- E senti o espírito inundado por um mistério de luz que é Deus e N´Ele vi e ouvi -A ponta da lança como chama que se desprende, toca o eixo da terra, – Ela estremece: montanhas, cidades, vilas e aldeias com os seus moradores são sepultados. - O mar, os rios e as nuvens saem dos seus limites, transbordam, inundam e arrastam consigo num redemoinho, moradias e gente em número que não se pode contar , é a purificação do mundo pelo pecado em que se mergulha. - O ódio, a ambição provocam a guerra destruidora! - Depois senti no palpitar acelerado do coração e no meu espírito o eco duma voz suave que dizia: – No tempo, uma só Fé, um só Batismo, uma só Igreja, Santa, Católica, Apostólica: - Na eternidade, o Céu! (escreve a irmã Lúcia a 3 de janeiro de 1944, em "O Meu Caminho," I, p. 158 – 160 – Carmelo de Coimbra)
segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009
BENTO XVI: "ESTA FESTA OFERECE-ME A OCASIÃO PARA VOS PEDIR QUE ME ACOMPAHEIS COM AS VOSSAS ORAÇÕES..."
Ontem foi a festa da Cátedra de São Pedro, na alocução dominical, ao meio-dia, antes da recitação do Angelus, Bento XVI pediu orações para que possa exercer fielmente o papel que a Providência lhe confiou como Sucessor do Apóstolo Pedro, nomeadamente a bem da unidade da Igreja.
O Papa começou por evocar o Evangelho do dia, o episódio do paralítico perdoado e curado: “Esta passagem evangélica mostra que Jesus tem o poder não só de sanar o corpo doente, mas também de perdoar os pecados. Mais ainda: a cura física é sinal da cura espiritual que o perdão produz. Na verdade, o pecado é uma espécie de paralisia do espírito, da qual só a potência do amor misericordioso de Deus nos pode libertar, permitindo-nos levantar de novo, para retomar o caminho do bem”.
Para além da celebração dominical – observou depois o Papa – ocorre neste dia 22 de Fevereiro a festa da Cátedra de São Pedro: “A Cátedra de Pedro simboliza a autoridade do Bispo de Roma, chamado a desempenhar um peculiar serviço em relação a todo o Povo de Deus.
Logo depois do martírio de são Pedro e são Paulo, foi reconhecido à Igreja de Roma o papel primacial em toda a comunidade católica, papel já atestado no século II por santo Inácio de Antioquia e santo Ireneu de Lyon. Este singular e específico ministério do Bispo de Roma foi reafirmado pelo Concílio Ecuménico Vaticano II.
‘Na comunhão eclesiástica – lê-se na Constituição dogmática sobre a Igreja – existem legitimamente Igrejas particulares, que gozam de tradições próprias, permanecendo íntegro o primado da Cátedra de Pedro, que preside à comunhão universal da caridade, tutela as legítimas variedades, e ao mesmo tempo vela para que o que é particular, não só não prejudique a unidade, mas sim a reforce.
Esta festa oferece-me a ocasião para vos pedir que me acompanheis com as vossas
orações, para que possa desempenhar fielmente a alta responsabilidade que a Providência divina me confiou como Sucessor do Apóstolo Pedro”.
Quase a concluir a alocução antes das Ave-Marias, Bento XVI convidou a dirigir o olhar para Maria, que nestes dias foi celebrada em Roma sob a invocação de Nossa Senhora da Confiança. Ocasião para o Papa recordar o iminente início da Quaresma:
“A ela pedimos que nos ajude também a entrar com as devidas disposições de espírito no tempo da Quaresma, que terá início na próxima quarta-feira, com o sugestivo rito das Cinzas. Que Maria nos abra o coração à conversão e à escuta dócil da Palavra de Deus”.