sábado, 16 de julho de 2011

Embora condenado, o modernismo continuou no seu avanço implacável dentro da Igreja. "Os modernistas - deplorava o papa Pio X - se apoderam das cátedras dos seminários e das universidades e as transformam gradualmente em cátedras de pestilência. Do alto dessas cátedras sagradas, propagam as sementes de suas doutrinas; proclamam seus ensinamentos abertamente em congressos, os introduzem e os põem em moda nas instituições sociais... publicam numerosos livros, jornais e revistas. Procuram por todas as maneiras diminuir e enfraquecer a autoridade. Eles se propõem acabar com o próprio Magistério Eclesiástico, falsificando sacrilegamente sua origem, caráter e direitos e repetindo livremente as calúnias de seus adversários". Reprimido pelos Papas, o modernismo refugiou-se nos seminários e universidades, para reaparecer em cena depois do Concílio Vaticano II, com o nome de neo-modernismo. "É a revolução mais perigosa que a Igreja teve de enfrentar" - reconhece o papa Paulo VI.

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 O SÉCULO DE SATANÁS  
O espírito do mal sempre esteve muito ativo no mundo. Nunca, porém, como no último século, que por isto mesmo se tornou conhecido como "o século de Satanás". Em meio a uma verdadeira batalha cósmica, a criação inteira está sendo devastada pelas forças do mal, da qual a maioria nem se dá conta.
O início da maciça investida satânica costuma ser situado no ano de 1884, quando daquela visão aterradora do papa Leão XIII. O episódio, relatado pelo padre Domingo Pechenino, pode ser lido em "Ephemerides Liturgicae", n° 69 (1955), pp. 58-59.
No dia 13 de outubro - conta ele - o Santo Padre, terminada a Missa, estava assistindo a outra, em ação de graças, como era seu costume. De súbito foi visto erguer energicamente a cabeça, fixandose num ponto acima do celebrante. Olhava sem pestanejar, com uma expressão de terror e assombro que chegou a fazê-lo mudar de cor. Algo de estranho se desenhava ante seus olhos.
Por fim, como voltando a si, ele se levanta e encaminha-se para o gabinete. Os presentes o acompanham ansiosos.
- Santo Padre, não está se sentindo bem? Precisa de alguma coisa? -lhe indagam.
- Não, nada!
Fecha a porta por dentro. Meia hora depois, manda vir o secretário da Congregação dos Ritos e lhe entrega uma folha, pedindo-lhe que a mande imprimir e faça chegar aos bispos do mundo inteiro.
O que conteria aquela folha? Uma oração para ser recitada no fim da Missa. Dizia:
"São Miguel Arcanjo, protegei-nos no combate, defendei-nos com vosso escudo contra os embustes e ciladas do demônio. Subjugue-o Deus, insistentemente pedimos, e vós, príncipe da milícia celeste, pelo divino poder, precipitai no inferno a Satanás e a todos os espíritos malignos que vagueiam pelo mundo, para perder as almas. Amém".
Mais tarde, o próprio Papa contaria como tudo aconteceu: durante a Missa tivera uma visão, na qual ouvira a voz profunda e gutural de Satanás, jactando-se diante de Deus:
- Eu posso destruir a Igreja e arrastar a humanidade toda para o inferno. Mas para isto preciso de mais tempo e mais poder.
- Quanto tempo e quanto poder? - perguntou-lhe uma voz doce.
A voz gutural redargüiu:
- De 75 a 100 anos, e mais poder sobre os que se põem ao meu serviço.
- Pois tens esse tempo! - replicou a voz suave*
*Quatro anos depois, Leão XIII parecia ter ainda viva diante dos olhos esta cena, quando escrevia, em seu motu proprio de 23 de setembro de 1888: "Satanás vagueia pela terra... e com o sopro pestilento da impureza e dos vícios mais infames, lança o veneno da sua perfídia, como um rio de lama sobre a humanidade". Sua preocupação com o espírito do mal volta a manifestar-se de tanto em tanto: "Uma das maiores necessidades da Igreja é a defesa contra o demônio  realidade terrível, misteriosa, assombrosa, o tentador por excelência, o inimigo oculto que semeia erros e desgraças na história humana.,. Com o demônio, o mal deixa de ser mera deficiência, para se transformar em eficiência, num ser vivo, espiritual, pervertido e pervertedor".
A oração a São Miguel Arcanjo, prescrita pelo Papa, continuou sendo rezada durante o resto do século XIX, até 26 de setembro de 1964, quando a constituição conciliar sobre a liturgia decretou: "Não se dirão mais as orações leoninas depois da Missa".
E foi justamente depois de suprimirem essas orações - comenta Cámpora - que "a fumaça de Satanás entrou na Igreja por todas as frestas" (Palavras do papa Paulo VI em 1972, demonstrando sua preocupação com a "onda de profanidade, dessacralização e secularização" que invadiu a Igreja logo depois do Concílio Vaticano II, ameaçando "confundir e afogar o sentido religioso e mesmo fazê-lo desaparecer", Tudo isto o Papa atribuía à "fumaça de Satanás que penetrou no templo de Deus".), desencadeando a vertigem, o aturdimento e a aberração.
Cumpria-se o prometido
Começava assim a realizar-se o que Nossa Senhora anunciara em 1634, em Quito (Equador), à Madre Ana de Jesus Torres (Aparição reconhecida pela Igreja.). Enquanto rezava diante do sacrário, a lamparina se apagou. Ao acendê-la novamente, a capela se encheu de luz, e a Virgem apareceu. "A lamparina que viste apagar - falou ela à Madre Ana - tem muitos significados:
1 - No fim do século XIX e grande parte do século XX, surgirão várias heresias... A luz preciosa da fé se apagará nas almas, devido a uma corrupção moral quase total.
2 - Neste tempo, os ares se encherão de espírito de impureza que, à semelhança de um dilúvio de imundície, inundará as ruas, as praças e os lugares públicos. Tamanha será a libertinagem que não haverá mais almas virginais no mundo.
3 - Ao controlar todas as classes sociais, as seitas penetrarão habilmente nas famílias, e os demônios se gloriarão de alimentar perfidamente os corações das crianças. Perder-se-ão assim as vocações sacerdotais, será um verdadeiro desastre... Satanás controlará a terra, por meio de homens infiéis que; feito nuvens negras, escurecerão o céu, bloqueando a alvorada radiante da liberdade da Igreja. Tão terrível será esta noite, que dará a impressão de o mal ter triunfado. Chegará então o meu tempo, quando destruirei, de maneira assombrosa, o orgulho de Satanás, lançando-o debaixo de meus pés, acorrentando-o no inferno e deixando a Igreja finalmente livre de sua cruel tirania".
Uma advertência ainda mais clara se repetirá em La Salette:
"No ano de 1864, Lúcifer e um grande número de demônios serão soltos no inferno e acabarão, pouco a pouco, com a fé, mesmo das pessoas dedicadas a Deus... Porque agora é o tempo de todos os tempos, o fim de todos os fins. A Igreja será eclipsada e o mundo ficará em estado de consternação, confusão e perplexidade".
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Fonte: A Profetisa dos Tempos Finais - Olivo Cesca