A quem interessa
que não critiquemos o
"modernismo herético" ?
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Em primeiro lugar, eis alguns dos principais sintomas genéricos do "modernismo e relativismo cristão e católico" -- quando não "herético e diabólico":1 - Deturpação ou alteração de algumas normas da Moral Cristã e Católica, incómodas a grande parte das pessoas em geral;
2 - Deturpação ou alteração de certas passagens da Sagrada Escritura, adversas aos ideais mundanos e/ou politicamente correctos;
3 - Ocultação ou omissão de muitos versículos da Bíblia, que parecem ser muito controversos, transcendentes ou alegóricos, e que por isso mesmo não interessa ou não convém serem citados, menos ainda serem praticados ou interpretados à letra;
4 - Ocultação ou omissão de alguns capítulos da Bíblia, que não interressam à maior parte dos cristãos e dos católicos, nem tão-pouco sendo interpretados de modo liberal e simbólico;
5 - Crítica negativa em relação a quase todos, ou a determinados Dogmas católicos;
6 - Crítica negativa e sistemática em relação ao Papa Bento XVI, como já acontecia em relação a João Paulo II, sobretudo a pretexto dele aparentar ser conservador, nomeadamente em Moral Cristã e em Liturgia;
7 - Não aceitação, ou com sérias reservas, quanto às Encíclicas e à Teologia genérica do Papa Bento XVI;
8 - Falta de comunhão parcial, ou até mesmo total, com o Papa actual e com o seu Magistério pontifício;
9 - Não aceitação, ou com sérias reservas, quanto ao dogma da Infalibidade Papal;
10 - Rejeição total, ou em parte, dos Dogmas Marianos, assim como das Aparições da Virgem Santíssima e de todas as demais revelações particulares reconhecidas pela Igreja;
11 - Rejeição total, ou em parte, do Dogma da existência de espíritos malignos (como ex-anjos rebeldes e decaídos), assim como do próprio Inferno, como lugar espiritual e eterno de tormentos para pecadores ímpios e obstinados, e até mesmo do Purgatório, visando este a purificação das almas antes de entrarem no Paraíso;
12 - Rejeição total, ou em parte, da severa e santíssima Justiça Divina, visando a condenação a penas eternas dos ímpios e criminosos impenitentes, em perfeito equilíbrio e harmonia com a Sua infinita Misericórdia em relação aos justos e aos pecadores arrependidos;
13 - Tolerância ou cumplicidade em relação ao aborto em geral, principalmente nos casos mais melindrosos e extremos, assim como relativamente ao feminismo radical;14 - Oposição total, ou em parte, ao celibato dos sacerdotes e dos religiosos consagrados;
15 - Oposição total, ou em parte, à suspensão ou excomunhão de padres casados;
16 - Oposição total, ou em parte, à excomunhão de teólogos e clérigos dissidentes e heréticos;
17 - Oposição total, ou em parte, à proibição da Ordenação ministerial de mulheres;
18 - Oposição total, ou em parte, à proibição da Ordenação presbiteral de homens casados, assim como de candidatos homossexuais;
19 - Oposição total, ou em parte, à proibição de preservativos sexuais;
20 - Oposição total, ou em parte, à proibição de anticonceptivos artificiais e abortivos;
21 - Aprovação total, ou em parte, das relações sexuais antes e fora do casamento;
22 - Oposição total, ou em parte, à indissolubilidade do Sacramento do Matrimónio;
23 - Oposição total, ou em parte, à proibição da Comunhão sacramental aos divorciados e recasados;
24 - Oposição total, ou em parte, à proibição da Comunhão sacramental aos abortistas e a outros pecadores públicos;
25 - Liberalização, ou desaprovação, do Sacramento da Confissão/Reconciliação, sobretudo quanto ao seu único formato canónico e tradicional;
26 - Liberalização, ou desaprovação, do Sacramento do Crisma/Confirmação;
27 - Liberalização do Sacramento do Baptismo, ou desaprovação enquanto a criança não alcançar o uso da razão;
