- E senti o espírito inundado por um mistério de luz que é Deus e N´Ele vi e ouvi -A ponta da lança como chama que se desprende, toca o eixo da terra, – Ela estremece: montanhas, cidades, vilas e aldeias com os seus moradores são sepultados. - O mar, os rios e as nuvens saem dos seus limites, transbordam, inundam e arrastam consigo num redemoinho, moradias e gente em número que não se pode contar , é a purificação do mundo pelo pecado em que se mergulha. - O ódio, a ambição provocam a guerra destruidora! - Depois senti no palpitar acelerado do coração e no meu espírito o eco duma voz suave que dizia: – No tempo, uma só Fé, um só Batismo, uma só Igreja, Santa, Católica, Apostólica: - Na eternidade, o Céu! (escreve a irmã Lúcia a 3 de janeiro de 1944, em "O Meu Caminho," I, p. 158 – 160 – Carmelo de Coimbra)
quarta-feira, 1 de julho de 2009
Bento XVI: há que manter sempre unidos “os dois elementos essenciais dos sacerdotes: anunciar o Evangelho e expulsar os espíritos do mal"
(1/7/2009) “Depois do Concílio Vaticano II” verificou-se, “aqui e além”, a errónea “impressão de que na missão dos sacerdotes neste nosso tempo, houvesse algo de mais urgente”, isto é, “que se devesse em primeiro lugar construir uma sociedade diferente” – observou Bento XVI, na audiência geral desta quarta-feira, na Praça de São Pedro. Ora, na realidade, “a missão sacerdotal” é essencialmente “cultual”.
“A identidade pessoal do padre, enraizada na sua chamada e na sua configuração com Cristo, não se pode separar da sua actividade pastoral. Na verdade, o ministério de cada padre é essencialmente cultual, no pleno sentido da palavra: significa tornar os fiéis capazes de oferecerem a sua vida a Deus como sacrifício que lhe é agradável”.
Por outras palavras, há que manter sempre unidos “os dois elementos essenciais dos sacerdotes: anunciar o Evangelho e expulsar os espíritos do mal”. “Palavra e sacramento são as duas colunas do serviço sacerdotal”.
“Na vida do presbítero, não se encontram separados anúncio missionário e culto. É mediante a pregação do Evangelho que se gera nos crentes a fé, para que estes se unam ao sacrifício de Cristo com o sacrifício espiritual das suas vidas. É urgente recuperar o primado da graça divina, assim como a consciência da própria identidade, no exercício do ministério sacerdotal”, cujos elementos essenciais são o anúncio da Palavra e a celebração dos sacramentos".
Trata-se, insistiu o Papa, de um “primado absoluto”, sobre o qual há que recuperar uma convicção “clara e inequívoca”. “O amor pelo próximo, a atenção à justiça e aos pobres – advertiu Bento XVI – não são tanto temas de moral social, mas sobretudo expressão de uma concepção sacramental da moralidade cristã”.
“É de Deus que vem a graça da renovação espiritual, para os padres como para toda a Igreja. Trata-se acima de tudo de avançar cada vez mais na identificação com Cristo, que assegura a fidelidade e a fecundidade do testemunho evangélico”. O Padre é um convertido, renovado pelo Espirito, chamado por Deus para que a Palavra da salvação chegue até aos confins da terra".
Mas ouçamos a saudação dirigida pelo Papa aos peregrinos de língua portuguesa:
“Amados peregrinos de língua portuguesa, uma saudação afectuosa para todos, especialmente para os grupos do Brasil e de Portugal: esta peregrinação a Roma encha de luz e fortaleza o vosso testemunho diário como seguidores de Jesus Cristo, único Salvador e Senhor da vida: fora d'Ele, não há vida, nem esperança de a ter. Com Cristo, sucesso eterno à vida que Deus vos confiou. Sobre cada um de vós e respectiva família, desça a minha Bênção.”
Saudando os peregrinos italianos presentes na audiência geral desta semana, o Papa pediu acções para "combater eficazmente o fenómeno devastador da usura e da extorção".
"Não falte, por parte do Estado, uma ajuda adequado e apoio para as famílias em dificuldade e sem emprego, que encontram a coragem de denunciar os que se aproveitam da sua trágica condição", desejou.
O Papa falou ainda da "importância dos valores éticos e morais" na política e aproveitou a ocasião para deixar votos de férias "serenas e profícuas" aos que vão agora gozar de um período de repouso.
"Há muitos de vós, contudo, que por diversas razões não poderão gozar de férias. Chegue até vós, caros irmãos e irmãs, a minha saudação afectuosa, com os votos de que não vos falte a solidariedade e a proximidade das pessoas queridas", prosseguiu.
fonte:radio vaticano