sexta-feira, 23 de outubro de 2020

VENERÁVEL FAUSTINO PÉREZ-MANGLANO MAGRO

 

Venerável Servo de Deus Faustino Pérez-Manglano Magro, Jovem Leigo da Família Marianista.


Faustino Pérez-Manglano Magro nasceu em Valência, em 04 de agosto de 1946, sendo o maior de quatro irmãos. Recebeu de seus pais, Faustino e Encarnación, uma sólida educação cristã.
Em 1952, ingressa no colégio marianista “Nuestra Señora del Pilar” (naquela época na praça do conde de Carlet). Em 1954 recebe a Primeira Comunhão e em 1955 a Confirmação. Em 1957 ingressa no segundo curso de bacharelado (espécie de “escola normal”) já no novo edifício colegial do Paseo de Valencia al Mar (hoje Avenida Blasco Ibañez). Sua vida se desenrolava como a de um menino comum: o encanta o desporte – a paixão pelo futebol – natação, montanhismo... Agrada-lhe o cinema, a televisão, ler romances (novelas) e fazer amigos.


Seu primeiro retiro

Fez aos treze anos fez seu primeiro retiro espiritual, uma experiência comum para os alunos do Pilar. Tem aí momentos de silêncio, de oração e conferências. Durante este retiro, Faustino comunica a seu capelão, Pe. José Maria Salaverri, sm, a promessa que fez: “prometi à Virgem Maria rezar o Rosário todos os dias, sobretudo quando foi sozinho ao colégio”. Escreveu mais tarde: “o maior esforço de minha vida, o fiz no retiro, quando tratei de mudar minha vida por completo”.


Seu Diário

Em 14 de setembro de 1960, escreveu a primeira página de seu Diário. Ter um diário foi uma ideia que lhe ocorreu depois de ler uma novela. De agora em diante, escreverá periodicamente, inclusive, mencionando os fatos que marcaram o dia. Este Diário é um indicador valioso de sua vida espiritual e dos acontecimentos de sua vida. O valor é sua espontaneidade, já que é o diário de um adolescente. Em 17 de outubro de 1960, escreve: “Rezei o rosário. Comunguei durante o recreio. Tive um exame de ciências naturais e respondi bem às questões. Falei durante 10 minutos com Cristo sobre as missões e sobre o empate entre o Zaragoza e Valência”. É neste Diário onde se menciona pela primeira vez a dor que anuncia sua enfermidade (14 de novembro de 1960).


“Talvez me fale Deus”

Em outubro de 1960, se uniu a uma fraternidade de jovens do colégio. Este grupo se reúne uma vez na semana. Em 22 de outubro ocorre algo muito importante para ele. Em um retiro, depois de reunir-se com seu capelão, escreveu nesse dia: “falamos a respeito de muitas coisas, porém, teve uma coisa que me chamou a atenção: ‘que vocação é a minha? Médico? Químico? Talvez a opção de ser sacerdote? Essa última possibilidade é o que mais me tem impressionado. Deus me escolheu? Ele mo dirá. Nas horas que tenho hoje de retiro, vou guardar completo silêncio. Talvez me fale Deus’”... Foi também durante este retiro que escreveu em forma de resolução: “vou tratar de viver a ‘ascese do sim’: dizer sim a tudo que é bom”. Mais tarde, quando lhe perguntaram quando sentiu a chamada do Senhor, dirá que : “naquela mesma noite, no jantar, em silêncio, vi com toda a claridade: o Senhor me quer religioso marianista”. A partir dessa data, sua amizade com o Senhor cresce dia após dia. Esta relação tão estreita e frequente com Cristo converte-se em amizade simples e profunda. Para ele, Jesus é um familiar, um amigo com quem se pode falar sobre tudo, inclusive sobre futebol.

A alegria da presença e do chamamento de Cristo

Eis aqui alguns textos extraídos de seu diário que mostram que, para Faustino, Cristo é alguém próximo: “que bem se está na companhia de Cristo” (21/10/1960)! “Ajuda-me, Jesus, para ser apóstolo. Já não guardo nada para mim. Que meu amor a Ti me faça dar-me aos outros” (22/06/61). “Trouxeram-me a comunhão. É maravilhoso receber o Corpo de Cristo!” (28/01/61). “Cristo está aqui, junto a mim, em mim...” (24/01/62). “Que bom que está aqui, perto de Cristo!” (25/01/62). “Sou muito feliz. Hoje é a primeira sexta feira de maio, um dia importante para mim. Senti o chamado de Deus como poucas vezes antes. Unido a Maria e a Jesus, eu estava transbordante de alegria. Como darei graças a Deus, por ser tão belo e maravilhoso viver perto de Cristo?” (04/05/62). “Me dei conta de que devo chegar a ser santo. Não se pode ser um cristão medíocre. Que os que me veem possam ver a Cristo em mim” (20/01/63). E a alegria de viver com Cristo não o impede, muito ao contrário, sua paixão pelo futebol, pela montanha, pela leitura e pelos amigos.