28 - Liberalização da liturgia da Santa Missa/Eucaristia, ao ponto de poder ser reduzida a um simples banquete ou convívio social, assim como da liturgia dos Sacramentos e demais cerimónias religiosas em geral;29 - Não aceitação, nem sequer tolerância, da Missa Tradicional, que vigorou até ao Concílio Vaticano II (Rito Tridentino ou Romano, em latim), apesar de autorizado e recomendado pelo Papa Bento XVI;
30 - Liberalização no modo e uso do vestuário sacerdotal e do hábito dos religiosos;
31 - Desaprovação da actual Hierarquia eclesiástica, especialmente a nível de Bispos e Cardeais, nomeadamente quanto à sua eleição e à atribuição de jurisdição episcopal;
32 - Livre ecumenismo e diálogo inter-religioso, sem quaisquer regras nem restrições, mesmo em detrimento da Doutrina católica em geral;
33 - Liberalismo e relativismo moral, espiritual e cristão, quanto baste, ou segundo a veleidade de cada pessoa;
34 - Crença liberal e progressista, ou panteísta, de que em todas as religiões, ou mesmo sem elas, por falta de fé ou pelo livre-arbítrio, pode obter-se a Salvação eterna, dentro do princípio relativista de que Deus, sendo 'só' Amor (mas não Justiça) e já tendo redimido plenamente toda a humanidade, não pode castigar ou condenar ninguém, e menos ainda a penas eternas, por mais ímpio ou criminoso que seja...35 - Etc/etc...
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= 2.ª Parte =
Neo-modernismo
Eclesial e Social
1.1 - Deturpar ou alterar normas da Moral Cristã e Católica, quer por serem incómodas, quer por não se acreditar nelas, ou serem consideradas retrógradas, é praticamente um sacrilégio e heresia, na medida em que todas elas se fundam intrinsecamente nas Sagradas Escrituras, assim como na Civilização Cristã em geral.
1.2 - Todavia, isso mesmo nunca se praticou tanto, tão descarada e capciosamente, como nos últimos cinquenta anos, durante e sobretudo após o Concílio Ecuménico Vaticano II, de modo diabolicamente pertinaz, perverso e pernicioso.
1.3 - Certamente que tal rebelião anticatólica não foi o resultado de mera coincidência conciliar, mas sim uma premeditada e maquiavélica maquinação de muitos padres e religiosos, de alguns bispos e teólogos, vanguardistas e refractários, adeptos de um Concílio ecuménico moderno e modernista, secular e secularista, liberal e libertino, tanto quanto possível.
1.4 - E assim mesmo foi acontecendo, embora lenta e progressivamente, discreta e subtilmente, não tanto para evitar escândalos, mas sobretudo para evitar que tal revolução eclesial fosse detectada e denunciada, o que certamente provocaria uma eventual interrupção ou anulação do Concílio ecuménico, e portanto a frustração de tais reformas radicais...
1.5 - Houve, pois, uma estratégia dissidente e rebelde, artificiosamente montada e insidiosamente elaborada, claramente contrária aos puros ideais dos Papas Roncalli (João XXIII) e Montini (Paulo VI), estratagema que foi surtindo assim os seus maléficos efeitos, à revelia dos mesmos Papas, dos bons Cardeais, Bispos e Teólogos, que realmente pretendiam um santo Concílio universal, visando apenas o supremo bem espiritual da Igreja e dos Católicos em geral, tão-somente segundo a inspiração do Espírito Santo.
1.6 - Efectivamente, houve então um pano de fundo negro, imposto por Satanás e seus vis acólitos, como nos truques de magia, a fim de ocultar ou disfarçar traiçoeiramente tudo o que fosse considerado imoral, racionalista, relativista e neomodernista, dando assim uma falsa imagem positiva, progressista, liberal e humanista.
1.7 - Assim mesmo, da proposta de revisão inicial a apenas determinados itens da Moral Cristã, eventualmente considerados desactualizados e/ou menos eficazes, acabou por ser feita uma revisão genérica e radical, com o objectivo sinistro de, por seu turno e como base de trabalho, fazer-se exactamente o mesmo no respeitante à Doutrina em geral e aos próprios Dogmas do Magistério da Igreja.
