sábado, 20 de novembro de 2010

— Quem sois, linda Senhora, e que desejais de mim, que sou só uma sofrida monja? — Sou Maria do Bom Sucesso, a Rainha dos Céus e da Terra. Porque me invocaste com terno afeto, venho do Céu consolar teu aflito coração. Tuas orações, lágrimas e penitências são muito agradáveis a nosso Pai Celestial. Na mão direita, tenho o báculo que vês, pois quero governar este meu mosteiro como Priora e Mãe. Satanás quer destruir esta obra de Deus, mas não o conseguirá, porque Eu sou a Rainha das Vitórias e a Mãe do Bom Sucesso, sob cuja invocação quero fazer prodígios em todos os séculos.

Nossa Senhora do Bom Sucesso
Imagem de Nossa Senhora do Bom Sucesso venerada no Mosteiro Real de La Limpia Concepción, em Quito. Durante a maior parte do ano a Imagem permanece no coro da igreja, local então acessível apenas para as religiosas enclausuradas. Nesta foto, encontra-se no altar-mor da igreja, exposta para veneração pública.

Sou a Rainha das Vitórias e a Mãe do Bom Sucesso


Carlos Antonio E. Hofmeister Poli

Há 400 anos Nossa Senhora apareceu a uma religiosa espanhola no mosteiro das concepcionistas em Quito, e ordenou que se confeccionasse uma imagem sua, sob as invocações de Rainha das Vitórias e Mãe do Bom Sucesso.
Profetizou impressionantes acontecimentos para os séculos futuros, inclusive o nosso.

