- E senti o espírito inundado por um mistério de luz que é Deus e N´Ele vi e ouvi -A ponta da lança como chama que se desprende, toca o eixo da terra, – Ela estremece: montanhas, cidades, vilas e aldeias com os seus moradores são sepultados. - O mar, os rios e as nuvens saem dos seus limites, transbordam, inundam e arrastam consigo num redemoinho, moradias e gente em número que não se pode contar , é a purificação do mundo pelo pecado em que se mergulha. - O ódio, a ambição provocam a guerra destruidora! - Depois senti no palpitar acelerado do coração e no meu espírito o eco duma voz suave que dizia: – No tempo, uma só Fé, um só Batismo, uma só Igreja, Santa, Católica, Apostólica: - Na eternidade, o Céu! (escreve a irmã Lúcia a 3 de janeiro de 1944, em "O Meu Caminho," I, p. 158 – 160 – Carmelo de Coimbra)
quinta-feira, 12 de março de 2009
DOM BERNARD FELLAY SUPERIOR GERAL DA FSSPX EM COMUNICADO APÓS A CARTA DE BENTO XVI DIRIGIDA A TODOS OS BISPOS
Comunicado do Superior Geral da Fraternidade Sacerdotal São Pio X, Dom Bernard Fellay
Quinta-feira, 12 de Março de 2009
O Papa Bento XVI dirigiu uma carta aos bispos da Igreja católica, em data de 10 de março de 2009, na qual lhes faz saber as intenções que lhe guiaram neste passo importante que constitui o Decreto de 21 de janeiro de 2009.
Após recente “desencadeamento de uma onda de protestos”, nós agradecemos vivamente o Santo Padre por ter colocado o debate à altura de onde deve se realizar, a da fé. Nós compartilhamos plenamente sua preocupação prioritária da pregação “à nossa época onde em vastas regiões da terra a fé corre risco de se apagar como uma chama que não encontra mais com o que se alimentar”.
A Igreja atravessa, com efeito, uma crise essencial que poderá ser resolvida se não por um regresso integral à pureza da fé. Com Santo Atanásio, nós professamos que “todo aquele que quer se salvar, deve sobretudo ter a fé católica: o que não a guarda íntegra e inviolada irá, indubitavelmente, à sua perda eterna” (Símbolo Quicumque).
Longe de querer parar a Tradição em 1962, nós desejamos considerar o Concílio Vaticano II e o ensino pós-conciliar à luz desta Tradição que São Vicente de Lérins definiu como “o que foi crido sempre, por toda a parte e por todos” (Commonitorium), sem ruptura e num desenvolvimento perfeitamente homogêneo. É assim que nós poderemos contribuir eficazmente à evangelização pedida pelo Salvador. (cf. Mateus 28,19-20)
A Fraternidade Sacerdotal São Pio X assegura a Bento XVI sua vontade de abordar as questões doutrinais reconhecidas como “necessárias” pelo Decreto de 21 de janeiro, com o desejo servir à Verdade revelada que é a primeira caridade a manifestar a respeito de todos os homens, cristãos ou não. Ela lhe assegura sua oração a fim de que sua fé não desfaleça e que ele possa confirmar todos os seus irmãos. (cf. Luc. 22,32)
Colocamos estas questões doutrinais sob a proteção de Nossa Senhora de Toda Confiança, com segurança de que ela nos obterá a graça de transmitir fielmente o que recebemos, “tradidi quod et accepi” (I Cor. 15,3).
Tradução: G. M. Ferretti
Fonte: DICI