2.1 - Se bem o pensaram, melhor o fizeram, e então, já com meio caminho andado -- com o projecto da Moral Cristã delineado, alterado e ratificado --, bem depressa chegaram ao cerne da questão, isto é, à distorção e reforma da Doutrina, da Liturgia, da Teologia e de alguns dos próprios Dogmas, pelo menos em parte.
2.2 - Foi um caminho longo e duro, muito melindroso e controverso, acabando por surtir uma grande parte do efeito negativo desejado, não só durante o tempo oficial do Concílio (de 1961 a 1965), mas sobretudo depois, a médio e a longo prazo, conforme os casos, pois a semente do mal e da confusão estava finalmente lançada, ia germinando, crescendo e dando os seus frutos, ainda que envenenados, pois foram fertilizados por Satanás e pelos seus espíritos malignos, com a conivência de muitos cristãos e católicos liberais e progressistas, rebeldes e traiçoeiros, designadamente alguns cardeais, bispos e teólogos, e muitos padres, religiosos e leigos; grande parte deles tendo-se aliado de algum modo aos protestantes e a várias outras seitas evangélicas, criando-se assim o chamado "ecumenismo", de acordo com a falsa doutrina e vã filosofia, contrária à Divina Revelação, de que todas as confissões cristãs dissidentes e reformistas, e até mesmo a maioria das religiões em geral, são viáveis, ou relativamente seguras, para se alcançar a salvação eterna.
2.3 - A pouco e pouco, foram feitas assim profundas remodelações e reformas a quase todos os níveis, quer na Doutrina e Teologia moral, quer na Doutrina e Teologia dogmática, chegando finalmente à própria Sagrada Escritura, ao Velho e ao Novo Testamento, e consequentemente a muitos capítulos e versículos do Santo Evangelho, a Palavra de Deus por Excelência, pondo assim em dúvida, e até mesmo refutando ou distorcendo em parte, inúmeras Verdades divinamente reveladas, imutáveis e insondáveis.
2.4 - Muitas passagens do Velho e do Novo Testamente foram assim revistas, reformuladas, reinterpretadas, adulteradas, qual reforma protestante, qual espírito filosófico e racionalista, quais ideologias e políticas modernas, progressistas e corruptas, como se Deus e a Sua Moral é que tivessem de ser adaptados ao homem, e não o homem a Deus -- Ele mesmo que muito seriamente advertiu que nem um 'til' nem uma 'vírgula' da Sua Doutrina, da Boa Nova, poderia jamais ser anulada ou alterada --, chegando-se assim ao cúmulo de classificar o próprio Deus, Uno e Trino, como retrógrado, tradicionalista, ou fundamentalista...
2.5 - E então, iníqua e gradualmente, foi-se criando e estabelecendo imensa confusão e descrença, muitos sacrilégios e heresias, grande materialismo e hedonismo, o pior relativismo moral e cristão de sempre, segundo os interesses levianos e imediatos de cada indivíduo, de cada católico progressista, inclusivamente a nível eclesiástico e religioso, o que constitui grave escândalo ou mau exemplo para a maioria dos leigos.
2.6 - E então, insensata e levianamente, deixou de haver a necessária devoção e reverência, especialmente em relação às Coisas sagradas e às Cerimónias religiosas, às Verdades eternas e aos próprios Sacramentos, assim como também uma deficiente educação e falta de respeito relativamente às pessoas e às virtudes, à religião e à espiritualidade, à ética e à moral, aos direitos e aos deveres, à oração e à penitência, etc.
2.7 - E então, trágica e finalmente, restaurou-se e fomentou-se, ainda mais e pior do que nunca: o laicismo e o secularismo, o consumismo e o racionalismo, a impiedade e a rebeldia, o egoísmo e o hedonismo, a crueldade e a vingança, o feminismo e o abortismo, a corrupção e a violência, o erotismo e o homossexualismo, a anarquia e o marxismo, etc...