     Nossa Senhora apareceu em 2 de fevereiro de 1610 a Madre Mariana de Jesus Torres, espanhola da alta nobreza, uma das oito fundadoras do mosteiro das concepcionistas de Quito (Equador), para ordenar-lhe a confecção de uma imagem a Ela dedicada. Estamos, portanto, no ano do IV centenário dessa aparição.
     A milagrosa imagem de Nossa Senhora do Bom Sucesso venera-se no Monasterio Real de La Limpia Concepción, em Quito, primeiro convento de monjas contemplativas da América do Sul, fundado em 1577 sob os auspícios do rei de Espanha Filipe II.
     Neste artigo serão apresentadas as importantes relações que a devoção a essa imagem tem com os dias atuais.
     Plinio Corrêa de Oliveira e a devoção a Nossa Senhora do Bom Sucesso
Plinio Corrêa de Oliveira
Dr. Plinio jamais duvidou da vitória da Contra-Revolução em nossos dias
     É fácil entender a particular devoção de Dr. Plinio, autor de Revolução e Contra-Revolução, a Nossa Senhora do Bom Sucesso. Com efeito, em suas aparições, Nossa Senhora previu a enorme crise de fé e moral de nossos dias e prometeu especial proteção a quem a Ela recorresse sob a invocação do Bom Sucesso.
     Ora, tendo ele tomado como ideal de vida combater a multissecular crise revolucionária que assola a civilização atual, para isso organizou e dirigiu uma reação verdadeiramente profética. Jamais duvidou da vitória dessa reação, pois sua esperança estava inteiramente posta na mediação universal d’Aquela que esmagou a cabeça da serpente.
     Não havia invocação nem atributo autêntico da Santíssima Virgem que deixasse de despertar nele o mais nobre entusiasmo, manifestado de modo veemente ou discreto, conforme as circunstâncias, mas sempre relacionado com a ordem hierárquica do universo, do qual Nossa Senhora é a Rainha. Não seria incorreto dizer que este foi o ponto mais característico da sua vida de piedade.
     Para Plinio Corrêa de Oliveira, as imagens de Nossa Senhora do Bom Sucesso e da Virgen Blanca que se venera em Toledo (Espanha) são as que mais correspondem à idéia que ele fazia de Nossa Senhora, tal como Ela se encontra em seu trono no Céu.
     Sua jornada de trabalhos, e principalmente de lutas, estendia-se até as três horas da manhã, quando fazia a oração da noite, para a qual convidava os que com ele estivessem na ocasião: algumas preces, o ósculo de várias relíquias de santos canonizados, e concluía rezando três vezes a jaculatória Mater a Bono Successu, diante de um quadro d´Ela. Olhava-o com indizível ternura e se despedia de todos.
     Madre Mariana conheceu o futuro do mosteiro e as imensas calamidades do séc. XX
     Situemo-nos no ano de 1556. Matronas da cidade de Quito, devotas de Maria Imaculada (o dogma só viria a ser proclamado em 1854), desejosas de ter em sua cidade um mosteiro de religiosas concepcionistas, pediram a Filipe II a fundação naquela colônia de um mosteiro consagrado à Imaculada Conceição. O rei enviou, para atender a tão excelente pedido, um grupo de religiosas fundadoras, tendo à testa a Rvda. Madre Maria de Jesus Talvada, descendente de nobre e antiga casa da Galícia, e também a sobrinha desta, a cândida menina Mariana.
Madre Mariana de Jesus Torres
A admirável Madre Mariana de Jesus
     A par de sua candura, era Mariana notável por sua rara formosura de alma e de corpo. Grande devota do Santíssimo Sacramento, dotada do dom da profecia, conheceu as inumeráveis dificuldades e sofrimentos pelos quais passariam as religiosas; e, uma vez fundado o mosteiro, o ódio e as perseguições do demônio contra a comunidade ao longo dos séculos. Teve ainda conhecimento de que o mosteiro duraria até o fim do mundo, e que nele haveria sempre uma alma santa, em todos os tempos. Foi-lhe também revelado que a Rainha dos Céus comunicar-se-ia com ela por meio de aparições.
     A 13 de janeiro de 1577, fundava-se o mosteiro. Mariana não pôde professar na ocasião, por ter apenas 13 anos. Iniciou seu noviciado e professou aos 15, com o nome de Mariana de Jesus.
     A vida de Madre Mariana de Jesus Torres é um portento de santidade. Mantinha profunda intimidade com seu anjo da guarda, e sua devoção dominante era a Jesus Sacramentado. Êxtases, visões e revelações alternavam-se com terríveis perseguições, não só do demônio como também de religiosas relapsas.
     Certo dia ocorreu com suas irmãs de hábito algo muito grave. Madre Mariana sofreu em silêncio e recorreu a Nosso Senhor, comunicando-Lhe seus tormentos. O Divino Redentor apareceu-lhe e disse:
     — Quando te desposei, experimentei com cuidado tua vontade.
     — Senhor — respondeu Madre Mariana — minha vontade está pronta, mas a carne é fraca.
     Ao que Nosso Senhor acrescentou: 
     — Não te faltará fortaleza, assim como não falta nada à alma que Me pede.[1]
     Nesse momento, viu ela Jesus Cristo no Gólgota, quando Ele começava a agonizar. Aterrorizada, exclamou: “Senhor, sou eu a culpada, castiga-me e poupa teu povo!”. Apareceu-lhe então a Santíssima Virgem, que lhe disse: “Não és tu a culpada, mas o mundo criminoso. Estes castigos são para o séc. XX”. Viu então três espadas, cada uma com uma legenda: Castigarei a heresia; Castigarei a blasfêmia; Castigarei a impureza.[2]
     A Santíssima Virgem prosseguiu: “Queres, minha filha, sacrificar-te por este povo?”. Madre Mariana respondeu: “Minha vontade está pronta”. As espadas cravaram-se em seu coração, e ela caiu morta pela violência da dor.[3] Morreu verdadeiramente Madre Mariana, e foi apresentada ao juízo de Deus: o Padre Eterno regozijou-se por tê-la criado; o Filho Divino, por tê-la redimido e tomado por esposa; e o Espírito Santo, por tê-la santificado.
     Estava no Céu a alma de Madre Mariana, enquanto na Terra se elevavam orações fervorosas por sua vida. Nosso Senhor, querendo atender a essas súplicas, fez Madre Mariana ver como as orações por sua vida subiam ao trono de Deus. Apresentou-lhe duas coroas — uma de glória imortal, e a outra cercada de espinhos — enquanto lhe dizia: “Esposa minha, escolhe uma destas coroas”. E a fazia entender que, com a coroa de glória, ficaria no Céu, ao passo que com a outra voltaria a padecer no mundo. Madre Mariana pediu que a Divina Majestade escolhesse, e não ela. Nosso Senhor respondeu: “Não. Quando te tomei por esposa, provei tua vontade, e agora faço o mesmo”.[4]
     Madre Mariana teve então conhecimento do futuro do mosteiro, das monjas que se salvariam e das que se condenariam; das imensas calamidades do séc. XX, durante o qual choveria fogo do Céu, consumindo os homens e purificando a Terra; das almas daquele mosteiro, as quais, por sua santidade, aplacariam a cólera divina. Voltou-se então para Nossa Senhora e pediu que Ela mesma governasse o mosteiro; e aceitou retornar à Terra, tendo então escolhido, humilde e resignada, a coroa de espinhos. Regressava à vida, com seus 20 anos de idade.
     Origem da milagrosa imagem
Nossa Senhora do Bom Sucesso no coro da igreja
A Imagem no coro da igreja, em área de clausura do mosteiro. Nota-se a cadeira da Abadessa em frente à Imagem. "É vontade de meu Filho Santíssimo que tu mandes executar uma estátua minha tal qual me vês, e a coloques sobre a cátedra da Priora para que daí governe meu Mosteiro" (aparição de 16/1/1599). Foto tirada por ocasião de uma transladação para o altar-mor.
     A vida de Madre Mariana de Jesus Torres, a quem Nossa Senhora do Bom Sucesso apareceu, foi escrita com admirável unção por Frei Manoel de Sousa Peraira, na segunda metade do séc. XVIII, baseando-se no Cuadernón,[5] que ele pôde consultar.
     Este Cuadernón foi posteriormente escondido, em local e data desconhecidos, a fim de preservá-lo das perseguições religiosas pelas quais viria a passar o Equador nos séculos XIX e XX.
     No livro A Vida Admirável da Rvda. Madre Mariana de Jesus Torres, de 264 páginas, no qual se baseiam estas linhas, Frei Manoel relata pormenorizadamente as três mortes e duas ressurreições de Madre Mariana, sua atuação como religiosa modelar, seus sofrimentos e lutas, os estigmas de Nosso Senhor Jesus Cristo (os quais ela recebeu aos 25 anos) e outros fatos extraordinários de sua admirável vida mística. Seu corpo incorrupto, que assim se conserva desde sua derradeira morte em 16 de janeiro de 1635, em capela de seu mosteiro, confirma alguns desses fatos.