A enfermidade

Em 20 de novembro de 1960, cai enfermo. Depois dos exames médicos, finalmente lhe diagnosticaram a enfermidade (Linfoma) de Hodgkin, uma doença incurável naquela época. Se lhe aplicam um tratamento agressivo e que esgota suas forças. Durante largos períodos, tem que permanecer em casa, porém, ele segue trabalhando duro com o intuito de não perder o curso. Nunca se queixou, porém, em seu diário, descobrem-se os momentos mais difíceis: “durante a tarde me doía o tempo inteiro” (06/02/61). “Às 8 horas, pedi à mamãe que me fizesse massagens para dormir sem dor em demasiado. Às 10 horas, acordei e nós fomos à Cruz Vermelha. Fizeram-me duas radiografias. Quando voltamos à casa ao meio dia, sentia ímpetos de chorar. Estava muito mal, com a moral baixa” (27/11/61).
Desde fevereiro, já não podia ir à classe. Porém, dedica muito tempo a seu trabalho escolar: ele não quer perder o ano letivo. Tem que limitar todos os desportos, porém, não se queixa: está satisfeito com o que pode fazer e escreve que ele é feliz e que tudo é “maravilhoso”: é a palavra favorita de Faustino. Diverte-se com as sessões de cine-fórum que tem lugar no colégio. Vê o filme “Os Quatrocentos Golpes”, de François Truffaut. Apesar de já não poder fazer desportes, está com seus companheiros, quando esses competem.

Em 1961, peregrina a Lourdes e passa temporadas alternando a vida no campo (recomendação dos médicos) e o curso escolar. Há meses nos quais se sente melhor, apesar de as sessões de radioterapia lhe causarem cansaço e mal estar físico.

O sentido do outro

Em janeiro de 1962, Faustino conta em seu diário uma história que mostra a preocupação que tem pelo outro: “este pequeno tem catorze anos. Vive em um quartinho, apenas tem o que comer, trabalha oito horas ao dia”. Quer ajudar a um amigo que passa necessidade. Este sentido “do outro” é um sinal importante de seu caráter e sensibilidade social. Seu caminho espiritual não é centrado em si mesmo, senão, nos outros: “ser útil aos demais é uma das minhas resoluções e quero pô-la em prática. Estarei muito atento com todos os que conheço e lhes vou ajudar” (26/06/61). “Temos que começar a trabalhar por eliminar de nós mesmos tudo o que Cristo não aprovaria. Isso significa trabalhar no meu entorno, em casa, no colégio, com meus companheiros de classe, na cidade, no mundo inteiro” (25/01/62). Para isso, não poupa nenhum esforço por viver cem por cento a vida cristã: “Hoje, a Igreja necessita de testemunhas. Devemos ser testemunhas de Cristo no século XX. Devemos mostrar que se pode viver uma santidade tão grande quanto durante os primeiros séculos da Igreja” (26/01/62).
Neste processo, Maria ocupa um lugar fundamental: “Maria, eu quero ser teu apóstolo. Temos que ganhar o mundo para ti, como fez o Padre Chaminade. Ter-te como  nossa guia e a Jesus como nosso modelo. Ajuda-me, Mãe, para amar-te mais e melhor” (16/05/62).


Seu último ano

Aos 15 anos, escreveu em seu diário, com data de 22 de junho de 1962: “Hoje faz vinte meses que Deus me disse que o seguisse. É maravilhoso pensar que estarei toda minha vida ao serviço de Jesus e de Maria. Ser um pescador de almas. Estava refletindo e gostaria muito de ir como religioso marianista à América do Sul, onde fazem falta tantos braços para salvar almas”.
Faustino é consequente: não esquece a decisão tomada vinte meses atrás. No verão de 1962, participa de um “camping” colegial pela França e Suíça. Em 23 de janeiro de 1963 escreve: “Tenho que ser verdadeiro cristão. Para lograr isso, tenho que limar lentamente minhas imperfeições, porque ser um bom cristão não é fácil. É ainda mais difícil que alguém possa imaginar. Maria, ajuda-me a ser outro Cristo”.


O final. Ou, melhor, o princípio...
Em 23 de janeiro de 1963 não se levanta da cama. Já não se recuperará. Não reage ao tratamento. Os médicos estão desanimados e sabem que não há esperança de recuperação. Em 11 de fevereiro de 1963 escreve: “anteontem, sábado, foi um dia muito feliz para mim, porque recebi o Sacramento dos Enfermos e renovei minhas promessas por um mês como membro da Fraternidade. Hoje é a festa de Nossa Senhora de Lourdes. Que nossa maravilhosa Mãe do Céu nos ajude a todos a sermos melhores. Ajuda-me, Mãe, a oferecer estas pequenas moléstias para o bem do mundo”.  
Três dias antes de sua morte, seu capelão o visita; parece sofrer  muito. “Como estás, Faustino”? “Bem, padre”. “Tens dores”? “Depende do ponto de vista”. “Como é isso”? “Bom, vamos ver, padre: neste momento, há muitos que estão sofrendo mais que eu”! Faustino mostra um grande domínio de si. Não se lhe ouve nem uma palavra de queixa. No dia 03 de março de 1963, pela tarde, seu capelão, o padre José Maria Salaverri, vem ver a Faustino que parece sofrer muito. Porém, no meio da conversação, perguntou: “Padre, sabe você se a partida desta noite vai ser televisionada? Porém, que tonto eu sou! Nem vou poder assistir... Estou muito cansado”!  Nessa mesma noite, já tarde, chama a sua mãe. Ao endireitar o corpo dolorido, cai de repente, sem nenhum gesto, em silêncio, com suavidade, e já permanece inconsciente nos braços de sua mãe. Assim, passou aos braços de Deus nosso Pai. Eram 23h e 20min.
Sua biografia: “Talvez me fale Deus”, do Pe. José Maria Salaverri foi traduzida para o italiano, francês, inglês, húngaro, polonês, alemão, português e japonês. Vários movimentos juvenis tem surgido em diversos países do mundo debaixo da inspiração de Faustino.
No dia 14 de janeiro de 2011, o Papa Bento XVI aprovou as virtudes heroicas de Faustino Pérez-Manglano, podendo, portanto, ser chamado de “Venerável”.

