Não esquecemos a corajosa decisão do Motu proprio "Summorum pontificum" de 7 de Julho de 2007 , pelo qual Sua Santidade Bento XVI deu ampla liberdade a todos os sacerdotes de celebrar a Missa Gregoriana e por isto lhe somos eternamente gratos não o esquecendo em nossa prece diária.
O Papa Bento
não está
sozinho
Inicia o nono ano de pontificado de Bento
XVI, eleito a 19 de Abril de 2005, com setenta e oito anos, em menos de um dia
no conclave mais numeroso que até agora se reuniu na história. Uma data
celebrada com alegria e precedida por aquela, tradicionalmente pessoal, do
octogésimo quinto aniversário de nascimento, que contudo não era festejado na
série dos Papa desde 1895 e que, por conseguinte, foi comemorada mais
calorosamente.
Portanto, para estas festas de Abril
multiplicaram-se as felicitações e os bons votos, que chegaram do mundo inteiro
para expressar um afecto e uma estima gerais, que não se previam tão numerosas
no momento da eleição. Com efeito, não se deve esquecer o excesso de
preconceitos, ou até de oposições, com o qual a rapidíssima escolha do colégio
dos cardeais tinha sido acolhida em diversos ambientes, também católicos.
Preconceitos e oposições que em relação ao cardeal Ratzinger remontavam pelo
menos a meados dos anos oitenta mas que não correspondiam minimamente à sua
verdadeira personalidade.
O sucessor de João Paulo II – que aliás tinha
sido o seu colaborador mais influente, que o Papa polaco, também ele por muito
tempo hostilizado, quis quase imediatamente em Roma – foi-lhe contraposto,
segundo estereótipos abusados. Um pontificado que iniciou em subida e que o
Pontífice enfrentou com lúcida serenidade, já demonstrada a 24 de Abril, quando
pediu orações aos fiéis para que não fugisse «por medo, diante dos lobos».
Aquela homilia era a primeira de uma série já
longa, que por limpidez e profundidade em nada é inferior às pregações de Leão
Magno, as primeiras de um bispo de Roma conservadas, caracterizadas por um
equilíbrio exemplar entre herança clássica e novidade cristã analogamente à
intenção do Papa Bento de se mover em harmonia entre razão e fé. Para se dirigir
e falar a todos, como sugeriu no encontro de Assis o convite feito – pela
primeira vez, um quarto de século depois daquele convocado por João Paulo II
entre crentes – também aos não crentes, para anunciar o Evangelho ao mundo de
hoje.
Foi assim também para a homilia na celebração
do aniversário de nascimento – que coincide com a do seu baptismo, no Sábado
Santo de 1927 – quando Bento XVI falou dos santos recordados no calendário
litúrgico, Bernadette Soubirous e Benedetto Giuseppe Labre, de Maria, Mãe de
Deus, e da águia pura da verdade da qual o mundo está sedento, muitas vezes sem
o saber. Amigos invisíveis, mas não por isso menos reais, dos quais o Papa sente
a proximidade na comunhão dos santos. Assim como sente a amizade de tantas
pessoas que rezam por ele todos os dias, ou que unicamente olham para ele com
simpatia, ouvindo com atenção as suas palavras.
19 de Abril de 2012