     Neste artigo, limitar-nos-emos a abordar mais extensamente a aparição de Nossa Senhora para lhe ordenar a confecção de sua imagem, e como esta foi realizada; ocupar-nos-emos também das revelações que Madre Mariana recebeu da Santíssima Virgem, com referência particular aos dias em que vivemos.
     No ano de 1610, rezava insistentemente Madre Mariana à primeira hora da madrugada, prostrada ao solo no coro, pelas necessidades de seu mosteiro, da colônia espanhola da América e da Igreja, quando notou a presença de uma Senhora de extraordinária formosura, sustentando no braço esquerdo um Menino belo como a aurora. Emocionada, a religiosa perguntou:
     — Quem sois, linda Senhora, e que desejais de mim, que sou só uma sofrida monja?
     — Sou Maria do Bom Sucesso, a Rainha dos Céus e da Terra. Porque me invocaste com terno afeto, venho do Céu consolar teu aflito coração. Tuas orações, lágrimas e penitências são muito agradáveis a nosso Pai Celestial. Na mão direita, tenho o báculo que vês, pois quero governar este meu mosteiro como Priora e Mãe. Satanás quer destruir esta obra de Deus, mas não o conseguirá, porque Eu sou a Rainha das Vitórias e a Mãe do Bom Sucesso, sob cuja invocação quero fazer prodígios em todos os séculos.
Madre Mariana de Jesus Torres mede a estatura de Nossa Senhora
     É vontade de meu Filho Santíssimo que mandes confeccionar uma imagem, tal como me vês, e que a coloques no trono da abadessa. Na minha mão direita porás o báculo e as chaves da clausura, em sinal de minha propriedade e autoridade. Em minha mão esquerda porás meu Divino Filho. Eu mesma governarei este meu Mosteiro.[6]
     — Senhora — ponderou a religiosa — como realizar tudo isso, se até desconheço Vossa estatura?
     — Dá-me o cordão franciscano que trazes à cintura.
     A Santíssima Virgem o tomou e colocou uma de suas extremidades na mão de seu Divino Filho, que o aplicou à cabeça da Mãe, indicando a Madre Mariana que, com a outra ponta, tocasse seus pés. O cordão milagrosamente se esticou, até alcançar a estatura exata da Santíssima Virgem.
     — Aqui tens, minha filha, a medida de tua Mãe do Céu. Meu servo Francisco del Castilho, a quem explicarás minhas feições e minha postura, talhará minha imagem, pois tem reta consciência e observa religiosamente os mandamentos de Deus e da Igreja. De tua parte, ajuda-o com orações e humildes sofrimentos.[7]
     Francisco del Castillo preparou-se com penitências, para tão alto encargo: confessou-se, comungou, e no dia 15 de setembro de 1610 iniciou a confecção da imagem. Quando faltavam apenas os retoques finais, certo de que a imagem, embora satisfatória, nem de longe representava o que Madre Mariana havia visto, resolveu não só fazer mais penitência, mas saiu de viagem em busca das melhores tintas para concluir o trabalho. De regresso, surpreendeu-se ao encontrar já concluída a imagem. Diante do bispo, fez juramento escrito para testemunhar que a imagem não era obra sua, e que a havia encontrado, ao voltar, com uma forma muito diferente da que havia deixado, seis dias antes.
     Madre Mariana de Jesus descreve assim os acontecimentos: rezava às três horas da madrugada do dia 16 de janeiro de 1611, no coro, onde estava a imagem que ia sendo esculpida por Francisco del Castillo, quando viu os arcanjos São Miguel, São Gabriel e São Rafael, os quais se apresentavam diante do trono da Rainha dos Céus. São Miguel, saudando-a, disse: “Ave Maria, Filha de Deus Padre”; São Gabriel acrescentou: “Ave Maria, Mãe de Deus Filho”; e São Rafael concluiu: “Maria Santíssima, Esposa puríssima do Espírito Santo”. Nesse momento apareceu São Francisco de Assis, e se uniu aos três arcanjos. Seguidos da milícia celeste, acercaram-se da imagem semi-acabada, transformando-a e refazendo-a, dando-lhe uma beleza inigualável que mão humana jamais poderia conferir. A Virgem estava totalmente iluminada, como se estivesse no meio do sol. Do alto, a Santíssima Trindade olhava comprazida o que acontecia, e os anjos entoavam suas melodias. No meio de todas essas alegrias, a Rainha do Céu penetrou pessoalmente na imagem, como raios de sol que se introduzem em um cristal. Como que tomando vida, tornou-se resplandecente, e com celestial melodia cantou o Magnificat. Os anjos entoaram o hino Salve Sancta Parens (Ave, ó Santa Progenitora).
     Essa foi a origem da milagrosa imagem de Nossa Senhora do Bom Sucesso.[8]
     As tragédias do século XX que se prolongam e desdobram até nossos dias
Coronel Carlos Antonio E. Hofmeister Poli
O autor deste artigo nos últimos anos tem acompanhado os translados da Imagem do coro alto para o altar-mor e difundido esta devoção no Equador e no Brasil
     Madre Mariana recebeu grande número de revelações, nas quais Nossa Senhora profetizou acontecimentos do século XX e vários que já se realizaram. Convido o leitor a tomar conhecimento de alguns, dentre muitos.
     Talvez para algum leitor, habituado às precisões matemáticas de hoje (aliás, de si elogiáveis), seja útil mostrar antes a conexão entre o que Nossa Senhora diz sobre o século XX e o que se passa em 2010. Com efeito, cada século se define mais pelo desenrolar dos acontecimentos relevantes que nele se verificam do que pelos dois zeros que caracterizam o ano como múltiplo de cem. Assim, os historiadores situam a Revolução Francesa como acontecimento do século XVIII, ao passo que ela se prolongou, com sua difusão por Napoleão Bonaparte, até o Congresso de Viena em 1815; e só consideram concluído o séc. XIX com o fim da Belle Époque e o início da I Guerra Mundial, em 1914. Isto porque a conceituação mais adequada de um século reside no significado profundo que ele tem na arquitetonia da História. Outro exemplo: quando Paulo VI[9] e João Paulo II[10] tratam, com clareza e precisão, da tragédia ocorrida na Santa Igreja depois do Concílio Vaticano II, referem-se evidentemente a um fenômeno do séc. XX, tragédia que se prolonga e se desdobra até nossos dias.
     “Um presidente verdadeiramente católico”
Gabriel Garcia Moreno
Gabriel Garcia Moreno, presidente mártir
     Em aparição de 16 de janeiro de 1599, Nossa Senhora disse a Madre Mariana: “A pátria em que vives deixará de ser colônia e será república livre; então, chamar-se-á Equador e necessitará de almas heróicas para sustentar-se no meio de tantas calamidades, públicas e privadas”. Previsão cumprida 200 anos depois.
     Nessa mesma aparição, a Santíssima Virgem afirmou: “No séc. XIX haverá um presidente verdadeiramente católico, varão de caráter, a quem Deus dará a palma do martírio, na mesma praça onde está este meu convento. Ele consagrará a República ao Divino Coração de meu Filho Santíssimo, e esta consagração sustentará a Religião católica nos anos posteriores, os quais serão amargos para a Igreja”.
     Com efeito, em 25 de março de 1874, Gabriel Garcia Moreno [foto] tornou o Equador a primeira nação da América consagrada ao Sagrado Coração de Jesus. E no ano seguinte, a 6 de agosto, entregou sua alma a Deus, assassinado pelos inimigos da fé, na mesma praça em que está situado o mosteiro. Antes de expirar, escreveu no solo, com o próprio sangue: Dios no muere.[11]
     “Quando tudo parecer perdido, será o início do triunfo da Santa Igreja”
     Em aparição de 2 de fevereiro de 1634, Nossa Senhora do Bom Sucesso entregou o Menino Jesus a Madre Mariana. Em seus braços, Ele revelou-lhe a proclamação do Dogma da Imaculada Conceição, quando “meu Vigário” (o Papa) estiver cativo; e o dogma da Assunção, depois de o mundo sair de um banho de sangue. O que se verificou, respectivamente, em 1854, no pontificado do bem-aventurado Pio IX, e após a II Guerra Mundial, em 1950.
     Em 8 de dezembro de 1634, a Rainha do Céu e da Terra indicou a Madre Mariana que sua invocação de Bom Sucesso iria ser a sustentação e guarda da fé, face à total corrupção do séc. XX. Ela predisse que, “nesses tempos de calamidade, quase não haverá inocência infantil [...], a atmosfera estará saturada de impureza, a qual, como um mar imundo, correrá pelas ruas, praças e lugares públicos com uma liberdade assombrosa, de maneira que quase não se encontrarão no mundo almas virgens [...]. Quanta dor sinto ao te manifestar que haverá muitos e enormes sacrilégios públicos e também ocultos, profanações da Sagrada Eucaristia. [...] Meu Filho Santíssimo será lançado ao solo e pisoteado por pés imundos. [...] O Sacramento da ordem sacerdotal será ridicularizado, oprimido e desprezado, porque nesse sacramento se oprime e denigre a Igreja de Deus e a Deus mesmo, representado em seus sacerdotes. [...] O Sacramento do matrimônio, que simboliza a união de Cristo com a Igreja, será atacado e profanado em toda a extensão da palavra [...]. Impor-se-ão leis iníquas, com o objetivo de o extinguir, facilitando a todos viverem mal”.[12]