Alguns pensamentos de Faustino:
"Estou disposto a receber de Deus todos os pequenos sofrimentos que Ele queira mandar-me. São tão insignificantes e os recebo com tanto gosto que são felicidades".

"Jesus, faça com que eu ame a Maria, não somente porque é pura, bela, boa e compassiva, nem porque é minha Mãe, mas, principalmente, porque é Tua Mãe e Tu a amas infinitamente. Ó Jesus, faça-me participar do Teu amor a Maria. Faça com que eu a ame como Tu".

"Sou muito feliz. Não sei o que se passa comigo. Sinto algo diferente dentro de mim. Um amor tão grande em direção a Ele, que me conduz sempre pela mão e que jamais permite que eu caia, nem uma única vez, em pecado mortal. Não sei o que são os problemas. Obrigado, Senhor Jesus, por dar-me este bem-estar interior tão maravilhoso. Estou muito agradecido a Vós".

"É maravilhoso pensar que estarei durante toda a vida a serviço de Jesus e de Maria. Serei um pescador de almas. Tenho pensado muito e gostaria de ir, como religioso mariano, à América do Sul, onde faltam pessoas para ajudar na salvação das almas.


Oração para pedir graças por intercessão de Faustino:

Senhor, Tu nos deu em Faustino um exemplo admirável de fidelidade às exigências do Teu divino amor. Imploramos a Vós para que, se for da Tua vontade, Faustino seja glorificado diante da Tua Igreja e que se manifeste concedendo-nos a graça que desejamos alcançar. (pede-se a graça)
Isso nós Vos pedimos por intercessão de Maria, Vossa Mãe, a quem Faustino tanto amou na terra. Amém.
Pai-nosso, Ave-Maria, Glória.





ALGUNS TESTEMUNHOS

De Saint-Germain (França) nos chega uma carta muito emotiva, de uma pessoa de fé, de um autêntico cristão, do Almirante François de P.
“A Providência me permitiu ler este livrinho maravilhoso Talvez Deus me fale, que descreve o itinerário espiritual desse menino, Faustino, que na terra foi quase meu contemporâneo... Essa leitura me tocou fundo; as reflexões de Faustino são, sem embargo, muito simples, breves; mas quando uma alma em contato com Deus nos fala, inevitavelmente a nossa se deixa vibrar, como se tentasse se colocar em uníssono, sintonizar na mesma frequência. Por que não?
O testemunho de Faustino me emocionou muito porque vivi recentemente, em 1994 e 1995, a fatalidade de uma enfermidade que levou a minha esposa; passei pelo mesmo tipo de prova da família de Pérez-Manglano. Deus convidou a minha esposa a aceitar seus 

VENERÁVEL FAUSTINO PÉREZ-MANGLANO MAGRO

Faustino

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DADOS BIOGRÁFICOS

Faustino nasceu em Valência, na Espanha, a 4 de agosto de 1946. Foi aluno do Colégio Nossa Senhora do Pilar desde os seis anos até a sua morte em 3 de março de 1963. Quando cursava o último ano do colégio foi acometido pela doença de Hodgkin (tipo de linfoma infantil – câncer que se desenvolve no sistema linfático).

Ele era um menino alegre, simpático e apaixonado pelo esporte, pelo campo e por tudo que era bom e saudável. Das pessoas que o conheciam, poucas podiam suspeitar que atrás do corpo miúdo daquele menino – simples e amigo de todos – se escondia uma alma grandiosa marcada pela fidelidade a toda prova, pela força de vontade e pelo intenso amor a Cristo e pelo carinho filial à Virgem Maria.

Faustino foi membro da Congregação-Estado de Maria Imaculada (C.E.M.I.) desde 1962. Em 9 de fevereiro de 1963 – após receber a unção dos enfermos – consagrou-se definitivamente à Maria.

A partir de 1960 quando sentiu um forte chamado do Senhor, o seu ideal – como religioso mariano – foi consagrar a sua vida à salvação dos homens prometendo, antes de morrer, ocupar-se no céu com as vocações aqui na terra.

No diário deixado por Faustino, podemos rastrear um pouco a obra do Espírito Santo em sua alma totalmente entregue ao Senhor.

A biografia desse querido Servo do Senhor já está traduzida no italiano, francês, inglês, húngaro, polonês, alemão, português e japonês. O processo de beatificação, que se iniciou em 1986 em Valência, segue atualmente seu curso em Roma.

Papa Bento XVI aprovou as virtudes heroicas do Servo de Deus Faustino Pérez-Manglano Magro a 14 de Janeiro de 2011. Ostenta agora o título canônico de Venerável.

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PENSAMENTOS DE FAUSTINO

"Vou propor a prática do sim: dizer sim a tudo o que é bom".

"Estou disposto a receber de Deus todos os pequenos sofrimentos que Ele queira mandar-me. São tão insignificantes e os recebo com tanto gosto que são felicidades".

