Que a orientação do sacerdote e os fiéis durante a celebração do Santo Sacrifício do Altar é a mesma e´o que caracteriza a Missa Tradicional. Transcrevemos, nesse sentido, todo o prólogo que o Cardeal Ratzinger escreveu no livro do Padre Uwe Michael Lang, "Regresso ao Senhor. A orientação da oração litúrgica :
"Para o católico praticante normal são dois os resultados mais evidentes da reforma litúrgica do Concílio Vaticano II: o desaparecimento do latim e o altar orientado para o povo.
Quem lê os textos conciliares pode constatar com espanto que, nem uma nem outra pode ser encontrada nestes textos desta forma.
" Ao vernáculo, naturalmente, teve que dar- se espaço, de acordo com as intenções do Concílio (1) nomeadamente na área da Liturgia da Palavra, mas no texto conciliar, a norma geral imediatamente anterior diz:" Conservar-se-á O uso da língua latina nos ritos latinos, salvo o direito particular "(2).
"O texto conciliar não fala na orientação do altar para o povo. Fala -se sobre este assunto nas instruções post-conciliares. A mais importante delas é o a Institutio generalis Missalis Romani, a Introdução Geral ao novo Missal Romano de 1969, onde no número 262 lê-se: "Construía-se o altar separado da parede, de modo que se possa rodar facilmente e a celebração se possa fazer de cara para o povo.” A introdução à nova nova edição do Missal Romano de 2002 tomou este texto à letra, mas no final acrescenta o seguinte: "é desejável onde seja possível.
" Muitos vêem neste acrescento uma rígida leitura do texto de 1969, no sentido de que haja agora uma obrigação geral de construir ", onde seja possível "o altar de frente para o povo. Essa interpretação, porém, foi rejeitada pela competente Congregação para o Culto Divino em 25 de setembro de 2000, quando explicou que a palavra" expedit "[ é desejável] não expressa uma obrigação, mas um conselho.
Temos de distinguir o que a Congregação disse acerca da orientação física da espiritual. Quando o sacerdote celebra versus populum, sua orientação espiritual deve ser sempre versus Deum per Iesum Christum (para Deus através de Jesus Cristo). Dado que ritos, sinais, símbolos e palavras nunca podem esgotar a realidade última do mistério da salvação, é preciso evitar posições unilaterais e absolutas sobre o assunto.