quinta-feira, 11 de março de 2010

Beata Jacinta Marto, roga por nós!

(Da esquerda para a direita: Jacinta e Lúcia)

Hoje cumpre-se o 100º Aniversário de nascimento da Beata Jacinta Marto. Recordando a sua personalidade, é oportuno postar aqui algumas das mais intensas referências, que a Irmã Lúcia de Jesus e do Coração Imaculado redigiu nas suas memórias, sobre o amor de Jacinta ao Santo Padre.

Foram interrogar-nos dois sacerdotes que nos recomendaram que rezássemos pelo Santo Padre. A
Jacinta perguntou quem era o Santo Padre e os bons sacerdotes explicaram-nos quem era e como
precisava muito de orações. A Jacinta ficou com tanto amor ao Santo Padre que, sempre que oferecia
os seus sacrifícios a Jesus, acrescentava: e pelo Santo Padre. No fim de rezar o Terço, rezava sempre
três Ave Marias pelo Santo Padre e algumas vezes dizia:
– Quem me dera ver o Santo Padre! Vem cá tanta gente e o Santo Padre nunca cá vem.
Na sua inocência de criança, julgava que o Santo Padre podia fazer esta viagem como as outras
pessoas.
Um dia, meu pai e meu tio foram intimados para nos apresentarem, no dia seguinte, em a
Administração. Meu tio disse que não levava os seus filhos, porque, dizia ele, não tenho por que
apresentar em um tribunal duas crianças que não são responsáveis pelos seus actos; e ademais disso,
eles não aguentam o caminho a pé até Vila Nova de Ourém! Vou ver o que eles querem. Meu pai
pensava doutra maneira:
– A minha, levo-a; ela que se arranje lá com eles, que eu cá destas coisas não entendo nada.
Aproveitaram então a ocasião para nos meterem todos os sustos possíveis. No dia seguinte, ao
passar por casa de meu tio, meu pai esperou alguns instantes por meu tio. Corri à cama de Jacinta a
dizer-lhe adeus. Na dúvida de nos tornarmos a ver, abracei-a. E a pobre criança, chorando, disse-me:
– Se eles te matarem, diz-lhes que eu e mais o Francisco somos como tu e que também queremos
morrer. E vou já com o Francisco para o poço rezar muito por ti.
Quando, à noitinha, voltei, corri ao poço e lá estavam os dois, de joelhos, debruçados sobre a
beira do poço, com a cabecinha entre as mãos, a chorar. Assim que me viram, ficaram surpreendidos:
– Tu vens aí?! Veio aqui a tua irmã buscar água e disse-nos que já te tinham matado. Já rezámos e
chorámos tanto por ti!…
Mais textos numa recolha feita pelo Santuário de Nossa Senhora do Rosário de Fátima; pode fazer download aqui. Vale a pena meditar.

fonte:Sancta Missa