"Jesus, faça com que eu ame a Maria, não somente porque é pura, bela, boa e compassiva, nem porque é minha Mãe, mas, principalmente, porque é Tua Mãe e Tu a amas infinitamente. Ó Jesus, faça-me participar do Teu amor a Maria. Faça com que eu a ame como Tu".

"Sou muito feliz. Não sei o que se passa comigo. Sinto algo diferente dentro de mim. Um amor tão grande em direção a Ele, que me conduz sempre pela mão e que jamais permite que eu caia, nem uma única vez, em pecado mortal. Não sei o que são os problemas. Obrigado, Senhor Jesus, por dar-me este bem-estar interior tão maravilhoso. Estou muito agradecido a Vós".

"É maravilhoso pensar que estarei durante toda a vida a serviço de Jesus e de Maria. Serei um pescador de almas. Tenho pensado muito e gostaria de ir, como religioso mariano, à América do Sul, onde faltam pessoas para ajudar na salvação das almas.

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ORAÇAO PARA PEDIR GRAÇÃS POR INTERCESSÃO DE FAUSTINO

Senhor, Tu nos deu em Faustino um exemplo admirável de fidelidade às exigências do Teu divino amor. Imploramos a Vós para que, se for da Tua vontade, Faustino seja glorificado diante da Tua Igreja e que se manifeste concedendo-nos a graça que desejamos alcançar. (pede-se a graça)

Vos pedimos por intercessão de Maria, Tua Mãe, a quem Faustino tanto amou na terra. Amém.

Pai-nosso, Ave-Maria, Glória.

quinta-feira, 22 de outubro de 2020

IL SEGRETO DI SAN GIOVANNI PAOLO II

 


Il segreto di Giovanni Paolo II.



Parla il cardinale Stanislaw Dziwisz.  Gli è stato vicino per 39 anni e oggi racconta la santità del grande papa polacco nella vita di tutti i giorni   

(Stefania Careddu)  Parla con molta pacatezza e mentre si racconta è come se rivivesse ogni  istante di una vita trascorsa accanto ad un Santo. Per quasi  quarant’anni il cardinale Stanislaw Dziwisz, attuale arcivescovo di  Cracovia, è stato segretario particolare di Karol Wojtyla, prima in  Polonia e poi a Roma. Alla vigilia della canonizzazione di Giovanni  Paolo II e nei giorni in cui si ricorda il nono anniversario della  morte, lo storico segretario – testimone fedele ed attento - riavvolge  il nastro della memoria per svelare il segreto della santità di un uomo  venuto da lontano che, con il suo carisma e la sua fede, è riuscito a  cambiare il corso della storia.
Eminenza, quale è il primo ricordo che ha di Giovanni Paolo II?
Il primo incontro avvenne quando ero seminarista, studente del primo  anno. Lui era professore, ancora  non vescovo, e insegnava introduzione  alla filosofia e alla teologia. Abbiamo visto un uomo di Dio: questa  immagine di uomo unito al Signore rimane nella mia memoria per sempre.
In concreto, quando finiva le lezioni o all’intervallo, stava sempre  davanti al Signore nella Cappella e noi ragazzi lo spiavamo, volevamo  vedere come pregava. L’impressione era che per lui non esistesse niente  se non il Signore con cui parlava, era profondamente concentrato in  preghiera. Quando poi tornava in aula, appariva cambiato, molto tranquillo: sembrava tornato da un incontro per lui molto impegnativo.
Se oggi vogliamo parlare di lui oggi, alla vigilia della canonizzazione,  dobbiamo ricordare la sua preghiera, la sua santità, la sua  contemplazione del Signore. Lui non divideva il tempo del lavoro da  quello della preghiera, tutto quello che faceva passava per la  preghiera.
Non doveva cambiare niente della sua vita: da giovane, da vescovo e poi da Papa, tutto maturava dentro di lui, ma questo amore per il Signore si  vedeva dall’inizio, dagli anni della sua gioventù.
Sono certamente tanti gli aneddoti che potrebbe raccontare: ce n’è uno  a cui è più legato?
Da un parte la sua santità era basata sulla contemplazione e la  preghiera, dall’altra parte c’era il rispetto della persona. Non ho mai  visto sgridare qualcuno, non è poco. Sono stato con lui 39 anni e non  l’ho mai visto alzare la voce. Per lui era importante l’argomento, non  la forza della voce.
C’è qualche altra curiosità?
In tema di cucina, non aveva preferenze. Penso che non sapesse nemmeno bene cosa mangiava. Due cose certamente apprezzava molto: il caffè e il  dolce. Gli piaceva scherzare, ma mai di una persona, era attento a non dispiacere nessuno. E poi amava cantare, cantava al Signore da solo.
Il giorno del funerale in piazza san Pietro in molti gridavano: “Santo subito” e il 27 aprile Giovanni Paolo II salirà all’onore degli altari. Durante il pontificato, lei aveva già avvertito questa fama di santità?
Uno dei segreti di Giovanni Paolo II era la capacità di ascoltare. Chi  andava da lui veniva sempre ascoltato. Questo non significava che il  Papa condividesse sempre l’opinione che gli veniva proposta, ma lui  ascoltava, lasciava che l’uomo si aprisse. Lungo questi anni ho visto  tante persone che lo incontravano e che alla fine mostravano grande  tranquillità interiore, soddisfazione. E gioia. C’era anche chi ne  traeva un beneficio fisico, come un monsignore che soffriva di mal di  testa e spesso si sentiva male ma quando incontrava il Papa tutto  passava.
Quella di Papa Wojtyla era dunque una santità che aveva a che fare con  la quotidianità…  Era un uomo che trattava tutto con il Signore. Questo contatto gli dava  tranquillità e sicurezza. Un cardinale mi raccontò di aver confidato al  Papa di avere grossi problemi, per i quali non vedeva soluzione. Wojtyla  gli rispose: anche io non ho soluzione perché non abbiamo pregato  sufficientemente.
È noto che il Papa ha compiuto in vita diversi miracoli. Lei ne è stato  testimone silenzioso…  

