente secundaria al hombre en línea de creación. Está sujeta al hombre, pero no porque el hombre sea el fin de la mujer. El fin de ambos es idéntico y superior a ambos. San Pablo dice con firmeza que respecto al fin «no hay varón y mujer» (Gál. 3, 28), como no hay judío ni gentil, libre ni esclavo. No es que no existan esas cualidades con sus diferencias, sino que todos los bautizados están revestidos del mismo Cristo y en cuanto tales no existe entre ellos ninguna diferencia.

No hay en el orden de la gracia acepción o excepción de personas. Todos son hechos miembros de Cristo e informados de una unidad de vida. Sin embargo San Pablo prescribe la subordinación de la mujer, retomando así la ordenación primitiva del Génesis: «Mulieres, subditae estote viris sicut oportet in Domino [Mujeres, estad sujetas a vuestros maridos, como conviene en el Señor]» (Col. 3, 18), donde el verbo del original está quizá peor traducido con un predicado nominal que con uno verbal reflexivo, porque el sentido más cercano al griego [someteos] es someteos por vosotras mismas[11].
Y es notable que el texto indique también modo y límite de la sujeción, que ha de ser in Domino: es decir, ha de tener por norma la servidumbre debida a Dios, que es servidumbre liberadora. Y si in Domino se enlaza con subditae stote, entonces está indicada la razón suprema de sujetarse al marido, que ciertamente no es el marido, sino el primer principio de toda obediencia.
La libertad cristiana no es liberación de todo orden y subordinación, sino elección del orden al que someterse. Y como explica Ef. 5, 22, esa sujeción al marido es una sujeción al Señor[12].
Es difícil reducir la subordinación de la mujer al hombre a contingencias puramente históricas, como suele hacerse, siguiendo esquemas de historiografía marxista, con toda cuestión e institución católica que desagrada al siglo.
No solamente tiene su origen en la legislación divina de los inicios de la humanidad. Ni solamente se funda en la diversidad de la naturaleza de los dos sexos, uno marcado por el sello de las virtudes de gobierno y movido por el instinto de la procreación, otro marcado por el sello de la dirigibilidad y de la adhesión al marido.
También la recalca la Revelación en el texto de I Cor. 11, 3, en el cual el carácter no servil de la sujeción está asegurado por una gradación de entidades teológicas, diciendo el Apóstol que ésta sucede porque «la cabeza de todo varón es Cristo, y el varón, cabeza de la mujer, y Dios, cabeza de Cristo».
La subordinación se encuentra esculpida en la naturaleza, no contemplándola en su abstracción genérica, sino reconociéndola con la impronta de los dos sexos. Negar su consistencia es una vez más efecto de una abstracción viciosa y falaz, que después de haber desvestido a los seres de sus notas especificantes e individuantes, se encuentra delante de una esencia genérica y la toma como si fuese una realidad.
En verdad lo es, pero no con esa forma abstracta, sino con la forma individual y concreta. Y tomando la abstracción como un hecho, se derivan de ella títulos de derecho, los cuales por el contrario derivan de hechos reales: por ejemplo, el derecho del trabajador a su sueldo no deriva de ser hombre, sino de ser circunstancialmente trabajador.
Se podrá oponer que históricamente la posición de la mujer en la Iglesia fue a veces de subordinación, más de sierva que de socio. Se podrán así aducir algunos juicios envilecedores de Padres de la Iglesia (sobre todo de la Iglesia griega) y algunas discriminaciones litúrgicas. Entre las primeras está el célebre pasaje de Clemente de Alejandría (Paedagogus 2): «Toda mujer debería morir de vergüenza ante el pensamiento de ser mujer». Entre las segundas no se puede incluir la exclusión del sacerdocio, porque es de derecho divino positivo.
Una de las discriminaciones más visibles y notorias era la exclusión de las mujeres del presbiterio, que duró hasta la reciente reforma litúrgica, pero que no puede considerarse como una discriminación debida al sexo, ya que fue mantenida (por San Carlos, por ejemplo) incluso respecto a los soberanos; expresaba la contraposición entre sacerdotes y laicos, no entre hombres y mujeres. Discriminaciones ciertamente concernientes al sexo son sin embargo las que en siglos lejanos gravaban más a la mujer que al hombre en la penitencia impuesta por el mismo pecado, y la que alejaba a la mujer de la Eucaristía en determinados ciclos.
Pero algunas de estas discriminaciones están conectadas con la idea (acogida también en el Viejo Testamento) de la impureza producida por ciertos hechos fisiológicos a los que se consideraba inseparables de una impureza moral, en la cual por otra parte están en ciertos casos unidos hombre y mujer.


