- E senti o espírito inundado por um mistério de luz que é Deus e N´Ele vi e ouvi -A ponta da lança como chama que se desprende, toca o eixo da terra, – Ela estremece: montanhas, cidades, vilas e aldeias com os seus moradores são sepultados. - O mar, os rios e as nuvens saem dos seus limites, transbordam, inundam e arrastam consigo num redemoinho, moradias e gente em número que não se pode contar , é a purificação do mundo pelo pecado em que se mergulha. - O ódio, a ambição provocam a guerra destruidora! - Depois senti no palpitar acelerado do coração e no meu espírito o eco duma voz suave que dizia: – No tempo, uma só Fé, um só Batismo, uma só Igreja, Santa, Católica, Apostólica: - Na eternidade, o Céu! (escreve a irmã Lúcia a 3 de janeiro de 1944, em "O Meu Caminho," I, p. 158 – 160 – Carmelo de Coimbra)
sábado, 13 de dezembro de 2008
Onze anos atrás (1997), foi publicado, na Itália, um livro do Cardeal Ratzinger, no qual ele contava passagens de sua vida até 1977. O livro foi editado pela San Paolo e se intitulava La mia Vita. Somente em 2006, a editora Paulinas publicou esse livro no Brasil, lembrando, na capa de sua edição, que o outrora Cardeal Ratzinger é, hoje, o Papa Bento XVI.
O livro, hoje, depois de onze anos, paradoxalmente se mostra muito mais atual do que em 1997, pois nele se podem ler frases que explicam o que Bento XVI está fazendo em seu pontificado, e indicam o que ele ainda pretende fazer, particularmente no campo da Liturgia. Mesmo que devagar...
Neste artigo, citaremos e analisaremos apenas o que disse o Cardeal Ratzinger em 1997 sobre o lançamento da Nova Missa de Paulo VI, em 1969.
Eis o que escreveu o então Cardeal Ratzinger sobre a nova liturgia de Paulo VI:
“O segundo grande acontecimento no início dos meus anos em Ratisbona foi a publicação do missal de Paulo VI com a proibição quase total do missal anterior, depois de uma fase de transição de apenas meio ano. Era auspicioso o fato de que, depois de um tempo de experimentos, muitas vezes deformando profundamente a liturgia, houvesse agora um texto litúrgico obrigatório.
Mas fiquei consternado pela proibição do Missal antigo, pois algo semelhante nunca tinha acontecido em toda a história da liturgia. Tinha-se a impressão de que isso era uma coisa perfeitamente normal.