Quando qualcuno parlava al Papa di un miracolo, lui subito rispondeva: l’uomo non fa miracoli, noi possiamo solo chiedere al Signore pregando,  ma è lui che fa i miracoli. Sappiamo che la sua preghiera era molto  efficace. Durante la vita ha compiuto tanti miracoli, la sua  intercessione risultava utile, soprattutto in caso di matrimonio senza  figli. Era per la vita, per la famiglia, ed era molto attaccato a queste  tematiche. I problemi dei giovani e delle coppie gli stavano molto a  cuore.
Secondo lei, cosa è rimasto nel cuore dei polacchi e dei fedeli del  mondo intero?
Si può constatare che la sua memoria è ancora molto forte. La gente non  lo ha dimenticato, anzi vuole conoscerlo ancora di più come persona, non  solo a livello di dottrina. Anche se ha lasciato una grande eredità, è  la sua persona ad essere attraente.
Quale è il segreto della santità di Papa Wojtyla?
La sua unione con Dio e il grande amore per l’uomo. La gente cerca  sempre tutto ciò che è vero, autentico, sincero e bello. In lui trovano  questo.

A santidade de João Paulo II a partir da sua relação íntima com Deus e Nossa Senhora

 

Postulador Slawomir Oder descreve a santidade de João Paulo II a partir da sua relação íntima com Deus e Nossa Senhora

O monsenhor aborda ainda a ligação do papa com o Padre Pio, a espiritualidade que o fazia orar noites inteiras e a vontade do pontífice de ir a Medjugorje

Mas de onde nascia o segredo da sua força, fé e santidade? De uma relação íntima com Deus, que se realizava na oração incessante, fazendo, muitas vezes, com que o beato deixasse intacta a cama e preferisse passar a noite no chão, imerso em oração. É o que nos confirma o postulador da causa de canonização, mons. Slawomir Oder, nesta entrevista concedida a Zenit.

***

De João Paulo II já foi dito de tudo e escrito de tudo. Mas já sabemos mesmo tudo sobre este “gigante da fé”?

Monsenhor Oder: O próprio João Paulo II nos sugeriu qual era a chave para o conhecermos: “Muitos tentam me conhecer olhando de fora, mas eu só posso ser conhecido de dentro, do coração”. Os processos de beatificação e de canonização me permitiram chegar mais perto do coração dele. Cada experiência e testemunho foi uma pedrinha do mosaico da extraordinária figura desse pontífice. Mas chegar ao coração de uma pessoa como João Paulo II continua sendo um mistério. Podemos dizer que no coração desse papa houve um amor tão grande por Deus e pelo próximo, um amor sempre dinâmico, que ele nunca será um fato definitivo na vida.

O que o senhor encontrou de novo ou de pouco conhecido sobre Wojtyla?

Monsenhor Oder: Há vários aspectos históricos da vida dele que surgiram no processo e que são pouco conhecidos. Um deles é a relação com o Padre Pio, que ele encontrou muitas vezes. Eles mantiveram uma longa relação epistolar. Além de algumas cartas já conhecidas, como aquela em que ele pediu orações pela prof. Poltawska, sua amiga e colaboradora, descobrimos uma correspondência intensa, em que o beato pedia que o santo de Pietrelcina intercedesse pela cura de fiéis. Ou pedia orações para si mesmo, na época em que ele ocupava o cargo de vigário capitular da diocese de Cracóvia, em aguardo da nomeação do novo arcebispo, que viria a ser ele mesmo.

E o que mais?

Monsenhor Oder: Descobrimos muito sobre a espiritualidade de João Paulo II. Foi uma confirmação do que já era perceptível sobre a relação dele com Deus. Um relacionamento íntimo com Cristo vivo, especialmente na Eucaristia, de onde vinha tudo aquilo que vimos nele como fruto de extraordinária caridade, zelo apostólico, paixão pela Igreja, amor pelo corpo místico. Este é o segredo da santidade de João Paulo II.

Então, mais do que as grandes viagens e os grandes discursos, o aspecto espiritual é que é o coração do pontificado de João Paulo II?

Monsenhor Oder: Com certeza. E há um episódio muito emocionante que identifica isso muito bem. O papa doente, no final de uma das últimas viagens apostólicas, foi quase arrastado para o quarto pelos seus colaboradores. Os mesmos colaboradores, na manhã seguinte, encontraram a cama intacta, porque João Paulo II tinha passado toda a noite em oração, de joelhos no chão. Para ele, recolher-se em oração era essencial. Tanto que, nos últimos meses de vida, ele pediu no quarto um espaço para o Santíssimo Sacramento. Sua relação com nosso Senhor era verdadeiramente extraordinária.

