(2/5/2010) Esta tarde, na Praça São Carlos, Bento XVI encontrou os jovens de Turim e das dioceses do Piemonte. Depois da saudação ao Papa do Cardeal Severino Poletto, dois jovens, um rapaz e uma rapariga manifestaram os propósitos, as problemáticas e as expectativas da juventude daquela cidade e região da Itália setentrional.
No seu discurso Bento XVI retomou a sua mensagem deste ano para o dia mundial da juventude quando fala do jovem do Evangelho que pede a Jesus «Bom Mestre, que devo fazer para alcançar a vida eterna?»
Hoje, disse o Papa – não é fácil falar de vida eterna e de realidades eternas, porque a mentalidade do nosso tempo diz-nos que não existe nada que seja definitivo: muda tudo e velozmente. “Mudar” , tornou-se em muitos casos, a palavra de ordem, o exercício mais exaltante da liberdade, e desta maneira – salientou Bento XVI – também vós jovens sois levados a pensar que é impossível efectuar opções definitivas que empenham para a vida inteira.
E acrescentou: Deus criou-nos em vista do “para sempre”, colocou no coração de cada um de nós a semente para uma vida que realize algo belo e grande. Tende a coragem de efectuar opções definitivas e vivei-as com fidelidade. O Senhor poderá chamar-vos ao matrimónio, ao sacerdócio, á vida consagrada, a um dom particular de vós mesmos: respondei-lhe com generosidade.
Hoje, disse depois o Papa, dirigindo-se aos jovens de Turim e do Piemonte, vivemos num contesto cultural que não favorece relações humanas profundas e desinteressadas mas, pelo contrario, leva muitas vezes a fechar-se em si mesmo, no individualismo, a deixar prevalecer o egoísmo que existe no homem. Mas o coração de um jovem é por natureza sensível ao amor verdadeiro. Por isso – acrescentou o Papa - dirijo-me com grande confiança a cada um de vós e digo-vos: não é fácil fazer da vossa vida algo que seja lindo e grande, é de grande empenho , mas com Cristo todo é possível.
Que cada um de vós – foram os votos conclusivos do Papa – se sinta parte viva da Igreja, envolvido na obra de evangelização, sem medo, num espírito de harmonia sincera com os irmãos na fé e em comunhão com os Pastores, saindo de uma tendência individualista também na vivencia da fé, para respirar com os pulmões cheios a beleza de fazer parte do grande mosaico da Igreja de Cristo.
fonte:radio vaticano