- E senti o espírito inundado por um mistério de luz que é Deus e N´Ele vi e ouvi -A ponta da lança como chama que se desprende, toca o eixo da terra, – Ela estremece: montanhas, cidades, vilas e aldeias com os seus moradores são sepultados. - O mar, os rios e as nuvens saem dos seus limites, transbordam, inundam e arrastam consigo num redemoinho, moradias e gente em número que não se pode contar , é a purificação do mundo pelo pecado em que se mergulha. - O ódio, a ambição provocam a guerra destruidora! - Depois senti no palpitar acelerado do coração e no meu espírito o eco duma voz suave que dizia: – No tempo, uma só Fé, um só Batismo, uma só Igreja, Santa, Católica, Apostólica: - Na eternidade, o Céu! (escreve a irmã Lúcia a 3 de janeiro de 1944, em "O Meu Caminho," I, p. 158 – 160 – Carmelo de Coimbra)
sábado, 9 de maio de 2009
Bento XVI afirmou ser a “manipulação ideológica da religião, às vezes para fins políticos, o verdadeiro catalisador de tensões "
Bento XVI denuncia «manipulação ideológica da religião»
Papa falou na maior Mesquita da Jordânia entre chefes religiosos e corpo diplomático
Bento XVI denunciou este Sábado, na Mesquita al-Hussein bin-Talal, em Amã, a manipulação ideológica da religião para fins políticos, o que pode conduzir à violência.
O Papa falava perante os chefes religiosos muçulmanos, o corpo diplomático e com os reitores das universidades jordanas e rejeitou a posição dos que acreditam que a “religião é necessariamente uma causa de divisão no nosso mundo” e que afirmam que “quanto menor atenção for dada à religião, melhor”.
Reconhecendo a existência de tensões e divisões entre os membros de diferentes tradições religiosas”, Bento XVI afirmou ser a “manipulação ideológica da religião, às vezes para fins políticos, o verdadeiro catalisador de tensões e divisões, e até, a violência na sociedade”.
Esta situação, considerou, obriga os crentes a “serem coerentes com os seus princípios e convicções”.
“Muçulmanos e cristãos, precisamente por causa do peso de uma história marcada por mal-entendidos, devem agora esforçar-se, para, reconhecer a sua comum origem de Deus e lutar pela dignidade de cada pessoa humana”.
Bento XVI citou algumas iniciativas promovida pela Jordânia na promoção do diálogo inter-religioso, afirmando que o país constitui um exemplo “persuasivo para a região e para todo o mundo” da contribuição positiva e criativa que a religião pode e deve dar à sociedade civil.
O Papa quis reforçar a possibilidade de muçulmanos e cristãos “assumirem juntos a tarefa de abraçar o bem comum” mesmo que tenham de “pagar preços pessoais”.
Bento XVI deixou um apelo final para que “diplomatas e comunidade internacional, líderes políticos e religiosos locais” façam o possível para “garantir à antiga comunidade cristã o direito fundamental da coexistência pacífica com os próprios concidadãos”.
O Papa saudou ainda a presença do Patriarca de Bagdad, Emmanel II Delly, presente no encontro como representante da comunidade cristã iraquiana que vive na Jordânia.