O papa também era muito devoto de Maria…

Monsenhor Oder: Sim, e o processo de canonização também nos ajudou a ver isso mais de perto. Nós estudamos a relação profundíssima de João Paulo II com Nossa Senhora. Uma relação que as pessoas de fora às vezes não conseguiam entender e achavam surpreendente. Às vezes, durante a oração mariana, o papa parecia em êxtase, alienado do contexto circundante, como num encontro. Ele vivia uma relação pessoalíssima com Nossa Senhora.

Então também existe uma faceta mística de João Paulo II?

Monsenhor Oder: Sem dúvida! Eu não posso confirmar visões, elevações ou alocuções, que tantas vezes são identificadas com a vida mística, mas com João Paulo II havia um profundo e autêntico misticismo, que se manifestava no ato de estar na presença de Deus. Um verdadeiro místico é aquele que tem a consciência de estar na presença de Deus e que vive tudo a partir do encontro profundo com o Senhor.

Faz anos que o senhor vive em torno da figura desse homem que já era considerado santo em vida. Como é vê-lo agora elevado às honras do altar?

Monsenhor Oder: O processo de canonização foi uma aventura extraordinária. Com certeza ele marca a minha vida sacerdotal. Eu tenho uma grande gratidão a Deus por ter me colocado diante desse mestre da vida e da fé. Para mim, esses nove anos do processo têm sido uma aventura humana e um extraordinário percurso de exercícios espirituais pregados “indiretamente” pela vida dele, pelos escritos, por tudo o que surgiu deste estudo.

O senhor tem lembranças pessoais dele?

Monsenhor Oder: Eu nunca fui um dos colaboradores mais próximos de João Paulo II, mas guardo no coração várias ocasiões em que respirei a santidade do papa. Uma delas é do início do meu sacerdócio, da Quinta-Feira Santa de 1993, o ano em que o papa lavou os pés dos sacerdotes envolvidos na formação dos seminaristas. Eu era um daqueles sacerdotes. Além do valor simbólico ritual, para mim foi o primeiro contato com uma pessoa que, naquele gesto genuinamente humilde, me comunicou o seu amor por Cristo e pelo sacerdócio. Outra oportunidade veio nos últimos meses de vida do papa: ele estava doente e eu participei do jantar com ele, junto com os secretários, colaboradores e outros poucos sacerdotes. Eu me lembro daquela simplicidade e do grande calor humano, da humanidade que era evidente na simplicidade dos gestos dele.

Bento XVI declarou recentemente, em uma entrevista, que sempre soube que estava vivendo ao lado de um santo. E é famosa a ordem dele: “Façam rápido e façam bem feito”, quando autorizou o início do processo de beatificação…

Monsenhor Oder: Eu fiquei muito contente ao ler o testemunho do papa emérito. Foi a confirmação do que ele sempre fez transparecer no decorrer do pontificado dele: sempre que era possível, ele falava do seu predecessor tão querido, em particular e em público, durante as homilias e discursos. Ele sempre deu grande testemunho de afeto por João Paulo II. E, da minha parte, eu posso expressar um forte agradecimento a Bento XVI pela atitude que ele mostrou ao longo desses anos. Eu sempre me senti muito próximo e posso dizer que ele foi determinante na abertura do processo de beatificação logo depois da morte. Olhando para os últimos acontecimentos históricos, eu tenho que dizer que a Providência Divina regeu magnificamente todo o processo.

O senhor vê uma continuidade também com o papa Francisco?

Monsenhor Oder: O Magistério continua, o carisma de Pedro continua. Cada um dos papas dá consistência e forma histórica determinada pela experiência pessoal e pela própria personalidade. Não há como não ver uma continuidade. Nos detalhes, são vários aspectos em que Francisco lembra João Paulo II: o profundo desejo de estar perto das pessoas, a coragem de ir contra certos esquemas, a paixão pelo Cristo presente no seu Corpo Místico, o diálogo com o mundo e com as outras religiões.

Um dos desejos não realizados de Wojtyla era visitar a China e a Rússia. Parece que Francisco está abrindo uma estrada neste sentido…

Monsenhor Oder: É extraordinário ver que os esforços de João Paulo II por uma abertura ao Oriente tenham crescido com os seus sucessores. A estrada aberta por João Paulo II encontrou terreno fértil no pensamento de Bento XVI, e, agora, graças aos acontecimentos históricos que acompanham o pontificado de Francisco, isso vai se realizando na prática. É sempre a dialética da continuidade, de que falamos anteriormente, que é a lógica da Igreja: ninguém começa do zero; a pedra é Cristo, que atuou em Pedro e nos seus sucessores. E hoje estamos vivendo a preparação do que vai acontecer amanhã na Igreja.

Também dizem que João Paulo II tinha o desejo de visitar Medjugorje. O senhor confirma?

Monsenhor Oder: Falando reservadamente com alguns amigos, o papa disse mais de uma vez: “Se fosse possível, eu gostaria de ir”. Mas essas palavras não devem ser interpretadas como um reconhecimento ou como uma oficialidade dos acontecimentos no vilarejo bósnio. O papa sempre foi muito cuidadoso, consciente da importância do seu posto. Não há dúvida, porém, de que acontecem coisas em Medjugorje que transformam o coração das pessoas, especialmente no confessionário. Então o desejo expresso pelo papa deve ser interpretado do ponto de vista da sua paixão sacerdotal, de querer estar em um lugar onde uma alma procura Cristo e o encontra, graças a um sacerdote, através do sacramento da Reconciliação e da Eucaristia.

