- E senti o espírito inundado por um mistério de luz que é Deus e N´Ele vi e ouvi -A ponta da lança como chama que se desprende, toca o eixo da terra, – Ela estremece: montanhas, cidades, vilas e aldeias com os seus moradores são sepultados. - O mar, os rios e as nuvens saem dos seus limites, transbordam, inundam e arrastam consigo num redemoinho, moradias e gente em número que não se pode contar , é a purificação do mundo pelo pecado em que se mergulha. - O ódio, a ambição provocam a guerra destruidora! - Depois senti no palpitar acelerado do coração e no meu espírito o eco duma voz suave que dizia: – No tempo, uma só Fé, um só Batismo, uma só Igreja, Santa, Católica, Apostólica: - Na eternidade, o Céu! (escreve a irmã Lúcia a 3 de janeiro de 1944, em "O Meu Caminho," I, p. 158 – 160 – Carmelo de Coimbra)
domingo, 3 de maio de 2009
Ser homens de oração e de serviço para ser sacerdotes santos segundo o coração de Deus, foi o convite de Bento XVI que na Basílica de São Pedro ordeno
Bento XVI presidiu este Domingo, 3 de Maio, à Missa na Basílica de São Pedro, na qual conferiu a ordenação sacerdotal a 19 diáconos da Diocese de Roma. Entre os novos padres, 13 são italianos; os restantes seis provêm da Nigéria, Haiti, Croácia, Republica Checa, Chile e Coreia do Sul.
A cerimónia aconteceu no 46.º Dia Mundial de Oração pelas Vocações.
Com o Papa concelebraram o vigário geral para a Diocese de Roma, cardeal Agostinho Vallini, os Bispos auxiliares, os superiores dos seminários com candidatos e os párocos dos que serão ordenados.
O mundo muitas vezes não quer compreender os cristãos, nem estar a ouvir os padres, porque isto colocá-los-ia em estado de crise. E a mentalidade mundana ás vezes insidia também a Igreja contagiando os seus membros e os próprios padres. Esta a reflexão de Bento XVI durante a homilia da Missa.
Jesus – recordou o Papa – experimentou sobre si a recusa de Deus da parte do mundo, a incompreensão, a indiferença, o deturpação do rosto de Deus. O mundo, na acepção desta palavra no Evangelista João, não compreende o cristão, não compreende os ministros do Evangelho; um pouco porque de facto não conhece Deus e um pouco porque não o quer conhecer. O mundo – acrescentou - não quer conhecer Deus e escutar os seus ministros porque isto o colocaria em estado de crise.
E a este ponto da sua homilia Bento XVI convidou a prestar atenção a uma realidade de facto: insidia também a Igreja, contagiando os seus membros e os próprios ministros ordenados. O mundo – explicou – é uma mentalidade, uma maneira de pensar e de viver que pode corromper também a Igreja, e de facto a corrompe, portanto exige uma constante vigilância e purificação.
Prosseguindo a sua homilia o Santo Padre dirigiu depois um forte apelo aos presbíteros a serem homens de oração.
“O nosso ministério está totalmente ligado a este permanecer em Deus que equivale a rezar, e dele deriva a sua eficácia. Nesta perspectiva devemos pensar nas varias formas de oração de um padre, antes de mais a Santa Missa quotidiana. A celebração eucarística é o maior e mais elevado acto de oração, e constitui o centro e a fonte da qual também as outras formas recebem a “seiva”: a liturgia das horas, a adoração eucarística, a lectio divina, o terço do Rosário, a meditação. O sacerdote que reza bem – comentou Bento XVI – é progressivamente expropriado de si mesmo e cada vez mais unido a Jesus Bom Pastor e Servo dos irmãos”..
O Papa concluiu a sua homilia com um convite: “ sede sempre homens de oração e de serviço, para vos tornardes no exercício fiel do vosso ministério, sacerdotes santos segundo o coração de Deus”.