- E senti o espírito inundado por um mistério de luz que é Deus e N´Ele vi e ouvi -A ponta da lança como chama que se desprende, toca o eixo da terra, – Ela estremece: montanhas, cidades, vilas e aldeias com os seus moradores são sepultados. - O mar, os rios e as nuvens saem dos seus limites, transbordam, inundam e arrastam consigo num redemoinho, moradias e gente em número que não se pode contar , é a purificação do mundo pelo pecado em que se mergulha. - O ódio, a ambição provocam a guerra destruidora! - Depois senti no palpitar acelerado do coração e no meu espírito o eco duma voz suave que dizia: – No tempo, uma só Fé, um só Batismo, uma só Igreja, Santa, Católica, Apostólica: - Na eternidade, o Céu! (escreve a irmã Lúcia a 3 de janeiro de 1944, em "O Meu Caminho," I, p. 158 – 160 – Carmelo de Coimbra)
quarta-feira, 27 de maio de 2009
Bento XVI pede aos leigos que assumam maiores responsabilidades na vida da Igreja povo de Deus e Corpo de Cristo, e exorta a um renovado espírito mis
Na tarde desta terça feira, na abertura do Congresso Diocesano de Roma, Bento XVI defendeu a retomada das acções de evangelização, incentivando os jovens que, cresceram numa sociedade individualista, a experimentar a beleza de representar a Igreja.
Às centenas de fiéis presentes na Basílica de São João de Latrão, na abertura deste encontro diocesano, o pontífice pediu que criem grupos missionários nos seus locais de trabalho, já que é nestes ambientes que passam grande parte do dia. E exortou também a um renovado espírito missionário, para mostrar aos homens e às mulheres o amor de Deus.
Antes de proferir o seu discurso, Bento XVI foi saudado pelo Cardeal Agostinho Vallini, seu vigário para a diocese de Roma, o qual recordou que a Igreja sofreu nos últimos meses, ao ver que os discursos e decisões do Papa foram interpretados de maneira errada.
No seu discurso, o Papa pediu maior sintonia entre a diocese e os movimentos eclesiais. Chamou a atenção para o sofrimento das novas gerações com o enfraquecimento das relações pessoais, mas disse que o cristianismo é capaz de superar o individualismo e a solidão.
Para Bento XVI, os leigos devem deixar de ser apenas colaboradores do clero e assumir maiores responsabilidades na vida da Igreja, na sua tarefa de promover a evangelização. “Todos fazem parte do povo de Deus, desde o Papa até a última criança baptizada” - salientou.
Em seguida, o pontífice alertou para as “rivalidades, controvérsias e invejas” existentes dentro da Igreja, afirmando que os movimentos devem estar atentos aos seus percursos de formação e à pertença à comunidade paroquial.
Voltou a esclarecer que o Concílio Vaticano II não foi um momento de ruptura com o passado, e criticou os excessos de interpretações sociológicas sucessivas ao encontro. “O Concílio foi um evento de real e profunda renovação” – frisou.
Este Congresso da diocese de Roma intitula-se “Pertença eclesial e co-responsabilidade pastoral”. O encontro final será novamente em São João de Latrão, na próxima sexta-feira, e será o cardeal vigário a proferir a intervenção conclusiva.