     Dramaticamente essas profecias indicam o que ocorre em nossos dias em relação aos sacrilégios, ao sacerdócio e àquilo que seria então inacreditável: a legalização de uniões de indivíduos do mesmo sexo, como se elas fossem casamento.
     E Nossa Senhora do Bom Sucesso acrescentou: “Quando tudo parecer perdido, será o início do triunfo da Santa Igreja. O pequeno número de almas que guardarão o tesouro da fé e das virtudes sofrerá um cruel e indizível padecer, a par de um prolongado martírio [...], haverá uma guerra formidável e espantosa, na qual correrá sangue de nacionais e estrangeiros, de sacerdotes e de religiosas. Essa noite será terrível, pois parecerá ao homem o triunfo da maldade. Será chegada, então, a hora em que Eu de maneira assombrosa destronarei o soberbo e maldito Satanás, pondo-o abaixo de meus pés e sepultando-o no abismo infernal. Deixarei por fim livres, a Igreja e a pátria, de sua cruel tirania [...]. Ora com insistência, pedindo a nosso Pai Celeste que se compadeça e ponha termo, o quanto antes, a tempos tão nefastos, enviando à Santa Igreja o prelado (do latim, “praelatus” — aquele que vai à frente),que deverá restaurar o espírito de seus sacerdotes. A esse filho meu muito querido amamos, meu Filho Santíssimo e Eu, com amor de predileção, pois o dotaremos de uma capacidade rara, de humildade de coração, de docilidade às divinas inspirações, de fortaleza para defender os direitos da Igreja e de um coração terno e compassivo, para que, qual outro Cristo, atenda o grande e o pequeno, sem desprezar o mais desafortunado que lhe peça luz e conselho em suas dúvidas e amarguras [...]. Em sua mão será posta a balança do Santuário, para que tudo se faça com peso e medida, e Deus seja glorificado”.[13]
     “Alegre e triunfante, qual terna menina, ressurgirá a Igreja”
As profecias de Nossa Senhora do Bom Sucesso são inteiramente afins com as mensagens de Nossa Senhora em Fátima e em La Salette
     Em outra ocasião, revelando a mesma situação com ênfase diferente, Nossa Senhora do Bom Sucesso diz: “Tempos funestos sobrevirão, nos quais, cegando na própria claridade aqueles que deveriam defender em justiça os direitos da Igreja, sem temor servil nem respeito humano, darão a mão aos inimigos da Igreja, para fazer o que estes quiserem. Mas ai do erro do sábio — o que governa a Igreja —, do Pastor do redil que meu Filho Santíssimo confiou a seus cuidados. Mas quando parecerem triunfantes e quando a autoridade abusar de seu poder, cometendo injustiças e oprimindo os débeis, próxima está sua ruína. Cairão por terra estatelados. E, alegre e triunfante, qual terna menina, ressurgirá a Igreja e adormecerá brandamente, embalada em mãos do hábil coração maternal de meu filho eleito e muito querido daqueles tempos, ao qual, se dócil prestar ouvido às inspirações da graça — sendo uma delas a leitura das grandes misericórdias que meu Filho Santíssimo e Eu temos usado contigo —, enchê-lo-emos de graças e dons muito particulares, fá-lo-emos grande na Terra e muito maior no Céu, onde lhe temos reservado um assento muito precioso, porque, sem temor dos homens, combateu pela verdade e defendeu, impertérrito, os direitos de sua Igreja, pelo que bem o poderão chamar mártir”.[14]
     As profecias de Nossa Senhora à Madre Mariana de Jesus Torres impressionam, quer pela clareza com que predisse acontecimentos já realizados, quer pela exatidão com que descreve a imensa crise de nossos dias. E são inteiramente afins com as mensagens de Nossa Senhora em Fátima e em La Salette.
     Considerações finais
Sacralidade da Imagem de Nossa Senhora do Bom Sucesso
Há algo nessa Imagem que reflete a realeza de Nossa Senhora em toda sua grandeza, que remete ao cume da ordem do universo e se reporta a Deus, infinitamente nobre, sublime e elevado.
     Deus colocou no centro, e como razão de ser de toda a criação, a realeza de Nosso Senhor, e juntamente a de Nossa Senhora. Assim o esclarece a concepcionista Madre Maria de Ágreda em sua célebre obra Cidade Mística de Deus: “Em Cristo e em Maria estiveram previstas todas as demais obras, e por causa deles, de acordo com o nosso modo de falar, o Altíssimo sentiu-se mais empenhado a criar o restante das criaturas”.[15]
     Confirmando esta tese, basta o leitor considerar que Nosso Senhor Jesus Cristo é Deus verdadeiro e verdadeiro Homem; é uma só Pessoa, com as naturezas humana e divina; e Nossa Senhora, mera criatura, é Mãe de Deus. À luz da fé, portanto, não se podem conceber píncaros mais altos que o do Homem-Deus e o de sua Mãe Santíssima. Píncaros estes para os quais converge necessariamente toda a criação, que encontra neles seu centro e sua razão de ser.
     Plinio Corrêa de Oliveira relacionava a imagem de Nossa Senhora do Bom Sucesso com a idéia que tinha de Nossa Senhora no Céu. Via ele nessa imagem algo que o remetia ao cume da ordem do universo: majestade, misericórdia, poder, beleza, justiça, bondade, pureza e superioridade incomparáveis, só transcendidas, de modo infinito, por Deus. Disto se tem melhor idéia considerando-se que, conforme explicitou Dr. Plinio, a ordem católica — a civilização cristã — é “austera e hierárquica, fundamentalmente sacral, antiigualitária e antiliberal”.[16]
     Austera, porque exige o cumprimento dos dez Mandamentos da Lei de Deus, como condição de perfeição.
     Hierárquica, porque tudo quanto existe é desigual: Deus, infinitamente superior e supremo Legislador; e as criaturas — anjos, homens e seres irracionais — todas insondavelmente desiguais entre si.
     Essas desigualdades criadas por Deus não são aterradoras e monstruosas, mas sim proporcionadas à natureza, ao bem estar, ao progresso de cada ser e adequadas à ordenação geral do universo, na qual o mais alto é, a um ou outro título, causa, modelo e mestre do inferior.[17] Nessa escala hierárquica, tudo se reporta a Deus, infinitamente nobre, sublime e elevado. Nisto está o âmago da religiosidade.
     Se assim é a ordem do universo — hierárquica, harmônica e austera — é compreensível que a humildade inclina ao amor às superioridades; portanto, à autoridade e à obediência. E o orgulho conduz ao ódio a toda desigualdade e à revolta contra toda lei, divina ou humana. Tal ódio, igualitário e subversivo, é o fator mais dinâmico da imensa crise moral que assola o mundo atual. Crise igualitária de revolta e permissivismo moral desenfreado.
     Em Nossa Senhora do Bom Sucesso coexistem harmonicamente a representação tanto da suprema majestade quanto da bondade materna criadas, e de uma virginalidade e castidade inigualáveis — daí ser essa devoção particularmente indicada contra o espírito revolucionário de nossos dias. Espírito neopagão, de índole comunista, socialista e anárquica, característica esta que se patenteou na revolução da Sorbonne, de maio de 1968.
     Sobre tudo isso paira a realeza de Nossa Senhora, presente em qualquer de suas invocações, pois Ela é sempre Rainha. Em Nossa Senhora das Dores, por exemplo, pois só uma rainha sofre daquela forma e com tamanha intensidade. A nota dominante dessa invocação, porém, convida à compaixão e à compunção. Nossa Senhora do Bom Sucesso apresenta-se-nos como rainha em toda sua grandeza. Como toda rainha, também é mãe, com toda sua maternalidade e ternura.
     Conforme o pensamento de Dr. Plinio, toda mulher é rainha, na medida em que é mãe e esposa. Se isto é verdadeiro, por mais modesto que seja o lar, como será então quando se trata da Rainha do Céu e da Terra!
     Para concluir, nada poderia ser mais eloqüente do que valermo-nos das palavras da própria Senhora do Bom Sucesso, dirigidas à Madre Mariana de Jesus Torres: “Eu sou poderosa para aplacar a Justiça Divina e alcançar piedade e perdão para toda alma pecadora que a mim recorra com coração contrito, porque sou a Mãe de Misericórdia, e há em mim bondade e amor”.[18]
     _________
     Carlos Antonio E. Hofmeister Poli é Coronel do Exército de Cavalaria e Estado-Maior (R).
     _________
     NOTAS:

    [1] Cfr. Frei Manoel de Souza Peraira, Vida Admirável da Rda. Madre Mariana de Jesus Torres, vol. I, Artpress, Papéis e Artes Gráficas LTD, 1983, São Paulo, p. 17.
    [2] Op.cit., p. 18.
    [3] Idem, ibidem.
    [4] Idem, p. 19.
    [5] Texto original redigido por Madre Mariana de Jesus Torres relatando as aparições e revelações de Nossa Senhora.
    [6] Frei Manoel de Souza Peraira, op. cit., vol. I, p. 49.
    [7] Op. cit., vol.II, p. 17.
    [8] Op. cit., vol II, p. 38-55.
    [9] Discursos de 7-12-1968 e 26-6-1972.
    [10] Discurso de 7-2-1981.
    [11] Op. cit., vol. I, p. 67.
    [12] Cfr. op. cit., vol. II, p. 6.
    [13] Idem, vol. II, p. 136.
    [14] Idem, vol. II, p. 98.
    [15] Maria de Agreda, Cidade Mística de Deus, livro I, cap. II, nº 134.
    [16] Revolução e Contra-Revolução, parte II, cap II, 1. Artpress, edição comemorativa dos 50 anos da publicação, p. 73.
    [17] Cfr. Plinio Corrêa de Oliveira, A justiça está nas desigualdades cristãs, "Jornal da Tarde", S. Paulo, 9-6-79.
    [18] Frei Manoel de Souza Peraira, op. cit., vol. I, p. 160.
     _________
     Artigos relacionados:
     Nota do Editor de Sacralidade sobre o mecanismo natural e sobrenatural de formação da certeza da vitória, seguida de uma oração de autoria do prof. Plinio Corrêa de Oliveira:  Vinde, Senhora, que é chegado o tempo!
DE:Sacralidade