E por que ele não foi?

Monsenhor Oder: Porque nem tudo é possível na vida…

SÃO JOÃO PAULO II: 21 FATOS INTERESSANTES SOBRE ESTE SANTO PAPA.



1. Nos tempos de teatro, ele literalmente salvava o show com sua memória fenomenal.

Nós todos sabemos que João Paulo II tinha paixão pelo teatro e pela literatura, desde a adolescência. Mas o que não sabíamos, era que ele salvou o show uma vez com sua memória incrível.

Um dos membros do elenco abandonou a produção dois dias antes da noite de estreia. E eles não tinham substituto.

Mas, sem estresse. A mente de esponja do jovem Karol havia absorvido cada linha da fala de todos os personagens nos ensaios, e ele se ofereceu para assumir um papel extra. O show deve continuar!

2. Em suas viagens de acampamento com o grupo de jovens, ele lia, ao redor da fogueira, o livro “Cartas de Um Diabo a Seu Aprendiz”

Muitos de nós sabemos que o Papa Wojtyla amava passar o tempo ao ar livre com os jovens, enquanto ele era pároco na Polônia e mais tarde como cardeal. Esses passeios tinham de ser feitos às escondidas, uma vez que eram proibidos pelos comunistas. Eles praticavam caiaque, canoagem, caminhada, e às vezes celebrava-se a missa em uma canoa virada.

E, ao redor da fogueira à noite, eles cantavam músicas de louvor e adoração e liam livros, incluindo clássicos de C. S. Lewis como “Cartas de Um Diabo a Seu Aprendiz” (que foi publicado em 1942).


  


3. Os comunistas, ironicamente, queriam que ele se tornasse arcebispo de Cracóvia

Embora o governo comunista permitisse que a Igreja da Polônia nomeasse seus próprios candidatos a bispo para ocupar uma vaga em aberto, mantiveram o direito de rejeitar qualquer candidato de que não gostassem.

Eles vetaram uma série de nomes para arcebispo de Cracóvia, até que sobreveio o candidato preferido: Karol Wojtyla.

Naquele momento, sem saber, os comunistas selecionaram aquele que mais tarde se tornaria Papa e voltaria à Polônia para derrubar o comunismo. Subestimaram o escolhido. Provavelmente, esta foi a pior subestimação da história.


4. Ele teve que limpar latrinas com cocô congelado

João Paulo II nunca teve repulsa de trabalho sujo, ou de se debruçar para fazer a mais humilhante das tarefas.

Logo após a mudança de poder na Polônia (dos nazistas para os comunistas), Karol e seus colegas seminaristas conseguiram regressar ao seminário, o qual tinha ficado em condições muito precárias. As tubulações tinham congelado, e as latrinas ficaram em estado de calamidade. Montes de excrementos congelados precisavam ser retirados com pás e levados dali.

Então, da próxima vez que você tiver uma tarefa repugnante para fazer, basta lembrar que João Paulo II também teve.



5. Ele continuou esquiando até os 73 anos de idade

Uma das minhas histórias favoritas é a do menino de oito anos que conheceu João Paulo II nas pistas de esqui. Eles formaram uma dupla, esquiaram juntos um bom tempo. A mãe do menino não acreditou que seu filho realmente tinha esquiado com o Papa, até que ele mesmo se apresentou a ela.


6. Ele viajou para a lua três vezes durante a vida

Ao menos, a mesma distância: 1.207.008 km!

Ele tinha uma missão, e sentiu que seu chamado como pastor da Igreja universal significava que era realmente necessário conhecer o seu rebanho.

"Por acaso eu não sou Papa de todo o mundo?", disse.


7. Qual foi o "dia mais feliz de sua vida"?

Segundo ele mesmo, foi o dia em que canonizou Irmã Faustina como a primeira santa do novo milênio.

A devoção à Divina Misericórdia foi um dos temas centrais de sua vida, algo muito próximo e querido ao seu coração, especialmente por ser polonês.

"Não há nada que o homem precise mais do que a Misericórdia Divina"

8. Ele escreveu um poema profundo em memória de um colega morto

Durante a invasão nazista, quando Karol teve que trabalhar em uma pedreira, submetido a temperaturas abaixo de zero, e ainda, andar por um trajeto de 30 minutos no começo de cada madrugada, ele testemunhou a morte de um colega de trabalho numa explosão de dinamite. Mais tarde, escreveu este poema:

“Eles o deitaram, as costas sobre folhas e cascalhos.
A esposa veio, angustiada de preocupação; seu filho voltava da escola...
As pedras de novo em movimento: um vagão machucava as flores.
Novamente a corrente elétrica corria intensa por dentro das paredes.
Mas o homem levou consigo a estrutura interna do mundo,
Quanto maior a raiva, maior a explosão de amor”.


9. Ele teve que bancar o James Bond umas duas vezes para fugir da polícia secreta

Quando era bispo na Polônia, durante o governo comunista, a polícia secreta constantemente tentava estudá-lo (no momento em que se tornou Papa, haviam acumulado 18 caixas de relatórios sobre ele).

