sábado, 1 de janeiro de 2011

Foi o Papa Paulo VI, ele mesmo, que falou de autodemolição da Igreja. O que significa esse termo de autodemolição senão que a Igreja se destrói, ela mesma, por ela mesma, por seus próprios membros? É isso o que já dizia o Papa São Pio X na sua primeira encíclica, quando escrevia: «Hoje, o inimigo da Igreja não está mais no exterior da Igreja, está no interior».

http://2.bp.blogspot.com/_N7qno7a5_DU/SX-sN2NtyHI/AAAAAAAAJ6A/SHSr2yfdaQU/s400/Monsenhor+MARCEL+LEFEBVRE.jpgE o Papa não hesitava em designar os lugares aonde ele se encontrava: «O inimigo se encontra nos seminários».E desde o começo todos os membros da Comissão do Concílio foram nomeados pela fração liberal. Pode-se calcular que influência enorme isso iria ter no Concílio. O Papa Paulo VI nomeou imediatamente esses quatro moderadores.Ora, quem eram esses moderadores? O Cardeal Döpfner, de Munich, muito progressista, muito ecumênico. O Cardeal Suenens, que todo mundo conhece como mais carismático e que fez conferências em favor do casamento dos padres. O Cardeal Lercaro, conhecido por seu filo-comunismo e que tinha um vigário geral inscrito no partido comunista. E, enfim, o Cardeal Agagionian. Ele representava um pouco a facção tradicional, pode-se dizer.É evidente que todos as teses, todos os textos do Concílio foram influenciados pelos cardeais liberais e as comissões liberais.Não devemos nos espantar que tenhamos tido textos ambíguos, favoráveis a mudanças, a uma verdadeira revolução na Igreja.Depois de toda a história do liberalismo, os liberais saindo vitoriosos no interior do Concílio, exigiram do Papa Paulo VI lugares nas Congregações romanas. E, de fato, os lugares importantes foram dados aos progressistas. Depois, no momento em que essa Missa normativa começou a se realizar, eu estava tão horrorizado que nós fizemos uma pequena reunião com alguns padres, alguns teólogos, de onde saiu o “Breve exame crítico” que foi levado ao Cardeal Ottaviani.Ora, a Nova Missa está destruindo a Igreja, destruindo a Fé. É assim que não se acredita mais no limbo, no purgatório, no inferno. Não se acredita mais no pecado original, nem nos anjos. Não se acredita mais na graça, não se fala mais do sobrenatural. É o fim da nossa fé.

A INFILTRAÇÃO DO MODERNISMO NA IGREJA
Breve História
Fico contente em constatar que no mundo inteiro, no mundo católico, em todo lugar, pessoas corajosas se reúnem em torno de padres fiéis à fé católica e à Igreja Católica, para manter a tradição que é a fortaleza de nossa fé.
Se existe um movimento tão geral é porque a situação da Igreja é verdadeiramente grave. Pois, para que padres, fiéis católicos, aceitem ser tratados de rebeldes, de dissidentes, de desobedientes, mesmo se tratando de bons padres, alguns dos quais já serviram em paróquias durante trinta anos com grande satisfação de seus paroquianos, é para manter a fé católica. Eles o fazem conscientemente no espírito dos mártires.
Ser perseguido por seus irmãos ou pelos inimigos da Igreja, qualquer que seja a mão que bata, por vista que seja contra a manutenção da fé, é sofrer um martírio. Esses padres, esses fiéis, são testemunhas da fé católica. Eles preferem ser considerados como rebeldes e dissidentes a perder a fé.
Nós assistimos, no mundo inteiro, a uma situação trágica, inacreditável, que parece não se ter jamais produzido na história da Igreja. É preciso então tentar explicar esse fenômeno extraordinário. Como podem bons fiéis, bons padres, se esforçarem por manter a fé católica num mundo católico que está em plena dissolução? Foi o Papa Paulo VI, ele mesmo, que falou de autodemolição da Igreja. O que significa esse termo de autodemolição senão que a Igreja se destrói, ela mesma, por ela mesma, por seus próprios membros? É isso o que já dizia o Papa São Pio X na sua primeira encíclica, quando escrevia: «Hoje, o inimigo da Igreja não está mais no exterior da Igreja, está no interior». E o Papa não hesitava em designar os lugares aonde ele se encontrava: «O inimigo se encontra nos seminários». Por conseqüência, já no início do século, o Santo Papa Pio X, na sua primeira encíclica, denunciava a presença de inimigos da Igreja nos seminários.
E é evidente que esses seminaristas que estavam imbuídos do modernismo, do Sillonismo e do progressismo se tornaram padres. Alguns deles se tornaram bispos e entre eles cardeais. Poderia-se citar os nomes daqueles que fizeram seu seminário no início do século, que morreram agora, mas cujo espírito era modernista e progressista.
Assim, já o Papa Pio X denunciava essa divisão na Igreja, uma certa ruptura no interior mesmo da Igreja e do Clero.(continua...)
 + Mgr. Marcel Lefebvre
DE;http://www.capela.org.br/Crise/bugnini.htm