- E senti o espírito inundado por um mistério de luz que é Deus e N´Ele vi e ouvi -A ponta da lança como chama que se desprende, toca o eixo da terra, – Ela estremece: montanhas, cidades, vilas e aldeias com os seus moradores são sepultados. - O mar, os rios e as nuvens saem dos seus limites, transbordam, inundam e arrastam consigo num redemoinho, moradias e gente em número que não se pode contar , é a purificação do mundo pelo pecado em que se mergulha. - O ódio, a ambição provocam a guerra destruidora! - Depois senti no palpitar acelerado do coração e no meu espírito o eco duma voz suave que dizia: – No tempo, uma só Fé, um só Batismo, uma só Igreja, Santa, Católica, Apostólica: - Na eternidade, o Céu! (escreve a irmã Lúcia a 3 de janeiro de 1944, em "O Meu Caminho," I, p. 158 – 160 – Carmelo de Coimbra)
terça-feira, 3 de fevereiro de 2009
BENTO XVI PROPÕE S.PAULO COMO MODELO A SEGUIR POR TODOS OS CONSAGRADOS
(2/2/2009) Neste Ano Paulino, foi o Apóstolo dos Gentios que Bento XVI apontou como modelo aos consagrados, nas palavras que lhes dirigiu no final da celebração que teve lugar na basílica de São Pedro, neste dia 2 de Fevereiro, XIII Jornada Mundial da Vida Consagrada - uma Missa celebrada pelo cardeal Franc Rode, Prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e Sociedades de Vida Apostólica.
“Na tradição da Igreja, São Paulo foi sempre reconhecido pai e mestre de todos os que, chamados pelo Senhor, fizeram a opção de uma dedicação incondicionada a Ele e ao seu Evangelho.”
A vida e o ensinamento de Paulo constituem um convite a uma “imitação radical de Jesus”. E não é isso que constitui precisamente a vida consagrada, perguntou Bento XVI? São Paulo constitui um modelo seguro: “imitá-lo no seguir a Cristo é a via privilegiada para corresponder até ao fim à vocação de especial consagração na Igreja”.
“Da sua própria voz podemos conhecer um estilo de vida que exprime a substância da vida consagrada inspirada nos conselhos evangélicos de pobreza, castidade e obediência”.
“Na vida de pobreza – prosseguiu – (São Paulo) vê a garantia de um anúncio do Evangelho realizado em total gratuidade, e exprime ao mesmo tempo a solidariedade concreta para com os irmãos em necessidade”. Por outro lado, “acolhendo a chamada de Deus à castidade, Paulo deu o coração ao Senhor, sem divisões, para poder servir os irmãos com ainda maior liberdade e dedicação”. Quanto à obediência, “basta notar (disse o Papa) que foi sempre o cumprimento da vontade de Deus que animou, plasmou e consumiu a sua existência, como sacrifício agradável a Deus”.
“Um outro aspecto fundamental da vida consagrada de Paulo é a missão. Ele é todo de Jesus, para ser, como Jesus, de todos. Ou melhor: para ser Jesus para todos: ‘Fiz-me tudo para todos, para salvar algum a todo o custo”. A ele, tão estreitamente unido à pessoa de Cristo, reconhecemos uma profunda capacidade de conjugar vida espiritual e acção missionária”.
O Papa recordou às pessoas consagradas a recente Instrução sobre “O serviço da autoridade e a obediência”, em que se convida os religiosos e religiosos a procurarem “em cada manhã o contacto vivo e constante com a Palavra que naquele dia é proclamada, meditando-a e conservando-a no coração como um tesouro, fazendo dela a raiz de cada acção e o primeiro critério para qualquer opção”.
“Faço votos de que o Ano Paulino alimenta ainda mais em vós o propósito de acolher o testemunho de São Paulo, meditando em cada dia a Palavra de Deus, com a prática fiel da lectio divina, rezando ‘com salmos, hinos e cânticos inspirados, com gratidão’.
Que ele vos ajude também a realizar o vosso serviço apostólico na
e com a Igreja, num espírito de comunhão sem reservas, fazendo dom aos outros dos próprios carismas e testemunhando em primeiro lugar o carisma maior que é a caridade”