Uma vez, quando o arcebispo precisava ter uma reunião secreta com Karol, o motorista dele teve que fazer um emaranhado de caminhos tortuosos para evitar que seu perseguidor o alcançasse; Karol trocou de carro várias vezes sem que eles percebessem, e assim, foi capaz de se reunir com o arcebispo em paz.

O governo também havia grampeado a residência dos bispos com dispositivos de escuta, os quais Karol sabia da existência. Quando precisava falar algo importante, saía da residência. E falava muito alto quando queria que eles ouvissem alguma coisa. Deixava reservada as conversas privadas, para suas excursões secretas.


10. Os royalties de um de seus livros ajudaram a construir igrejas na Iugoslávia

O Papa João Paulo II ao longo de toda a sua vida foi um doador. Ele fez de si mesmo um dom, e dava de presente seu tempo e talento.

Por exemplo, após a publicação de "Cruzando o Limiar da Esperança" - que vendeu milhões pelo mundo - ele usou os primeiros pagamentos de royalties para reconstruir igrejas que haviam sido destruídas no conflito da Iugoslávia.
Também era conhecido por doar as roupas novas compradas para ele, e continuar usando as antigas.

11. Recebeu o sacramento da Reconciliação de Padre Pio

Em 1947, o Padre Wojtyla visitou o Padre Pio, que ouviu sua confissão.

O Papa João Paulo II canonizou-o 55 anos depois.


12. Seu predecessor, o Papa João Paulo I disse isso...

"Meu nome é João Paulo o primeiro. Eu estarei aqui apenas por um curto período de tempo. O segundo está chegando".



13. Ele era o rei da multitarefa

João Paulo II tinha uma energia para o trabalho incrível, e foi descrito por um de seus secretários como um "vulcão de energia." Não era incomum para ele trabalhar 12-16 horas por dia.

Tinha o dom da "concentração dividida", e muitas pessoas relatavam que ele conseguia ter uma conversa atenta com alguém enquanto lia – sem deixar de prestar atenção no que a pessoa dizia. Ele às vezes se cansava nas reuniões se ele não estivesse trabalhando em outra coisa ao mesmo tempo. De fato, durante o Concílio Vaticano II, ele lia e escrevia todo o tipo de livro e poesia.


14. Ele leu Marx no Conclave que o elegeu

Era tão intenso o seu desejo de estar constantemente ligado em várias coisas, constantemente alimentando seu intelecto, que ele mesmo trouxe material de leitura para o Conclave pouco antes da sua própria eleição. E de todos os livros que tinha... estava lendo literatura marxista.

Como disse a seu amigo, "se você quer entender o inimigo, você tem que saber o que escreveu".

15. Um público de 300 mil pessoas não parou de o aplaudir por 14 minutos

Durante sua viagem à Polônia como Papa, em junho de 1979, que foi um divisor de águas, João Paulo II celebrava a Missa de Pentecostes na Praça da Vitória para uma multidão de 300.000 pessoas. Em um ponto, os aplausos ruidosos continuaram por 14 minutos sem parar.

Pare para pensar nisso.

Um povo, uma cultura, reprimida por um comunismo que negou sua dignidade humana como pessoas. E agora um deles, um menino polonês de Wadowice, volta, como Papa, a sua terra natal, com uma mensagem de liberdade e esperança.

"Envie o Teu Espírito! Envie o Teu Espírito! E renova a face da terra! Da sua terra!"

16. Se juntar tudo o que ele escreveu, seria o equivalente a 20 Bíblias

Ele obteve a média de mais de 3.000 páginas escritas por ano apenas durante o seu pontificado.


17. Ele foi o primeiro Papa a pisar em uma mesquita

Seu amor pela pessoa humana estendeu-se muito além dos confins da Igreja Católica, a todas as religiões, todas as raças, todas as línguas.


18. Os guardas-suíços tiveram muito trabalho com ele

Imagine isso: uma figura preto-encapuçada, camuflada, esgueirando-se pela porta de trás do Vaticano.

JPII foi um desses líderes que gostavam de se esgueirar portão afora sem serem notados pelos seus próprios guardas de segurança. Muitas vezes, essas excursões eram um pouco de recreação nas montanhas ou passeios de esqui. Mesmo sendo um homem tão ocupado, também entendeu a necessidade do equilíbrio e diversão.

19. Ele gostava de um pouco de humor auto-depreciativo

Em uma ocasião, numa conversa falou algo assim:

JPII: "A música é extremamente útil para a oração. Como Santo Agostinho disse: "Quem canta, reza duas vezes".

Amigo: "E o senhor é um bom cantor, Santo Padre?"

JPII: "Quando eu cantava, era mais ou menos como se eu estivesse rezando apenas uma vez...".

20. Ele conhecia todos os mais de 2.000 bispos do mundo pelo nome.

Ele mantinha um mapa no qual marcava todas as dioceses do mundo, e sabia de cor o nome de cada bispo.

Sua memória não era restrita à liderança da Igreja. Guardas suíços, seminaristas, e conhecidos de ocasião que ele mal tinha visto, ficavam espantados com o número de detalhes de que se lembrava sobre eles anos mais tarde.


21. Ele foi visto por mais pessoas do que qualquer outro na história humana

Bem, pelo menos é o que se diz. Mas com uma audiência de meio bilhão de pessoas, será que vai aparecer outro concorrente?


Esses fatos foram retirados do livro “Saint John Paul the Great: His Five