- E senti o espírito inundado por um mistério de luz que é Deus e N´Ele vi e ouvi -A ponta da lança como chama que se desprende, toca o eixo da terra, – Ela estremece: montanhas, cidades, vilas e aldeias com os seus moradores são sepultados. - O mar, os rios e as nuvens saem dos seus limites, transbordam, inundam e arrastam consigo num redemoinho, moradias e gente em número que não se pode contar , é a purificação do mundo pelo pecado em que se mergulha. - O ódio, a ambição provocam a guerra destruidora! - Depois senti no palpitar acelerado do coração e no meu espírito o eco duma voz suave que dizia: – No tempo, uma só Fé, um só Batismo, uma só Igreja, Santa, Católica, Apostólica: - Na eternidade, o Céu! (escreve a irmã Lúcia a 3 de janeiro de 1944, em "O Meu Caminho," I, p. 158 – 160 – Carmelo de Coimbra)
terça-feira, 26 de maio de 2009
Algumas fotos da Visita de Bento XVI à Abadia de Montecassino onde jaz S.Bento e Santa Escolástica
Bento XVI presidiu à celebração de Vésperas, na basílica da Abadia, com a participação de Abades beneditinos, monges e monjas vindos de todo o mundo. Na alocução então pronunciada, Bento XVI deteve-se na figura de São Bento, “eminente mestre de vida monástica”, “doutor de sabedoria espiritual no amor à oração e ao trabalho”, “guia irradiante para a luz do Evangelho”, conduzindo os homens de todos os tempos a procurarem a Deus e as riquezas eternas que Ele preparou”.
“Sim, Bento foi luminoso exemplo de santidade, indicando aos monges Cristo como único grande ideal. Foi mestre de civilização que, propondo uma visão adequada e equilibrada das exigências divinas e das finalidades últimas do homem, teve sempre também bem presentes as necessidades e as razões do coração, para que, no conjunto das relações sociais não se perdesse de vista uma unidade de espírito capaz de construir e alimentar sempre a paz”.
Seguindo o caminho vivido e traçado por São Bento. “os mosteiros tornaram-se, no decurso dos séculos, fervorosos centros de diálogo, de encontro e de benéfica fusão entre populações diversas, unificadas pela cultura evangélica da paz”.
“Os monges souberam ensinar, com a palavra e o exemplo, a arte da paz, concretizando os três vínculos que Bento indica como necessários para conservar a unidade do Espírito entre os homens: a Cruz, que é a própria lei de Cristo; o livro – ou seja, a cultura; e o arado, que indica o trabalho, o domínio sobre a matéria e sobre o tempo.
Graças à actividade dos mosteiros, articulada no tríplice empenho quotidiano da oração, do estudo e do trabalho, povos inteiros do continente europeu conheceram um autêntico resgate e um benéfico desenvolvimento moral, espiritual e cultural, educando-se ao sentido da continuidade com o passado, à acção concreta a favor do bem comum, à abertura a Deus e à dimensão transcendente”.