- E senti o espírito inundado por um mistério de luz que é Deus e N´Ele vi e ouvi -A ponta da lança como chama que se desprende, toca o eixo da terra, – Ela estremece: montanhas, cidades, vilas e aldeias com os seus moradores são sepultados. - O mar, os rios e as nuvens saem dos seus limites, transbordam, inundam e arrastam consigo num redemoinho, moradias e gente em número que não se pode contar , é a purificação do mundo pelo pecado em que se mergulha. - O ódio, a ambição provocam a guerra destruidora! - Depois senti no palpitar acelerado do coração e no meu espírito o eco duma voz suave que dizia: – No tempo, uma só Fé, um só Batismo, uma só Igreja, Santa, Católica, Apostólica: - Na eternidade, o Céu! (escreve a irmã Lúcia a 3 de janeiro de 1944, em "O Meu Caminho," I, p. 158 – 160 – Carmelo de Coimbra)
sexta-feira, 16 de janeiro de 2009
TEMPUS PER ANNUM ANTE SEPTUAGESIMAM "POST EPIPHANIAM"
Entramos já no Tempus per annum ante Septuagesimam (Tempo “pelo ano” antes da Septuagésima), ou, como também pode-se dizer, Tempus post Epiphaniam, dos Dominicæ post Epiphaniam. Este período começa no dia 14 de Janeiro, após a comemoração do Batismo do Senhor, no dia 13, e vai até o Domingo da Septuagésima.
Alguns dos Dominicæ post Epiphaniam, dependendo da data da Páscoa, são omitidos e/ou transferidos para depois do XXIII Domingo depois de Pentecostes, como Dominicæ quæ superfuerunt post Epiphaniam (Domingos Remanescentes depois da Epifania, ou, então, Domingos móveis depois de Pentecostes). Neste ano de 2009, o Domingo da Páscoa de Nosso Senhor será 12 de abril, e o Domingo da Septuagésima, dia 08 de fevereiro. Omite-se, pois, o V Domingo depois da Epifania, e o VI Domingo é transferido para depois do XXIII Domingo depois de Pentecostes, como Domingo móvel.
Em resumo, este ano:
REZA-SE: 1º, 2º, 3º e 4º Domingo depois da Epifania;
OMITE-SE: 5º Domingo depois da Epifania; e
TRANSFERE-SE: 6º Domingo depois da Epifania.
DOMINGO DA SEPTUAGÉSIMA: 08 de fevereiro;
DOMINGO DA PÁSCOA: 12 de abril.
EXPOSIÇÃO DOGMÁTICA
Entre o ciclo do Natal, que terminou em 13 de Janeiro e o ciclo da Páscoa, que começará no Domingo da Septuagésima, estende-se um período de algumas semanas.
Não tomando em conta a duração – que neste período é muito breve – a liturgia dos Domingos que se seguem á Epifania, assemelha-se muito à dos numerosos Domingos do Tempo depois de Pentecostes.
Numa e noutra, a oração e os ensinamentos da Igreja apresentam-se de per si, independentemente de qualquer festa ou circunstância particular, em vez de serem organizados em função do progressivo desenvolvimento do mistério de Cristo.
Nas Missas de Domingo exprimem-se as relações permanentes do povo cristão com o seu Deus, e a Igreja, unindo-nos á sua prece e recordando-nos a sua doutrina, vai-nos inculcando o seu genuíno espírito
APONTAMENTOS DE LITURGIA
O Tempo depois da Epifania começa a 14 de Janeiro e termina na Septuagésima. A data da Septuagésima varia com a da Páscoa: oscila entre 18 e Janeiro e 22 de Fevereiro, e pode situar-se entre o segundo e o sétimo Domingo depois da Epifania.
Tal como no Tempo depois de Pentecostes, usam-se paramentos verdes nas Missas do Domingo, mesmo se forem retomadas durante a semana. O prefácio é o da Santíssima Trindade, ao domingo; à semana, o comum.
Constitui uma particularidade a festa da Purificação de Nossa Senhora, no dia 02 de Fevereiro, isto é, quarenta e dois dias depois do nascimento de Jesus. Pelo seu significado, como pela sua feição litúrgica, esta festa pertence ao ciclo do Natal, do qual é como que um prolongamento, que se projeta até o meio do Tempo depois da Epifania, e por vezes, ate às portas da Quaresma.
Eis, agora, algumas rubricas deste tempo, retiradas do Missal Romano (1962):
RUBRICAS
As Missas do 3º, 4º, 5º e 6º Domingos depois da Epifania têm as mesmas partes cantadas;
Chamam-se “Domingos depois da Epifania trasnferidos” os que se intercalam entre o 23º e 24º depois de Pentecostes;
Os Domingos depois da Epifania são de 2º classe: só admitem comemoração de uma festa de 2º classe; Missa com Glória, Credo e prefácio da Santíssima Trindade;
Da segunda-feira à sexta-feira, quando não ocorrer uma festa de 3º classe ou vigília, diz-se a Missa da féria (4º classe), que é a do Domingo precedente, sem Glória nem Credo, e Prefácio Comum;
Pode dizer-se também a Missa de uma comemoração ou de um santo mencionado neste dia no martirológio, ambas com glória.
Nas Missas votivas rezadas de 4º classe, procede-se de igual modo
Fonte:São Pio V