- E senti o espírito inundado por um mistério de luz que é Deus e N´Ele vi e ouvi -A ponta da lança como chama que se desprende, toca o eixo da terra, – Ela estremece: montanhas, cidades, vilas e aldeias com os seus moradores são sepultados. - O mar, os rios e as nuvens saem dos seus limites, transbordam, inundam e arrastam consigo num redemoinho, moradias e gente em número que não se pode contar , é a purificação do mundo pelo pecado em que se mergulha. - O ódio, a ambição provocam a guerra destruidora! - Depois senti no palpitar acelerado do coração e no meu espírito o eco duma voz suave que dizia: – No tempo, uma só Fé, um só Batismo, uma só Igreja, Santa, Católica, Apostólica: - Na eternidade, o Céu! (escreve a irmã Lúcia a 3 de janeiro de 1944, em "O Meu Caminho," I, p. 158 – 160 – Carmelo de Coimbra)
quarta-feira, 10 de dezembro de 2008
Dietrich von Hildebrand
Certamente que a nossa época está penetrada por um espírito de irreverência. Está vista numa noção distorcida de liberdade que exige direitos mas rejeita obrigações, que exalta a auto-indulgência, que aconselha o " deixa-te ir." O HABITARE SECUNIA dos Diálogos de São Gregório - a morada na presença de Deus - que pressupõe a reverência, é hoje considerado algo antinatural, pomposo, ou servil.
Mas não é a nova liturgia um compromisso com o espírito moderno? De onde vem o desprezo de ajoelhar-se? Porque deveria a Eucaristia ser recebida estando em pé? É o não ajoelhar-se , em nossa cultura, a expressão clássica de adorar a reverência? O argumento de que numa refeição nós devíamos estar de pé em vez ajoelhados é minimamente convincente.