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- PARTE 1
I. A ACÇÃO SAGRADA
O Santo   Sacrifício da Missa, em sua essência e em sua manifestação exterior, não   é uma Doutrina, nem é apenas uma Oração. É, sim, uma verdadeira Acção.   "Fazei isto em memória de mim." Com esta recomendação, confiou o  Senhor a  seus Apóstolos a realização da acção que Ele mesmo havia feito  na última  Ceia. E a santa Igreja, herdeira legítima do testamento do  Senhor,  continua a agir do mesmo modo através dos séculos,  realizando-se assim a  acção por excelência da humanidade: a Acção  Sagrada.
1. Figuras e profecias
Render   culto a Deus é obrigação de tôdoa criatura racional. No estado de   inocência em que foi criado, o homem cumpriu êste dever, porque fazia   parte de sua felicidade. A vida era um continuado serviço de Deus.
A vontade do homem não conhecia outro lema, senão êste: "Faça-se a vossa vontade."
A   graça santificante uniu o homem a Deus em uma santa aliança de amor. Paz   e prosperidade eram os frutos dessa união que seria apenas o comêço de   uma união definitiva na eternidade.
O primeiro pecado destruiu aquela feliz e harmoniosa união e o homem aprendeu a conhecer o bem e o mal.
Perdida a graça santificante, partiu-se o laço de amor; a morte e o sofrimento entraram na vida do homem.
Cerraram-se   para êle as portas do céu. Permaneceu, no entanto, a consciência de um   dever: o de render culto ao Senhor. A mesma voz interior ainda lhe   falava da obrigação de satisfazer pela culpa cometida. Tão universal era   essa voz, que não houve tempo, remoto que fôsse, ou região por demais   longínqua, em que se não prestasse um culto e não se oferecesse um   sacrifício a Deus.
Um   povo, o escolhido do Senhor, em meio de trovões e relâmpagos, no monte   Sinai, ouviu da bôca do Deus três vezes Santo: "Eu sou o Senhor, teu   Deus." Eram estas palavras a base da Aliança de Deus com o seu povo.   Delas se originaram os 10 mandamentos da Lei, como também tôdas as   prescrições que regulavam o culto público a ser prestado ao Sumo Senhor,   pela criatura dotada de inteligência.
Minuciosas   eram as prescrições e numerosas. Cioso de sua honra, Deus exigiu zêlo e   atenção daqueles que deviam, prestrando culto, proclamar a glória do   Altíssimo e testemunhar a sua própria submissão.
Consistia   êsse culto em cânticos e hinos, como na oblação dos frutos da terra e   no sacrifício de animais puros. Representaram êles o homem com tôdas as   suas intenções. Teriam, porém, conseguido o seu fim, que era: honrar   dignamente a Deus, satisfazer pela culpa e levar o homem à sua última   perfeição?
O Concílio de Trento responde:
"Na   antiga aliança, devido à insuficiência do sacerdócio levítico, não se   chegou à perfeição. Era preciso segundo a determinação de Deus, Pai de   misericórida, que surgisse, conforme o rito de Melquisedeque, outro   Sacerdote, Nosso Senhor Jesus Cristo, que fôsse capaz de consumar, isto   é, de conduzir à perfeição tôdos aquêles que deviam ser santificados.
Uma   vez sòmente, o filho de Deus oferecer-se-ia , Êle prório, a Deus, seu   Pai, sôbre o altar da Cruz, numa oblação em que a morte haveria de   intervir a fim de operar a nossa redenção."
Mais   uma vez ressoou a voz do Altíssimo. Dessa vez fala pela voz do profeta   Malaquias: "Meu afeto não está em vós; nem continuarei a aceitar   oferenda alguma de vossa mão. Porque desde o oriente até o poente o meu   Nome é grande entre as nações e em todo lugar se sacrifica e se oferece   uma oblação pura ao meu Nome; porque o meu Nome é grande entre as   nações, assim diz o Senhor dos exércitos". Solenemente estava anunciado   um novo Sacrifício, uma nova Ação Sagrada.