Holy Sacrifice of The Mass > Through the Mass the most perfect sacrifice is offered to God : Sacrifice is simply the offering of a gift to God. It is the offering of a gift to God by a priest and the destruction of the gift; the purpose of sacrifice is to show our total dependence on God. Sacrifice then, is essentially the giving of a gift to God. Christ offered the perfect gift to God on the cross: He offered Himself. Because Christ is God, this was the most perfect sacrifice that could be offered. Christ did the same thing at the Last Supper too. He offered Himself, a perfect gift, a perfect sacrifice, to Almighty God. The gift He offered was His own Body and Blood. Jesus Christ Himself was the priest. The destruction of the gift was the separate consecration of the bread and wine into His Body and Blood. This was the first Mass ever offered. It was offered by the Son of God Himself. He offered the same gift (Himself) that He offered on the cross. The sacrifice at the Last Supper was the same as that of the cross except that there were no blood and tears. This was an unbloody sacrifice.

Arquivo do blog

▼  2010 (2566)

Holy Sacrifice of The Mass > Through the Mass the most perfect sacrifice is offered to God : Sacrifice is simply the offering of a gift to God. It is the offering of a gift to God by a priest and the destruction of the gift; the purpose of sacrifice is to show our total dependence on God. Sacrifice then, is essentially the giving of a gift to God. Christ offered the perfect gift to God on the cross: He offered Himself. Because Christ is God, this was the most perfect sacrifice that could be offered. Christ did the same thing at the Last Supper too. He offered Himself, a perfect gift, a perfect sacrifice, to Almighty God. The gift He offered was His own Body and Blood. Jesus Christ Himself was the priest. The destruction of the gift was the separate consecration of the bread and wine into His Body and Blood. This was the first Mass ever offered. It was offered by the Son of God Himself. He offered the same gift (Himself) that He offered on the cross. The sacrifice at the Last Supper was the same as that of the cross except that there were no blood and tears. This was an unbloody sacrifice.

 
  
From the rising of the sun even to the going down, My name is great among the Gentiles; and in every place there is a sacrifice, and there is offered to My name a clean oblation. For my name is great among the Gentiles, saith the Lord of Hosts." Malachias 1:11

DIRECTIONS TO THE STUDENT

The Holy Sacrifice of the Mass is the great act of Christian worship. In order to understand the Mass, you must understand what a sacrifice is. Once you know the meaning of sacrifice and the part it plays in man's life, you will begin to love the Holy Sacrifice of the Mass and realize why it is so pleasing to God.

A. WHAT IS A SACRIFICE?
When you want to show your love for somebody, what do you do? You give a gift. When you want to show somebody how sorry you are for having offended him, what do you do? You give him a gift. When you want to express your gratitude for a  favor, we give Him a gift. Sacrifice is simply the offering of a gift to God. It is the offering of a gift to God by a priest and the destruction of the gift; the purpose of sacrifice is to show our total dependence on God. Sacrifice then, is essentially the giving of a gift to God.
Abel's gift was a Lamb. He wanted to thank God for his prosperity. Abel killed the Iamb to make sure that no human could use it, for he had already given it to God in sacrifice. Noah's gift to God was a steer to
thank God for saving him and his family from the deluge. Noah and Abel offered these animals to God to show their total dependence upon God and they destroyed the gifts so that no human being could use them. They had already given them to God.

B. RELIGIONS HAVE ALWAYS HAD PRIESTS AND SACRIFICE
Except for the Protestant religions of the last few hundred years every religion true or false, has offered sacrifice to God. The very idea of
sacrifice is ingrained in the human mind; a man feels that he must offer of his best goods to God to thank Him, to adore Him, to ask His pardon, and to seek His favor. Because men have always looked upon the offering of sacrifice as so important in their lives, certain men have been designated to offer such sacrifices. These men are called priests. A priest is a man who offers sacrifice to God for man. In the Old Testament a whole book of the Bible, Leviticus, has to do with the Jewish sacrifices
and the Jewish priesthood, The Jewish priest offered to God sheep, oxen, cattle, doves, and sometimes even grain from the field.

C. THE MASS IS A PERFECT SACRIFICE BECAUSE IN THE MASS A PERFECT GIFT IS OFFERED

St. Paul tells us that: 'It is impossible that with the blood of oxen and goats sin should be taken away." (Hebrews 10:4) These ancient sacrifices
of animals did not sufficiently express man's sorrow, his love or his gratitude Christ arranged His religion so that all of us could offer up the most perfect sacrifice. In the Catholic Church we actually offer up Jesus Christ Himself -not goats, oxen, or lambs.

D. CHRIST OFFERED THE PERFECT SACRIFICE
Christ offered the perfect gift to God on the cross: He offered Himself. Because Christ is God, this was the most perfect sacrifice that could be
offered. Christ did the same thing at the Last Supper too. He offered Himself, a perfect gift, a perfect sacrifice, to Almighty God. The gift He offered was
His own Body and Blood. Jesus Christ Himself was the priest. The destruction of the gift was the separate consecration of the bread and
wine into His Body and Blood. This was the first Mass ever offered. It was offered by the Son of God Himself. He offered the same gift (Himself) that He offered on the cross. The sacrifice at the Last Supper was the same as that of the cross except that there were no blood and tears. This was an unbloody sacrifice.

E. JESUS GAVE THE POWER OF SAYING MASS TO THE TWELVE APOSTLES

Christ told the Apostles to offer the Sacrifice of the Mass when he said: "Do this in commemoration of Me." The Apostles passed the power on
to other bishops and priests, who, in turn have passed this power to others in the Catholic Church for over 1900 years. We read in the Bible of
the Apostles and their successors saying Mass: I Cor 10:16, I Cor 10:21; I Cor 11 :27; Acts2:41 ; Acts 20:7,. Luke 24:30; Acts 13:1.

F. HOW DO YOU KNOW WHEN THE SACRIFICE HAS TAKEN PLACE IN THE MASS?

All the priest would really have to do to say Mass would be to say the words of consecration: "This is My Body. This is My Blood," over the bread and wine. The Church has added many beautiful prayers to this ceremony; many of the prayers are taken from the Bible. If there were a persecution and the priests were in hiding, they would not have to say all the prayers of the Mass because these added prayers are not really required to have the sacrifice. When the priest says, "This is My Body,
This is My Blood," there is no more bread and wine upon the altar; it is now the Body and Blood of Jesus Christ. The priest bends over the bread
and says the words of consecration; he genuflects, raises Our Lord for your adoration, and genuflects again.
Then he bends over the chalice and says the words of consecration and elevates the chalice for your adoration while the altar boy rings the bell for
the third time at Mass. This part of the Mass is called the Consecration.

G. MASS IS THE MOST PERFECT PRAYER YOU CAN OFFER

Mass is the most perfect prayer you can offer because it is not just your own prayer; it is a prayer of the most perfect Person on earth, Jesus
Christ. It is the prayer of God, Jesus Christ. offering Himself to God for you. Your feelings are not important. It is not necessary to "enjoy" Mass.
You are in the church to offer a sacrifice to God; and through the Mass the most perfect sacrifice is offered to God.

