sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

Sua Missa Tradicional está com uma cara estranha? Entenda o porquê.

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Em resposta a alguns e-mails expressando receios quanto a variações litúrgicas estranhas ocorridas mais recentemente em Missas no Rito Tradicional, presenteamos nossos leitores com o magnífico esclarecimento do padre Dufour.

Algumas notas sobre o rito de 1965 ou “A primeira etapa da Reforma Litúrgica”

Por Padre S. Dufour, Fraternidade São Pedro
Fonte: Salve Regina – Tradução: Fratres in Unum.com
O anúncio feito pelo Cardeal Castrillon Hoyos (por ocasião da audiência concedida à associação Una Voce, na segunda-feira, 4 de setembro de 2000 [1], e reiterado em uma entrevista publicada na revista mensal La Nef sobre a possibilidade de um ordenamento do missal de 1962 em direção às rubricas de 1965, relançou o debate a respeito desse rito [3].
Debater ou simplesmente se deter sobre o rito de 1965, que não teve mais que uma breve existência (1965-1967: data da passagem a uma liturgia integralmente vernácula), não deve ser algo reservado apenas aos especialistas da história da liturgia.
Pelo contrário, esse assunto diz respeito a todo católico preocupado com a integridade de fé, “sem a qual é impossível agradar a Deus” [4], e que se indaga sobre a liturgia, na medida em esta traz conseqüências para aquela, em virtude do princípio da “lex orandi, lex credendi” [5].
Há já alguns anos que vários padres “Ecclesia Dei” começaram a preparar, por iniciativa própria [6], a “reforma da reforma” e, de fato, anteciparam-se ao utilizar, assim como ao promover, o rito de 1965.
Para eles, o rito de Paulo VI e rito Romano Tradicional não podem coexistir eternamente na Igreja Latina e é necessário encontrar uma solução. Pensam que o rito de 1965 é uma boa conciliação entre os dois: a primeira parte da missa é, grosso modo, a do rito de Paulo VI; o Ofertório e o Cânon são os do rito Romano tradicional. Por conseguinte, o essencial parece ficar a salvo.
Contudo, veremos que esse rito não pode ser uma solução aceitável porque, pelo espírito que o sustenta, também presente na origem dos gestos litúrgicos que impõe, não pode ser mais que uma etapa, mais ou menos longa, em direção à missa nova.

DE:fratres in unum