quarta-feira, 18 de agosto de 2010

VENERÁVEL PIO XII : O Ofício divino é, pois, a oração do corpo místico de Cristo, dedicada a Deus em nome de todos os cristãos e em seu beneficio, feita pelos sacerdotes, por outros ministros da Igreja e pelos religiosos delegados da própria Igreja para isso.Cristo, por meio do seu Espírito, invoca em nós o Pai. "Deus não poderia fazer aos homens um dom maior... reza (Jesus) por nós como nosso sacerdote; reza em nós como nossa cabeça; é invocado por nós como nosso Deus... reconheçamos, pois, as nossas vozes nele e a sua voz em nós... Rezamos a ele como a Deus, ele reza como servo...A excelsa dignidade dessa oração da Igreja deve corresponder a intensa devoção da nossa alma e, visto que a voz do orante repete os poemas escritos por inspiração do Espírito Santo, que proclamam e exaltam a perfeitíssima grandeza de Deus, é ainda necessário que a essa voz se junte o movimento interior do nosso espírito para fazer nossos aqueles mesmos sentimentos com os quais nos elevamos ao céu, adoramos a santíssima Trindade e lhe rendemos os devidos louvores e ações de graças: "Devemos salmodiar de modo que a nossa mente concorde com a nossa voz".


CARTA ENCÍCLICA DO VENERÁVEL PAPA PIO XII "MEDIATOR DEI " SOBRE A SAGRADA LITURGIA


127. Essas várias orações especialmente por iniciativa e obra dos monges e dos ascetas, aperfeiçoaram-se cada dia mais, e pouco a pouco foram introduzidas no uso da sagrada liturgia por autoridade da Igreja.

128. O Ofício divino é, pois, a oração do corpo místico de Cristo, dedicada a Deus em nome de todos os cristãos e em seu beneficio, feita pelos sacerdotes, por outros ministros da Igreja e pelos religiosos delegados da própria Igreja para isso.

129. Qual deva ser o caráter e eficácia desse louvor divino, deduz-se das palavras que a Igreja sugere dizer antes de iniciar-se a oração do Ofício, prescrevendo que sejam recitadas "digna, atenta e devotamente".

130. Assumindo a natureza humana, o Verbo de Deus introduziu no exílio terreno o hino que se canta no céu por toda a eternidade. Une a si toda a comunidade humana e a associa no canto deste hino de louvores. Confessemos com humildade que "não sabemos o que devemos convenientemente pedir, mas o próprio Espírito reza por nós com gemidos inenarráveis". (138) E ainda Cristo, por meio do seu Espírito, invoca em nós o Pai. "Deus não poderia fazer aos homens um dom maior... reza (Jesus) por nós como nosso sacerdote; reza em nós como nossa cabeça; é invocado por nós como nosso Deus... reconheçamos, pois, as nossas vozes nele e a sua voz em nós... Rezamos a ele como a Deus, ele reza como servo: lá o Criador, aqui um ser criado, enquanto, sem sofrer mudança, tomou uma natureza mutável, fazendo de nós um só homem com ele: cabeça e corpo".(139)

131. A excelsa dignidade dessa oração da Igreja deve corresponder a intensa devoção da nossa alma e, visto que a voz do orante repete os poemas escritos por inspiração do Espírito Santo, que proclamam e exaltam a perfeitíssima grandeza de Deus, é ainda necessário que a essa voz se junte o movimento interior do nosso espírito para fazer nossos aqueles mesmos sentimentos com os quais nos elevamos ao céu, adoramos a santíssima Trindade e lhe rendemos os devidos louvores e ações de graças: "Devemos salmodiar de modo que a nossa mente concorde com a nossa voz". (140) Não se trata, pois, de uma recitação somente, ou de um canto que, embora perfeitíssimo segundo as leis da arte musical e as normas dos sagrados ritos, chegue apenas ao ouvido; mas sobretudo de uma elevação da nossa mente e da nossa alma a Deus para que nos consagremos, nós e todas as nossas ações, a ele, unidos com Jesus Cristo.