domingo, 3 de novembro de 2019

Cardeal Jorge Medina Estévez, destacou a importância e sacralidade da liturgia católica, a qual não pode reduzir-se a noção de reunião ou assembleia. "O centro da Eucaristia não é o homem, mas Deus"



sourceChile - Santiago (Terça-feira, 17-04-2018, Gaudium Press) O Prefeito emérito da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos, Cardeal Jorge Medina Estévez, concedeu uma entrevista à agência ACI na qual destacou a importância e sacralidade da liturgia católica, a qual não pode reduzir-se a noção de reunião ou assembleia. "O centro da Eucaristia não é o homem, mas Deus", recordou o purpurado.
Cardeal Medina recorda o sentido e sacralidade da liturgia católica.jpg
"É essencial compreender e viver a liturgia como um momento sagrado. Não é um momento banal, não é um momento de convivência simpática como pode ter um grupo de amigos, é outra coisa", explicou o Prefeito emérito. O purpurado rejeitou as tentativas de adaptar indevidamente a liturgia à assembleia, já que nos elementos do Culto Divino "há coisas que são irremovíveis e coisas que podem ajustar-se".
Como exemplo de uma adaptação correta da liturgia as circunstâncias culturais, o Cardeal propôs os diferentes ritos aprovados pela Igreja à Igrejas locais de grande tradição. "Se você olha a liturgia como se celebra no Oriente, o rito bizantino por exemplo, não é exatamente a forma como se celebra no Ocidente no rito romano", comentou. "São duas formas, ambas perfeitamente legítimas".
"A liturgia está orientada para Deus, é um louvor, como o são os Salmos. O centro da Eucaristia não é o homem, mas Deus", expôs o Cardeal Medina. "Na Missa o importante é o Senhor Jesus e não o sacerdote. Este último não é um ator, nem uma estrela de cinema ou alguém que atrai o olhar para si, mas que atua como ministro, como servidor, como intermediário, como instrumento da ação de Deus".
O purpurado recordou as formas válidas de receber a Santa Comunhão e a importância de ter precauções na hora de recebê-la, por exemplo, quando se faz nas mãos. "A pessoa aí mesmo deve levá-la à boca", indicou, com o fim de prevenir que a Eucaristia possa ser subtraída do templo com fins sacrílegos. "A mim pessoalmente me agrada que a Comunhão seja recebida na boca e de joelhos, como uma expressão de respeito a um ato tão sagrado como é receber o Corpo de Cristo", concluiu. (EPC)