terça-feira, 9 de junho de 2009

Dois livros que estão dando o que falar


A Europa está quente nos últimos dias, porque dois Bispos e dois livros estão em alta, e se unem às Dispustas Teológicas do Instituto Bom Pastor. Um deles é o livro de Mons. Maurice Gaidon, Bispo Emérito de Cahors.
"Um Bispos Francês Entre a Crise e a Renovação da Igreja" é o título do que está sendo chamado de um livro que prima pela clareza e objetividade. Analisando a crise da Barca de Pedro, Mons. Maurice, ilustra a capa com o Irmão Roger da comunidade Taizé.

Traduzo um trecho: "Há se vivido mal a reforma litúrgica, imposta com um autoritarismo clerical insuportável. Tenho a impressão de ter vivido estes anos (de reforma) em uma lenta deriva, impulsionada pelas modas e pelas linguagens estabelecidas em nosso universo clerical, e reecontrar-me, a hora desta última etapa, em um doloroso desconcerto, invadido pelo sentimento de ter padecido passivamente diante das tomadas de decisão e das decisões de meus irmãos no episcopado e ter seguido com eles a corrente de compromissos, em lugar de usar a linguagem áspera e profética dos testamentos [*ou testemunhas] e anunciadores de uma Palavra que é uma espada".

De onde provém esta impressão de estranha letargia que percebo no contato com nossas comunidades desorientadas, de nossos sacerdotes desencantados, e de meus irmãos bispos pelo temerário silêncio em nossas assembléias?

Outro livro é prefaciado por Dom Mario Oliveri e apresentado pelo já famoso Dom Albert Malcom Ranjith, secretário da Congregação para o Culto Divino.

Nascido pela autoria de Dom Brunero Gherardini, a obra se tem o título "Concílio Ecumênico Vaticano II - Um Discurso a se Fazer" [tradução minha], e dentre outras análises, faz uma súplica ao Santo Padre que traduzo trechos do original em italiano, salvo melhor tradução de outro mais versado.

Súplica ao Santo Padre

Beatíssimo Padre,


Para o bem da Igreja - e, mais especificamente para a implementação da "salus animarum", que é a primeira e "suprema lex" - depois de décadas de livre criatividade exegética, teológica, litúrgica, historiográfica e "pastoral" em nome do Concílio Ecumênico Vaticano II, me parece urgente que é devido se fazer um pouco de clareza, respondendo com autoridade a pergunta sobre a continuidade do mesmo [Concílio Vaticano II] - não declamada, no entanto demonstrada - com os outros Concílios e sua fidelidade à Tadição que sempre esteve em vigor na Igreja.

Parece, de fato, difícil, se não impossível, colocar as mãos na esperada hermenêutica da continuidade, a menos que se proceda a uma atentaciosa e científica análise de cada documento, em seu todo e em cada um dos seus argumentos, em suas fontes imediatas e remotas, e se continua a falar apenas repetindo seu conteúdo ou apresentando-o como uma novidade absoluta.

Esse pensamento há tempos nasceu em minha mente – que me atrevo ora apresentar à Vossa Santidade – de uma grande e possivelmente definitiva purificação sobre o último Concílio em todos os seus aspectos e conteúdos.


O Livro de Mons. Brunero Gherardini é editado pelos Franciscanos da Imaculada que elegeram o Rito Tridentino em seus atos litúrgicos.
fonte:o ultrapapista atanasiano