segunda-feira, 19 de janeiro de 2009

ADORAÇÃO PELA SANTIFICAÇÃO DOS SACEDOTES


ADORAÇÃO EUCARÍSTICA CONTÍNUA
CONGREGAÇÃO PARA O CLERO
Com data de 8-XII-07, a Congregação para o Clero enviou uma carta a todos os Bispos diocesanos para que promovam a adoração eucarística contínua [1], em espírito de reparação, para fomentar as vocações sacerdotais e a sua fidelidade.
Publicamos a seguir a Nota explicativa anexa à carta, visando incrementar essa prática – nas paróquias, santuários, capelas, mosteiros, conventos, seminários –, a fim de que os sacerdotes possam secundar esta iniciativa pastoral.



Na Exortação Apostólica «Sacramentum Caritatis», o Santo Padre Bento XVI traduziu de forma concreta o perene ensinamento da Igreja a respeito da centralidade da adoração eucarística na vida eclesial, dirigindo a todos os Pastores, Bispos e Sacerdotes, e ao Povo de Deus um apelo prático à adoração perpétua: «Juntamente com a Assembleia sinodal, recomendo, pois, vivamente aos Pastores da Igreja e ao Povo de Deus a prática da adoração eucarística, tanto pessoal como comunitária.

Para isso, será de grande proveito uma catequese adequada na qual se explique aos fiéis a importância deste ato de culto que permite viver, mais profundamente e com maior fruto, a própria celebração litúrgica. Depois, na medida do possível e sobretudo nos centros mais populosos, será conveniente individuar igrejas ou oratórios que se possam reservar a propósito para a adoração perpétua.

Além disso, recomendo que na formação catequética, particularmente nos itinerários de preparação para a Primeira Comunhão, se iniciem as crianças no sentido e na beleza de se demorarem na companhia de Jesus, cultivando o enlevo pela sua presença na Eucaristia» (Sacramentum Caritatis, 67).



Para favorecer o apelo do Santo Padre, a Congregação para o Clero, em sua solicitude pelos Presbíteros, propõe que:

Cada Diocese encarregue um sacerdote que se dedique – na medida do possível – em tempo integral ao ministério específico de promoção da adoração eucarística e à coordenação deste importante serviço na Diocese. Dedicando-se generosamente a este ministério, ele próprio terá a possibilidade de viver esta particular dimensão de vida litúrgica, teológica, espiritual e pastoral, se possível num lugar oportunamente reservado para essa finalidade, determinado pelo próprio Bispo, onde os fiéis poderão, assim, beneficiar da adoração eucarística perpétua.



3. Tal como já existem os Santuários Marianos, com reitores nomeados para um ministério particular adaptado às exigências específicas, poderá haver uma espécie de «Santuários Eucarísticos» com sacerdotes responsáveis, que irradiem e promovam o especial amor da Igreja pela Santíssima Eucaristia, celebrada dignamente e continuamente adorada. Um ministério como esse, dentro do presbitério, lembrará a todos os sacerdotes diocesanos, como disse Bento XVI, que «precisamente na Eucaristia se encontra o segredo da sua santificação (…). O presbítero deve ser em primeiro lugar adorador e contemplativo da Eucaristia» (Angelus, 18-IX-05);

2. Sejam determinados lugares específicos que possam ser reservados a propósito para a adoração eucarística contínua. Para essa finalidade, os párocos, os reitores e os capelães devem ser encorajados a introduzir nas suas comunidades a prática da adoração eucarística, tanto pessoal como comunitária, de acordo com as possibilidades de cada um e num esforço colectivo de incremento da vida de oração. Não deixem de ser envolvidas nesta prática todas as forças vivas, a começar das crianças que se preparam para a Primeira Comunhão;



3. As Dioceses interessadas nesse projecto poderão buscar subsídios apropriados para organizarem a adoração eucarística contínua no Seminário, nas Paróquias, nas Reitorias, nos Oratórios, nos Santuários, nos Mosteiros, nos Conventos.

A Providência Divina não deixará de permitir que se encontrem também benfeitores que contribuam para obras adequadas a pôr em prática este projecto de renovação eucarística das Igrejas particulares, como, por exemplo: construção ou adaptação de um lugar de culto para a adoração, dentro de um grande edifício de culto; aquisição de uma custódia solene ou de um paramento litúrgico nobre; o patrocínio de material litúrgico-pastoral-espiritual para essa promoção;

4. As iniciativas dirigidas ao Clero local, sobretudo as relativas à sua formação permanente, devem ser sempre permeadas de um clima eucarístico, que deverá ser precisamente facilitado por um tempo oportuno dedicado à adoração do Santíssimo Sacramento, de modo que esta adoração se torne, juntamente com a Santa Missa, a força propulsora para todo o esforço individual e comunitário;




5. As formas de adoração eucarística nos diversos lugares poderão ser diferentes, de acordo com as possibilidades concretas. Por exemplo:
– adoração eucarística perpétua, vinte e quatro horas por dia;
– adoração eucarística contínua, desde as primeiras horas da manhã até à noite;
– adoração eucarística de tanto a tanto, todos os dias;
– adoração eucarística de tanto a tanto, num ou mais dias da semana;
– adoração eucarística em circunstâncias particulares, como festas ou comemorações.

A Congregação para o Clero expressa a sua gratidão aos Ordinários que venham a ser animadores de um projecto como este, que não deixará de renovar espiritualmente o Clero e o povo de Deus das suas Igrejas particulares.



Com a finalidade de poder acompanhar de perto o desenvolvimento do que é desejado pelo Santo Padre, pede-se a cada Ordinário, interessado nesta iniciativa, que comunicar a esta Congregação os desenvolvimentos relativos à adoração eucarística contínua na sua Diocese, sobretudo indicando que sacerdotes e locais estão envolvidos com este importante apostolado eucarístico.

A Congregação para o Clero não deixará, sempre que solicitada, de oferecer outros eventuais esclarecimentos a esta matéria.

Do Vaticano, 8 de Dezembro de 2007
Solenidade da Imaculada Conceição de Maria