- E senti o espírito inundado por um mistério de luz que é Deus e N´Ele vi e ouvi -A ponta da lança como chama que se desprende, toca o eixo da terra, – Ela estremece: montanhas, cidades, vilas e aldeias com os seus moradores são sepultados. - O mar, os rios e as nuvens saem dos seus limites, transbordam, inundam e arrastam consigo num redemoinho, moradias e gente em número que não se pode contar , é a purificação do mundo pelo pecado em que se mergulha. - O ódio, a ambição provocam a guerra destruidora! - Depois senti no palpitar acelerado do coração e no meu espírito o eco duma voz suave que dizia: – No tempo, uma só Fé, um só Batismo, uma só Igreja, Santa, Católica, Apostólica: - Na eternidade, o Céu! (escreve a irmã Lúcia a 3 de janeiro de 1944, em "O Meu Caminho," I, p. 158 – 160 – Carmelo de Coimbra)
quinta-feira, 14 de maio de 2009
Bento XVI :"Anunciar Deus através do mundo, testemunhando-O e divulgando a sua mensagem de paz e unidade"
Antes de regressar a Jerusalém, no Santuário da Anunciação de Nazaré, no fim da tarde, Bento XVI celebrou as Vésperas com bispos, sacerdotes, religiosos, religiosas ,movimentos eclesiais e agentes pastorais da Galileia.
Na homilia Bento XVI começou por meditar sobre o mistério da incarnação, visto como uma nova criação, em que Deus pede e recebe o assentimento da humanidade, na pessoa de Maria.
“O que aconteceu aqui em Nazaré, longe dos olhares do mundo, foi um singular acto de Deus, uma potente intervenção na história, através da qual foi concebida uma criança que trazia a salvação ao mundo inteiro. A maravilha da Incarnação continua a desafiar-nos a abrir a nossa compreensão às ilimitadas possibilidades da potência transformadora de Deus, do Seu amor por nós, do Seu desejo de nos unir a si”.
“No Estado de Israel e nos Territórios Palestinianos, os cristãos constituem uma minoria da população. Porventura até sentem por vezes que a sua voz nada conta. Muitos dos nossos amigos cristãos emigraram, na esperança de encontrar noutro lado mais segurança e melhores perspectivas. A situação deles faz-nos pensar na virgem Maria, que viveu na obscuridade de Nazaré, com poucos meios, em termos de dinheiro ou influência. E contudo, segundo as palavras de Maria no seu esplêndido hino de louvor, o Magnificat, Deus olhou para a humildade da sua serva e encheu de bens os famintos”.
“Como Maria – assegurou o Papa – também vós tendes um papel a desempenhar no plano salvador de Deus, anunciando Deus através do mundo, testemunhando-O e divulgando a sua mensagem de paz e unidade”.
“É essencial que permaneçais unidos entre vós, de tal modo que a Igreja na Terra Santa possa ser claramente reconhecida como sinal e instrumento de comunhão com Deus e da unidade de todo o género humano. A vossa unidade na fé, na esperança e no amor é fruto do Espírito Santo que permanece em vós e vos torna capazes de ser realmente instrumentos da paz de Deus, ajudando a construir uma autêntica reconciliação entre os diferentes povos que reconhecem Abraão como seu pai na fé”.