DE:http://www.catholicrefreshercourse.com/apps/forums/topics/show/73051-through-the-mass-the-most-perfect-sacrifice-

La S. Messa è la rinnovazione del sacrificio che fece Gesù di sè sul Calvario, ma è pure la rinnovazione del sacrificio che Maria SS., quale Corredentrice, fece di quel Figlio divino che con tutta verità poteva chiamare suo. Ora, come Maria assistette a quella prima messa, offrendo con Gesù uno stesso sacrificio al Padre per noi, così assiste spiritualmente a tutte le messe; è giusto perciò che Ella sia presente alla nostra mente, mentre rinnova con Gesù il suo sacrificio per noi. È questo il pensiero della Chiesa che nei punti più importanti della Messa inserisce l'invocazione alla Madonna (Confiteor - Suscipe - S. Trinitas - Communicantes - Libera nos, senza contare le collette e le Ave Maria al termine della Messa).


IL SANTO SACRIFICIO DELLA MESSA
1) LA PRATICA PIÙ ECCELLENTE. - Bello l'uso di accender lumi davanti alle immagini e specialmente al Tabernacolo, per testimoniare la nostra fede ed il nostro amore; - proficua la pratica delle novene, specialmente se coronate da una buona comunione; - efficace la di­vozione degli scapolari e della Medaglia quando sono onorati da una vita cristiana; - santa la recita del Rosario, quando è il grido dell'anima che dice a Maria il proprio amore e ne invoca il soccorso, ma il centro del culto, - il sole della pietà, - il compendio di tutte le divozioni - l'atto essenziale della religione, - l'anima di tutta la vita cristiana, è però sempre il Sacrificio della S. Messa.
Per celebrare [o ascoltare] bene la S. Messa ci vorrebbero 3 eternità: la prima per prepararsi, la seconda per celebrarla, la terza per fare un degno ringraziamento» (S. Giov. Eudes).
2) LA PRATICA PIÙ GLORIOSA A DIO, a Maria SS. ed ai Santi. Tutto l'onore reso a Dio dagli Angeli e dai Beati con i loro omaggi, quello reso dai Santi viventi sulla terra con le loro virtù, penitenze, e buone opere, non è da mettersi in paragone con la gloria che si rende a Dio con una sola Messa: perchè gli omaggi di tutte le crea­ture insieme sono sempre cosa limitata, mentre l'onore dato a Dio da Gesù Cristo nella Messa è di valore infinito. - Il martirio stesso non è da paragonarsi alla Messa; perchè esso è il sacrificio dell'uomo per amor di Dio: la Messa è il sacrificio d' un Dio per amor dell'uomo.
Chi avrà ascoltato divotamente la Messa sarà consolato in morte dalla presenza degli Angeli e dei Santi suoi avvocati che lo difende­ranno da tutte le insidie del demonio. (Gesù a S. Matilde).
Una messa ascoltata in vita vi sarà forse più fruttuosa che cento fatte celebrare dopo morte. (S. Anselmo).
Se si conoscesse il valore della Messa, le chiese sarebbero sempre affollate. Benedetto chi assiste ogni giorno la Messa. (S. Cottolengo).
O popoli ingannati, popoli ingannati, che fate voi? Perchè non correte alle chiese per ascoltare quante più messe potete, mentre gli Angeli scendono dal cielo per assistervi? (S. Leonardo).
3) LA PRATICA PIÙ UTILE PER NOI. - La Messa è la rinnovazione del Sacrificio della Croce, e ce ne applica i meriti. Nella Messa è Gesù stesso che:
a) per noi Adora Dio degnamente e a nome nostro;
b) Ringrazia Dio dei benefici che ci ha concessi. La Ven. Fran­cesca Farnese era desolata per non saper come ringraziare Dio. Le apparve la Vergine e ponendole fra le braccia il Bambino le disse: Offrilo a Dio in ringraziamento. Egli farà ciò che tu non puoi fare e Dio sarà soddisfatto. I ringraziamenti di Gesù sono in mano nostra ascoltando e più ancora facendo celebrare la Messa.
c) Soddisfa per noi la divina giustizia. Senza la Messa il mondo sarebbe già sprofondato mille volte sotto il peso dei suoi delitti.
d) Prega per noi, presentando a Dio il prezzo di tutte le grazie.
4) LA PRATICA PlÙ EFFICACE PER I DEFUNTI. - Pio è il pen­siero di deporre corone di fiori e ceri sulla loro tomba; più utile il deporvi corone di Ave Maria, e accendere nel nostro cuore la fiamma della carità verso i poveri; il suffragio però più efficace è la Messa. È doloroso vedere cristiani che profondono denaro per or­nare le tombe che non racchiudono che pochi resti d' un cadavere e che poi non pensano affatto a sollevare le anime dei loro cari, a cui nulla giovano quelle esteriorità.
5) LE MESSE GREGORIANE. - a) Origine. Le messe da morto sono le messe votive più antiche. Si usava celebrarle per una data serie di giorni (3, 5, 6, 7, 30) di seguito. Queste serie corrisponde­vano alla durata del lutto ed a varie usanze ad esso collegate. Gli Ebrei facevano il lutto astenendosi dal lavarsi gli abiti e i capelli per 30 giorni dei quali i primi 7 (giorni delle lamentazioni) e spe­cialmente i primi 3 giorni ()giorni del pianto erano consacrati alle condoglianze. Di qui l'origine delle messe di terza, di settima e di trigesima, nonchè i novendiali, in suffragio del Papa Defunto, e le messe gregoriane che consistono nella celebrazione ininterrotta (fatta anche da vari sacerdoti) di 30 messe con pianeta nera o no.
Prendono nome da S. Gregorio M., non perchè le abbia istituite, ma perchè egli racconta di averne constatata l'efficacia, liberando con esse il monaco Giusto il quale apparve al fratello Copioso ad an­nunziargli la sua liberazione. L'autorità di S. Gregorio diede loro grande diffusione. Non si deve credere che liberino infullantemente l'anima: però la S. Sede 1884) dichiarò pia e ragionevole la fiducia nella speciale efficacia di esse per la sua liberazione.
6) LA MESSA FESTIVA: Bisogna ascoltarla sempre – devotamente ­intera. Genitori, mandate e conducete i figli; padroni, date comodità ai dipendenti di ascoltarla; autorità, cooperate all'osservanza del Precetto festivo. - Anime pie, ascoltate ogni domenica una messa di più, per supplire alla mancanza di quelli che non l'ascoltano.
7) FA CELEBRARE MESSE. - Per ottenere grazie; negli anniver­sari tristi e lieti fa celebrare Messe. Per onorare la Madonna ed i Santi e impetrarne la protezione non v'è miglior mezzo della Messa.
8) ASCOLTA LA NIESSA CON MARIA. - « Un giorno N. Signore mi insegnò ad ascoltar la Messa nelle disposizioni di Maria ai piedi della croce, offrendo quelle stesse disposizioni all'Eterno Padre, in unione dei suoi patimenti per domandargli la conversione dei pecca­tori induriti » (S. Alacoque).
La S. Messa è la rinnovazione del sacrificio che fece Gesù di sè sul Calvario, ma è pure la rinnovazione del sacrificio che Maria SS., quale Corredentrice, fece di quel Figlio divino che con tutta verità poteva chiamare suo. Ora, come Maria assistette a quella prima messa, offrendo con Gesù uno stesso sacrificio al Padre per noi, così assiste spiritualmente a tutte le messe; è giusto perciò che Ella sia presente alla nostra mente, mentre rinnova con Gesù il suo sacrificio per noi. È questo il pensiero della Chiesa che nei punti più importanti della Messa inserisce l'invocazione alla Madonna (Confiteor - Suscipe - S. Trinitas - Communicantes - Libera nos, senza contare le collette e le Ave Maria al termine della Messa).
Maria inoltre assisteva ogni mattina alla Messa di S. Giovanni, per­ciò devi entrare nelle disposizioni di Maria sul Calvario e nel Cena­colo e prenderla come modello e supplemento.
9) LA MESSA SECONDO LE INTENZIONI DI MARIA. - La pia pratica suggerita dalla Madonna stessa al Ven. Olier, adottata da migliaia di Sacerdoti e Vescovi, è ormai compresa anche dai fedeli che, per ottenere una grazia, e per onorare la Madonna, le offrono il più prezioso tesoro, il cui valore solo il sacerdote può collocare nelle sue mani di Mediatrice universale, applicando il S. Sacrificio secondo le sue auguste intenzioni, sempre attualmente rivolte, come quelle di Gesù, (semper vivens ad interpellandum) alla maggior gloria di Dio e al bene materiale e spirituale dei suoi figli. I teologi (fatte pochissime eccezioni dubitative sono d'accordo sulla validità di queste applicazioni e molti anzi le giudicano molto gradite alla Vergine e vantaggiose al sacerdote e ai fedeli che manifestano con questo atto un distacco spirituale e una fiducia in Maria che fa onore a Lei ed a noi. È sufficiente dire al sacerdote di applicare secondo la vostra intenzione. Il meglio è scegliere sacerdoti che conoscano la bella pratica.
10) LA MESSA DEL PERDONO. - La pia pratica di far celebrare la Messa per ottenere che Dio, mosso dalle preghiere e lacrime del­l'Addolorata, conceda a noi e a tutti i peccatori il perdono delle loro colpe, è sorta a Bologna nel 1940 ed ha ottenuto straordinarie grazie di conversioni e di guarigioni.
11) SERVIR MESSA. - Dovresti tenerti onorato di servir Gesù, mentre si sacrifica per te, rappresentando presso di lui tutto il po­polo. Preparati purificando la tua anima con un atto di contrizione, rivestendoti, se sei chierico, della cotta simbolo della purezza neces­saria a chi si accosta all'altare; aiuta rispettosamente il sacerdote a vestirsi pensando al significato dei sacri paramenti; fa le ceri­monie e pronuncia le parole con fede, esattezza e amore. Pensa al rispetto con cui la Madonna compieva le cerimonie del tempio e alla fede con cui preparava il necessario e assisteva alla messa di S. Gio­vanni; e la dimestichezza con le cose sante non diminuisca il tuo rispetto per esse. Abbi la divozione di servir messa, come l'aveva S. Luigi re di Francia, S. Tommaso, S. Giovanni Eudes, S. Vincenzo de' Paoli.
Il P. Godquain, Prete della Missione, intimo del grande Sobieski, una domenica l'incontrò verso mezzogiorno e gli domandò: « Avete ascoltato la S. Messa ? ». Alla risposta negativa soggiunse: « Ebbene io per voi ho differito di celebrarla; desidero però che me la ser­viate ». . Ben volentieri! » rispose il grande generale.
S. Matilde vide l'anima d'un frate laico tutta brillante di luce per aver avuta la divozione di servir ogni giorno quante più messe po­teva...
12) GALATEO CON DIO. - Il galateo è l'espressione del rispetto e della stima che si ha del prossimo. Se è giusto che l'osserviamo in ispirito di carità e di umiltà col prossimo non dovremo osservarlo con Dio? Leggi attentamente questi avvisi e se ve n'ha qualcuno che fa per te, fanne tesoro, senza volerlo applicare agli altri.
I tuoi abiti siano decenti, secondo la tua condizione; special­mente puliti. Le donne abbiano sempre il capo coperto e siano vestite senza scollacciature o sbracciature o con la gonna troppo corta.
Entrando in Chiesa prendi l'acqua santa e fa un bel Segno di Croce. Se vi è il Sacramento farai adagio e con rispetto la genufles­sione. Se vi è il SS. esposto farai la genuflessione con tutte e due le ginocchia e andrai a collocarti al posto.
Un'imperdonabile sgarbatezza è quella di chi entra in chiesa e, senza salutare il Padrone, Gesù Eucaristico, corre all'altare o nic­chia d'un santo, davanti alla quale farà magari la genuflessione che ha trascurato di fare a Dio. Davanti all'immagine della Madonna e dei santi, non si fa genuflessione, ma solo l'inchino.
Questo modo di fare disonora i cattolici che vengono accusati, per colpa di pochi ignoranti, di adorare i santi e d'aver più devozione ad essi che non a Gesù Cristo. Una sola eccezione è concepibile, quando uno, credendosi indegno d'accostarsi a Gesù e immeritevole di ottenere la grazia che desidera, fatta la genuflessione al SS., si rivolge a Maria SS. o a qualche santo, affinchè gli faccia da media­tore presso Gesù. Come chi dovendo ottenere una grazia dal Re, ricorre a qualche cortigiano per farsi accompagnare o raccomandare presso il Sovrano. Ma in ogni caso il nostro pensiero dominante deve essere N. Signore, da cui solo ci può venire ogni grazia.
Evita in chiesa ogni singolarità nel vestire, nel genuflettere, nel modular la voce nella preghiera o nel canto. Pregando in comune evita il disordine di finire prima o dopo gli altri. Ciò distrae i vicini e ti rende alle volte ridicolo. Evita pure ogni strepito nell'aprire e chiudere le porte, nel camminare, nel dimenar la corona, e per quanto è possibile anche nei tossire e nei soffiarsi il naso.
Il posto. Non disturbar mezzo mondo per trovare un posto; non essere troppo attaccato al tuo posto e cedilo volentieri per amor della Madonna. Sei vicino all'altare? ringrazia Dio di tanto onore. Sei al fondo della Chiesa? unisciti al pubblicano che si credeva in­degno d'accostarsi all'altare. Non sta però bene che le ragazze si mettano impalate vicino alla porta, magari mescolate con i giova­notti. Non avere la divozione alla porta.
Sta in ginocchio quanto più puoi, almeno al Sanctus - alla Comu­nione e durante la Benedizione del SS.
Raccoglimento e silenzio. Non imitare il deplorevole spettacolo che danno di sè alcune, che non fanno che ridere, chiacchierare, magari criticare la toeletta di questa o di quella e che si voltano indietro ad ogni persona che entra, come tante marionette... Povere anime! - Se qualche volta è necessario parlare, fallo sotto voce e con poche parole. Piuttosto esci un momento di chiesa. In chiesa non si fanno presentazioni.
La predica. Chi è da Dio, ama la parola di Dio, dice il Van­gelo. Che dire di quelli che hanno la divozione alle benedizioni, alle suppliche, anche ai pellegrinaggi, ma hanno un sacro orrore della predica? Manzoni, Tommaseo, Ferrini ascoltavano umilmente l'istru­zione del loro parroco, e tanti, che non sanno neppur più i misteri principali della fede, credono umiliarsi ad ascoltare la parola di Dio e quando il sacerdote si volta prendono la porta quasi per dispetto. Ama la predicazione, che è il nutrimento della vita spirituale e bada di non uscire, eccetto in caso di necessità, durante la predica; e in tal caso fallo con rincrescimento e in modo da non disturbare i vicini.
Puntualità. Noi italiani siamo poco puntuali in tutto, ma spe­cialmente alle funzioni. Ricordati che ogni parte di messa festiva volontariamente perduta costituisce peccato veniale; se si giunge dopo le ampolline la messa non è più valida, e quindi se ne deve ascoltar un'altra. Quanto alla predica, non è nè da educato nè da intelligente venire a prendere la coda, con gran disturbo degli altri e fastidio del predicatore. Finita la funzione si esce, non si scappa.
La Comunione. Evita il cattivo esempio che daresti, se entrato in chiesa, infilassi subito la balaustra, senza la debita preparazione. Non essere però di quelli che, perchè non hanno detto tutti i loro Paternostri, incomodano il sacerdote due minuti dopo a dare di nuovo la comunione o lo fanno aspettare alla balaustra.
Tratto da: “Un segreto di felicità”

