 Ela  ressurgirá,  eu te digo…  a Missa ressurgirá, como respondo a  muitos que vêm a mim para se  lamentar (e eles o fazem, às vezes,  chorando); e àquele que me pergunta  como eu posso ter tanta certeza  disso, eu respondo (como ‘poeta’, se  prefere) trazendo-o à beira da  janela e mostrando o Sol… Logo virá o  entardecer e lá, na igreja de São  Domingos, os frades cantarão nas  Vésperas:  Iam sol recedit igneus;  mas, em poucas horas, estes mesmos dominicanos, meus amigos, cantarão,  na Prima: Iam lucis orto sidere – e assim todos os dias.
Ela  ressurgirá,  eu te digo…  a Missa ressurgirá, como respondo a  muitos que vêm a mim para se  lamentar (e eles o fazem, às vezes,  chorando); e àquele que me pergunta  como eu posso ter tanta certeza  disso, eu respondo (como ‘poeta’, se  prefere) trazendo-o à beira da  janela e mostrando o Sol… Logo virá o  entardecer e lá, na igreja de São  Domingos, os frades cantarão nas  Vésperas:  Iam sol recedit igneus;  mas, em poucas horas, estes mesmos dominicanos, meus amigos, cantarão,  na Prima: Iam lucis orto sidere – e assim todos os dias.O  Sol, quero dizer, levantar-se-á  novamente, brilhará novamente depois  da noite, para iluminar a terra  desde o céu, por que… porque ele é o  Sol, e Deus o estabeleceu para  nossa vida e conforto. Então, acrescento  eu, assim é e será com a  Missa – a Missa que é “nossa”, católica,  de sempre e de todos: nosso  Sol espiritual, tão bela, tão santa e tão  santificante — contra  as desilusões dos morcegos, tirados de seu  esconderijo pela Reforma  [litúrgica], que acreditavam que a sua hora, a  hora das trevas, não  teria fim. E recordo: nesta minha grande janela  nós fomos muitos, nos  anos passados, assistindo um total eclipse solar.  Eu me lembro, e eu  quase posso sentir novamente, o sentimento de  frieza, de tristeza, e  quase de desilusão ao assistir, em sentir o ar  escuro e gelado, pouco a  pouco. Recordo o silêncio que se fez na  cidade, durante a escuridão…  enquanto os pássaros desapareciam,  amedrontados, e os repugnantes  morcegos apareciam, voando no céu.
Àquele  que dizia, quando o Sol estava  inteiramente coberto: — “E se não  amanhecer nunca mais?” — um pensamento  a quem ninguém respondia, quase  como não entendendo o gracejo nisso… O  Sol apareceu novamente, de fato,  o Sol ressurgiu, depois de uma curta  noite, tão belo como antes, e  como se vê, mais do que antes, enquanto o  ar é recheado novamente por  pássaros e os morcegos voltam ao seus  esconderijos.
Como antes,  luminoso e belo, e ainda sendo o mesmo, o Sol parece mais maravilhoso do  que era antes, como na lei Leopardiana do “prazer como  frutos de abandono“, ou a lição do Evangelho da moeda perdida e  achada. Como era antes, e mais do que era antes: assim  será com a  missa, assim a missa aparecerá a nossos olhos, culpados por  não tê-la  estimado como merecia, antes do eclipse; nossos corações  culpados por  não tê-la amado o bastante.
(Tito Casini, La Tunica Stracciata  – Nel fumo di Satana. Verso l’ultimo scontro)
fonte:fratres in unum 

 inundado por um mistério de luz que é Deus   e N´Ele vi e ouvi -A ponta da lança como chama que se desprende, toca o eixo da terra, – Ela estremece: montanhas, cidades, vilas e aldeias com os seus moradores são sepultados. - O mar, os rios e as nuvens saem dos seus limites, transbordam, inundam e arrastam consigo num redemoinho, moradias e gente em número que não se pode contar , é a purificação do mundo pelo pecado em que se mergulha. - O ódio, a ambição provocam a guerra destruidora!  - Depois senti no palpitar acelerado do coração e no meu espírito o eco duma voz suave que dizia: – No tempo, uma só Fé, um só Batismo, uma só Igreja, Santa, Católica, Apostólica: - Na eternidade, o Céu!
inundado por um mistério de luz que é Deus   e N´Ele vi e ouvi -A ponta da lança como chama que se desprende, toca o eixo da terra, – Ela estremece: montanhas, cidades, vilas e aldeias com os seus moradores são sepultados. - O mar, os rios e as nuvens saem dos seus limites, transbordam, inundam e arrastam consigo num redemoinho, moradias e gente em número que não se pode contar , é a purificação do mundo pelo pecado em que se mergulha. - O ódio, a ambição provocam a guerra destruidora!  - Depois senti no palpitar acelerado do coração e no meu espírito o eco duma voz suave que dizia: – No tempo, uma só Fé, um só Batismo, uma só Igreja, Santa, Católica, Apostólica: - Na eternidade, o Céu!