3 - Deixou de haver, a nível familiar e social:a) Espírito de família -- pelo feminismo, por desconfiança e desrespeito entre mulher e marido, entre filhos e pais, e vice-versa, com graves desavenças e lares destruídos.
b) Amor conjugal -- por infidelidade e adultério mútuo, pelo feminismo radical, por violência (física e psicológica) entre cônjuges, assim como sobre os filhos, e vice-versa.
c) Indossubilidade matrimonial -- pela dissolução do marido e pai como chefe de família, por egoísmo e comodismo, com separações e divórcios facilitados, com filhos abandonados e maltratados.
d) Matrimónios cristãos -- por cada vez maior acesso a casamentos civis e uniões de facto, a abortos provocados e criminosos, pelas mães solteiras e prostituição, com mais filhos ilegítimos e marginalizados.
e) Paternidade e maternidade responsável -- por infidelidades e amantizações; pela proliferação do abortismo e liberalização dos crimes de aborto; pela filosofia egoísta e hedonista do filho único, etc.
f) Etc...
4 - Deixou de haver, a nível cristão e católico:a) Obrigatoriedade de respeitar e amar Sua Santidade o Papa;
b) Obrigatoriedade de estar em plena comunhão com o Papa e com a Igreja que ele representa e governa;
c) Obrigatoriedade de praticar e respeitar a Moral e a Doutrina do Magistério da Igreja;
d) Obrigatoriedade de acreditar em todos os Dogmas católicos;
e) Unicidade e pleno respeito na hermenêutica e apologética legítimas do Magistério da Igreja, mormente em relação às Sagradas Escrituras.
f) Unicidade na Liturgia e nos Ritos da Santa Missa, dos Sacramentos e demais celebrações cristãs e cerimónias religiosas;
g) Fidelidade clerical e religiosa -- devido à proliferação de padres e religiosos inaptos e medíocres, rebeldes e dissidentes, sacrílegos e heréticos, casados e amantizados, sobretudo pela má formação e deficiente selecção nos Seminários;
h) Fidelidade episcopal e eclesial -- pela falta de obediência, de respeito e de comunhão total com o Bispo de Roma, como legítimo Sucessor de S. Pedro, da parte de muitos Bispos e de alguns Cardeais, nomeadamente quanto a alguns pontos essenciais da Doutrina, da Teologia e da Moral, assim como no respeitante à integridade, ao serviço e à santidade;
i) Etc...
5 - Deixou de haver, a nível espiritual e cristão:
a) Fidelidade total aos Dogmas cristãos -- deixando de se acreditar em alguns Dogmas católicos, ou não respeitá-los, criticando-os negativa e publicamente;
b) Proibição absoluta do aborto provocado -- admitindo ou tolerando algumas excepções ao aborto voluntário, e pior ainda, aceitando ou tolerando maioritariamente o aborto criminoso até às dez semanas de vida do Nascituro;
c) Respeito pelo Matrimónio -- criando mau ambiente familiar, praticando livremente o adultério, divorciando-se levianamente pelo civil e voltando a casar, ou vivendo amantizado;
d) Deveres da Família Cristã -- não só omitindo a educação moral e cristã aos filhos, como também não mandando-os à Catequese e à Santa Missa, à Confissão e à Sagrada Comunhão, para além de darem-lhes maus exemplos;
e) Respeito pela Castidade -- não ensinando as virtudes da pureza e da modéstia cristã ao filhos, sobretudo através do bom exemplo, como ainda permitindo que eles andem com más companhias e tenham experiências sexuais antes do casamento;
f) Respeito pelos Sacramentos -- negando ou desvalorizando o valor e a obrigação dos Sacramentos do Baptismo e do Crisma, da Confissão e da Eucaristia, ou não recebendo a Sagrada Comunhão na Graça de Deus;
g) Fidelidade às Orações e à Santa Missa -- não assistindo regularmente à Eucaristia nos Domingos e Dias Santos de guarda, nem sequer rezando-se pessoalmente ou em família, em especial o Terço do Rosário;
h) Etc/etc...
h) Etc/etc...
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A T E N Ç Ã OQueiram ler e meditara série já completa
da Visão de D. Boscosobre Domingos Sávio
e o PARAÍSO CELESTE
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fonte:Nova Evangelização Católica(José Mariano)