A AÇÃO SAGRADA (MISSA) - PARTE 2
2. O Sacrifício do CalvárioA Majestade de Deus, ofendida pelos homens, dêles se compadeceu. Deus mesmo se fêz homem, uniu sua Divindade à nossa humanidade, e assim o fêz para poder tornar-se o Medianeiro entre o Criador e a criatura.
Sendo Deus-Homem, tomou sôbre seus ombros os pecados dos homens e prestou uma satisfação digna e agradável ao Altíssimo. O sumo sacerdote do Antigo Testamento, uma vez apenas, no dia da reconciliação, entrava no Santos dos Santos e aspergia a arca com o sangue de bodes e touros, em expiação dos pecados do povo. Jesus Cristo, porém, é o Eterno e Sumo Sacerdote do Novo Testamento. Chegando a êste mundo, exclama: Sacrifícios e holocaustos não Vos agradam. Então eu disse: Eis que venho para fazer a vossa vontade, ó Deus! (Hebr. 10,5-7). Para reparar a desobediência do homem, fêz-se obediente até a morte e morte de Cruz.
No grande dia da reconciliação da humanidade, a Sexta-feira Santa, entrou no Santo dos Santos não feito por mãos de homens, isto é, entrou no céu. Não veio no sangue dos animais, mas em seu próprio Sangue, que derramou no altar da Cruz. E êste Sangue é mais forte do que o dos animais, pois purifica os homens de seus pecados e subindo da terra para o céu, pede a alcança o perdão. a morte de Jesus não é sòmente satisfação; é igualmente o mais alto e mais perfeito louvor do Altíssimo, porque Jesus estava unido a Deus. Fazendo-se homem, nos fêz seus irmãos e filhos de seu Pai. Tornou-se participantes da natureza e da santidade de Deus, restituindo-nos a graça santificante.
Fonte:
- Keckeisen, D. Beda.Missal Dominical.5a Edição.Bahia:Oficina Tipográfica do Mosteiro de São Bento,1949.360 páginas
- Keckeisen, D. Beda.Missal Dominical.5a Edição.Bahia:Oficina Tipográfica do Mosteiro de São Bento,1949.360 páginas

 inundado por um mistério de luz que é Deus   e N´Ele vi e ouvi -A ponta da lança como chama que se desprende, toca o eixo da terra, – Ela estremece: montanhas, cidades, vilas e aldeias com os seus moradores são sepultados. - O mar, os rios e as nuvens saem dos seus limites, transbordam, inundam e arrastam consigo num redemoinho, moradias e gente em número que não se pode contar , é a purificação do mundo pelo pecado em que se mergulha. - O ódio, a ambição provocam a guerra destruidora!  - Depois senti no palpitar acelerado do coração e no meu espírito o eco duma voz suave que dizia: – No tempo, uma só Fé, um só Batismo, uma só Igreja, Santa, Católica, Apostólica: - Na eternidade, o Céu!
inundado por um mistério de luz que é Deus   e N´Ele vi e ouvi -A ponta da lança como chama que se desprende, toca o eixo da terra, – Ela estremece: montanhas, cidades, vilas e aldeias com os seus moradores são sepultados. - O mar, os rios e as nuvens saem dos seus limites, transbordam, inundam e arrastam consigo num redemoinho, moradias e gente em número que não se pode contar , é a purificação do mundo pelo pecado em que se mergulha. - O ódio, a ambição provocam a guerra destruidora!  - Depois senti no palpitar acelerado do coração e no meu espírito o eco duma voz suave que dizia: – No tempo, uma só Fé, um só Batismo, uma só Igreja, Santa, Católica, Apostólica: - Na eternidade, o Céu! ![[francesco+090110+11+029.jpg]](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEiJ5cdn_4_BhJWoRH8cbT-c7UlZArNLLOyQwkl77_mPZhtVlOc15L_s0iHSwemMsY4xFmcHiZ7YY4wxBuHdgoAK_bek5Ixxs3Uhjs8T5gEyCt1H8PM7UTm_6TUs-f3LdM5yGWHsGiRdJiIu/s400/francesco+090110+11+029.jpg)