sábado, 13 de dezembro de 2008





Papa Bento XVI

Alguns perguntam: mas ainda é possível hoje esta alegria? A resposta dão-na, com a sua vida, homens e mulheres de todas as épocas e condições sociais, felizes por consagrar a sua existência ao próximo! Não foi porventura a Beata Madre Teresa de Calcutá, nos nossos tempos, uma testemunha inesquecível da verdadeira alegria evangélica? Viver quotidianamente em contacto com a miséria, a degradação humana, a morte. A sua alma conheceu a prova da noite escura da fé, mas contudo deu a todos o sorriso de Deus. Lemos num seu escrito: "Nós aguardamos com impaciência o paraíso, onde está Deus, mas depende de nós estar no paraíso já aqui na terra e desde este momento. Ser feliz com Deus significa: amar como Ele, ajudar como Ele, doar como Ele, servir como Ele" .

Sim, a alegria entra no coração de quem se põe ao serviço dos pequeninos e dos pobres. Deus habita em quem ama deste modo, e a alma está em júbilo. Se ao contrário se faz da felicidade um ídolo, erra-se o caminho e é verdadeiramente difícil encontrar a alegria de que fala Jesus. Infelizmente, é esta a proposta das culturas que colocam a felicidade individual no lugar de Deus, mentalidade que encontra um efeito emblemático na busca do prazer a todo o custo, na difusão do uso de drogas como fuga, como refúgio em paraísos artificiais, que depois se revelam totalmente ilusórios.

Queridos irmãos e irmãs, também no Natal se pode errar o caminho, trocar a verdadeira festa com a que não abre o coração à alegria de Cristo. A Virgem Maria ajude todos os cristãos, e os homens em busca de Deus, a chegar a Belém, para encontrar o Menino que nasceu para nós, para a salvação e a felicidade de todos os homens.