- E senti o espírito inundado por um mistério de luz que é Deus e N´Ele vi e ouvi -A ponta da lança como chama que se desprende, toca o eixo da terra, – Ela estremece: montanhas, cidades, vilas e aldeias com os seus moradores são sepultados. - O mar, os rios e as nuvens saem dos seus limites, transbordam, inundam e arrastam consigo num redemoinho, moradias e gente em número que não se pode contar , é a purificação do mundo pelo pecado em que se mergulha. - O ódio, a ambição provocam a guerra destruidora! - Depois senti no palpitar acelerado do coração e no meu espírito o eco duma voz suave que dizia: – No tempo, uma só Fé, um só Batismo, uma só Igreja, Santa, Católica, Apostólica: - Na eternidade, o Céu! (escreve a irmã Lúcia a 3 de janeiro de 1944, em "O Meu Caminho," I, p. 158 – 160 – Carmelo de Coimbra)
domingo, 1 de março de 2009
AO ANGELUS, O PAPA BENTO XVI FALA DA ETERNA LUTA ENTRE O BEM E O MAL E A TER EM CONTA O PAPEL DOS ANJOS
Nas suas reflexões antes da recitação do Angelus deste primeiro domingo da Quaresma Bento XVI exortou os fiéis católicos a não subestimar o papel dos anjos, e recomendou que sejam muitas vezes invocados.
Pedimos-lhe, em particular hoje, que vigiem sobre mim e sobre os colaboradores da Cúria Romana que esta tarde, como acontece todos os anos, iniciarão a semana de exercícios espirituais – disse o Papa.
Referindo-se ao Evangelho deste Domingo o Santo Padre evocou Satanás, o adversário que desde o principio se opôs ao desígnio salvifico de Deus a favor dos homens.
Citando as tentações de Jesus no deserto, que foram obra do Demónio, Bento XVI recordou porém que quase de fugida, na brevidade do testo evangélico, diante desta figura obscura e tenebrosa que ousa tentar o Senhor, aparecem os Anjos, figuras luminosas e misteriosas que serviam Jesus. Eles – explicou o Papa – são o contraponto de Satanás.
Segundo Bento XVI tiraríamos uma parte notável do Evangelho se deixássemos de lado estes seres enviados por Deus, os quais anunciam a sua presença entre nós e são um seu sinal. “Invoquemo-los muitas vezes para que nos ajudem no empenho de seguir Jesus até nos identificarmos com Ele”.
Perante a crise económica que corre o perigo de arrasar a Itália com o desemprego e encerramento de empresas, o Papa exortou neste Domingo as autoridades politicas e civis, bem como os empresários, a um comum e forte empenho para tutelar como prioridades os trabalhadores e as suas famílias.
Bento XVI saudava em particular um grupo de operários e empregados de um estabelecimento automobilístico do sul da Itália, mas referia-se também a outras situações igualmente difíceis que afligem vários centros italianos.