DE:http://www.preghiereagesuemaria.it/sala/il%20s%20sacrificio%20della%20messa.htm

Spiegazione della Santa Messa di Dom Prosper Guéranger O.S.B Abate di Solesmes (1805-1875) : "Pregate, fratelli, perché il mio sacrificio, che è anche il vostro, sia accetto a Dio Pa?dre onnipotente". È una specie di congedo che il sacerdote rivolge al popolo, per?ché non si volterà più verso di esso finché il Sacrificio non sia stato consumato. Ma questa non è la formula ordinaria di congedo; infatti prima di salire all'altare, il sacerdote aveva detto semplicemente: Dominus vobiscum. Qui si raccomanda alle preghiere dei fedeli, affinchè questo Sacrificio, che appartiene al sacerdote e ai fedeli, sia gradito a Dio. Il Sacrificio è del sacerdote, perché egli ne è l'agente; è dei fedeli, perché Gesù Cristo lo ha istituito a loro profitto: ecco perché il sacerdote si sofferma a lungo sulle parole: meum ac vestrum sacrìficium, "il mio sacrificio, che è anche il vostro".






INDICE

PRESENTAZIONE
di Mons. Mario Oliveri
Vescovo di Albenga - Imperia

Prefazione del traduttore

L'ORDINARIO DELLA MESSA
I
II
III
IV
V
VI
VII
VIII
IX
X
XI
XII
XIII
XIV
XV    
XVI
XVII
XVIII
XIX
XX
XXI
XXII
XXIII
XXIV
XXV
XXVI
XXVII
XXVIII
XXIX
XXX
XXXI
XXXII
XXXIII
XXXIV
XXXV
XXXVI
XXXVII
XXXVIII
XXXIX
XL
XLI
XLII
IL SALMO "JUDICA"
CONFITEOR
PRIMA INCENSAZIONE
INTROITO
KYRIE
GLORIA IN EXCELSIS DEO
COLLETTA
EPISTOLA
GRADUALE
ALLELUIA - TRATTO
SEQUENZA
VANGELO
CREDO
OFFERTORIO
SECONDA INCENSAZIONE
LAVABO
SUSCIPE, SANCTA TRINITAS
ORATE, FRATRES
PREFAZIO
SANCTUS
CANONE DELLA MESSA - TE IGITUR
MEMENTO DEI VIVI
COMMUNICANTES
HANC IGITUR
QUAM OBLATIONEM
CONSACRAZIONE DELL'OSTIA
CONSACRAZIONE DEL VINO
UNDE ET MEMORES
SUPRA QUAE PROPITIO
SUPPLICES TE ROGAMUS
MEMENTO DEI DEFUNTI
NOBIS QUOQUE PECCATORIBUS
PER QUEM HAEC OMNIA
L'ORAZIONE DOMENICALE
LIBERA NOS QUAESUMUS
AGNUS DEI
ORAZIONE PRIMA DELLA COMUNIONE
COMUNIONE
POSTCOMMUNIO
ITE, MISSA EST
BENEDIZIONE
ULTIMO VANGELO


XVIII - ORATE, FRATRES
II sacerdote, dopo aver baciato l'altare, si volta verso il popolo e lo saluta dicendo: Orate, fratres: ut meum ac vestrum sacrificium acceptabile fiat apud Deum Patrem omnipotentem, "Pregate, fratelli, perché il mio sacrificio, che è anche il vostro, sia accetto a Dio Pa?dre onnipotente".
È una specie di congedo che il sacerdote rivolge al popolo, per?ché non si volterà più verso di esso finché il Sacrificio non sia stato consumato. Ma questa non è la formula ordinaria di congedo; infatti prima di salire all'altare, il sacerdote aveva detto semplicemente: Dominus vobiscum. Qui si raccomanda alle preghiere dei fedeli, affinchè questo Sacrificio, che appartiene al sacerdote e ai fedeli, sia gradito a Dio. Il Sacrificio è del sacerdote, perché egli ne è l'agente; è dei fedeli, perché Gesù Cristo lo ha istituito a loro profitto: ecco perché il sacerdote si sofferma a lungo sulle parole: meum ac vestrum sacrìficium, "il mio sacrificio, che è anche il vostro".
Per questa stessa ragione il sacerdote richiama l'attenzione dei fedeli, invitandoli a stare sempre più attenti. Essi non devono dimen?ticare che hanno la loro parte nel sacerdozio, come afferma san Pietro chiamando i fedeli "sacerdozio regale", regale sacerdotium (1 Pt 2,9), perché sono cristiani. Essi, infatti, vengono da Cristo, so?no di Cristo, sono stati unti e, per il battesimo, sono divenuti altret?tanti "cristi"; bisogna, di conseguenza ch'essi possano offrire il santo Sacrificio in unione al sacerdote.
Così, a questo invito del sacerdote, rispondono con grande ef?fusione: Suscipiat Dominus sacrìficium de manibus tuis ad laudem, et glorìam nominis sui ad utilitatem quoque nostram, totiusque Ecclesiae suae sanctae, "Riceva il Signore il sacrificio dalle tue mani, a lode e gloria del suo nome, per la nostra utilità e per quella di tutta la sua santa Chiesa". Il Messale porta tra parentesi la parola meis in?vece di tuis, qualora il sacerdote fosse obbligato a supplire all'as?senza o all'ignoranza di chi gli serve la Messa.
Dopo aver dato al sacerdote questa risposta, i fedeli devono pensare che non vedranno più il suo volto finché il Signore stesso non sia disceso sull'altare. La sua stessa voce si farà udire una sola volta, per la grande e magnifica preghiera di ringraziamento, ossia il Prefazio.
Ma prima di quel momento il sacerdote raccoglie i voti dei fedeli in un'orazione che dice a bassa voce e che per tale ragione sì chiama Secreta. Poiché prega in silenzio, non fa precedere la sua preghiera dalla parola Oremus, "preghiamo", perché non invita i fe?deli a pregare con lui. Negli antichi Sacramentari, come quello di san Gregorio, per esempio, quest'orazione era indicata come Oratio super oblata.




È possibile richiedere il libro
La Santa Messa, Spiegazione delle preghiere e delle cerimonie della Santa Messa secondo alcune note raccolte dalle conferenze  di Dom Prosper Guéranger, Abate di Solesmes
al seguente indirizzo:
Suore Francescane dellíImmacolata, Monastero della Murate  , Via dei Lanari, 2  , 06012 CITTÀ DI CASTELLO (PG) 
tel/fax: 075-8555779 - posta elettronica: francescanecittacastelloATinterfree.it


DE:http://www.hancigitur.net/gueranger_santa_messa/18_gueranger.htm