sábado, 27 de maio de 2017

1º Centenário de Fátima: promessas, recusas castigos e grandes perdões


Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs













FONTE
Em Fátima Nossa Senhora prometeu um prêmio e um castigo:

…”é o grande sinal que Deus vos dá de que vai punir o mundo de seus crimes por meio da guerra,

da fome e de perseguições à Igreja e ao Santo Padre. (…) Se atenderem a meus pedidos,

a Rússia se converterá e terão paz; se não, espalhará seus erros pelo mundo,

promovendo guerras e perseguições à Igreja; os bons serão martirizados,

o Santo Padre terá muito que sofrer, várias nações serão aniquiladas;

por fim o meu Imaculado Coração triunfará”.

No dia 13 de maio deste ano, completar-se-ão 100 anos da primeira aparição de Nossa Senhora aos 3 pastorinhos, em Fátima.

A primeira pergunta que salta aos olhos é saber em que medida as profecias se realizaram.

Depois da última grande guerra, não houve um acordo de paz, mas apenas um armistício.

As guerras continuaram e se espalharam como uma erisipela pelo mundo.

A degradação da moral e dos costumes e, em consequência, a desagregação da família e das sadias instituições atingiu o seu auge.

O espectro da guerra mundial percorre o mundo de Ocidente a Oriente e não há quem não tema a eclosão de uma outra grande guerra, a qualquer momento.

São Paulo – Sob os auspícios do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira e das associações Devotos de Fatima e Apostolado do Sagrado Coração de Jesus, realizou-se no dia 11 de maio no Club Homs, nesta capital, uma conferência sobre o Centenário de Nossa Senhora de Fatima.

Dr. Eduardo de Barros Brotero abriu o evento
Com o auditório lotado, o evento iniciou-se com um pequeno cortejo conduzindo uma imagem d’Ela sob essa invocação, a qual foi coroada em seguida pelo Pe. Tarcísio Alexandre Marques em meio a cânticos e aclamações marianas.

Os palestrantes foram o Dr. Antônio Augusto Borelli Machado e o Pe. Renato da Silva Leite Filho, pároco da Igreja Santa Isabel de Portugal em Santo Amaro, bairro da capital paulista.

O primeiro conferencista, consagrado fatimólogo, é autor do best-seller Fátima, conforme os manuscritos da Irmã Lúcia, que alcançou 260 edições em diversos países, totalizando aproximadamente 5.000.000 de exemplares.

Ele tratou do tema “Por que o terceiro Segredo de Fátima não foi divulgado em 1960?”.

Dr. Antônio A. Borelli Machado
O público acompanhou atentamente toda a sua exposição. Citou, por exemplo, a resposta que o Cardeal Ratzinger deu à questão acima, em 26 de junho de 2000:

“Em 1960 estávamos no limiar do Concílio, essa grande esperança de poder alcançar uma nova relação positiva entre o mundo e a Igreja, e também de abrir um pouco as portas fechadas do comunismo”.

O palestrante explicou que durante o Concílio Vaticano II os bispos conciliares pretendiam fazer um ralliement [acordo] com o mundo moderno e uma abertura da Igreja em relação à doutrina comunista.

Justamente o comunismo que Nossa Senhora havia denunciado na segunda parte do segredo de Fátima: “A Rússia espalhará seus erros pelo mundo”.

O orador insistiu que não se deve fazer qualquer ralliement com o mundo moderno, pois este se encontra em estado de revolta contra Deus e as leis da Igreja.

Padre Renato Leite
Por sua vez, o Padre Renato Leite discorreu sobre o pedido de reparação feito pela Santíssima Virgem em 1917.

Ele começou sua exposição citando o Apóstolo São Paulo, que se dirigindo aos cristãos de Colossos (cidade da Ásia Menor) lembrava algo fundamental, presente na raiz das profecias de Nossa Senhora de Fátima e uma realidade para todo verdadeiro católico.

O sacerdote glosou o seguinte trecho da carta aos Colossenses:

“Agora me alegro nos sofrimentos suportados por vós. O que falta às tribulações de Cristo, completo na minha carne, por seu corpo que é a Igreja”. (1, 24). 

Observou ainda que Nossa Senhora de Fátima nos recorda que precisamos reparar junto com Nosso Senhor Jesus Cristo.

Tanto na aparição do Anjo aos três pastorinhos em 1916, quanto nas da Santíssima Virgem em 1917, pede-se sacrifícios em reparação pelos pecados cometidos contra Deus.

O auditório ficou lotado

O Pe. Renato Leite constatou que boa parte dos cristãos não considera essa obrigação na vida cristã a que se refere São Paulo.

Eles estão persuadidos, ao menos na prática, de que há pelo menos duas doutrinas cristãs, ou duas maneiras de interpretar a lei de Cristo: uma que aceita a abnegação e outra que se esforça por evitá-la sistematicamente.

O cristianismo austero e crucificador, seria para poucas almas, para certas pessoas de caráter mais sombrio, ou seduzidas por um atrativo especial mais extravagante.

Sr. Luis Dufaur
Nosso Senhor Jesus Cristo quis salvar o mundo com seu sofrimento, e nós estamos associados obrigatoriamente à sua missão, pela solidariedade com Ele na unidade do Corpo Místico, que é a Igreja.

Estamos, por isso, associados à sua Paixão. E a Mãe de Deus apareceu em Fátima para nos recordar que devemos oferecer sacrifícios.

Coube ao Sr. Luis Dufaur — colaborador de Catolicismo e do site do Instituto Plinio Corrêa de Oliveira, proferir as palavras de encerramento.

Ele agradeceu aos conferencistas as excelentes e oportunas considerações e citou vários exemplos de erros que a Rússia difundiu pelo mundo, conforme fora previsto por Nossa Senhora em Fátima.

O ato terminou com sorteio de livros, terços, estampas e pequenas imagens de Nossa Senhora de Fátima, seguido de um coquetel em salão junto ao auditório.


Vídeo: 1º Centenário de Fátima: promessas, recusas castigos e grandes perdões