- E senti o espírito inundado por um mistério de luz que é Deus e N´Ele vi e ouvi -A ponta da lança como chama que se desprende, toca o eixo da terra, – Ela estremece: montanhas, cidades, vilas e aldeias com os seus moradores são sepultados. - O mar, os rios e as nuvens saem dos seus limites, transbordam, inundam e arrastam consigo num redemoinho, moradias e gente em número que não se pode contar , é a purificação do mundo pelo pecado em que se mergulha. - O ódio, a ambição provocam a guerra destruidora! - Depois senti no palpitar acelerado do coração e no meu espírito o eco duma voz suave que dizia: – No tempo, uma só Fé, um só Batismo, uma só Igreja, Santa, Católica, Apostólica: - Na eternidade, o Céu! (escreve a irmã Lúcia a 3 de janeiro de 1944, em "O Meu Caminho," I, p. 158 – 160 – Carmelo de Coimbra)
domingo, 6 de dezembro de 2009
Neste Segundo Domingo de Advento o Papa salientou que a Igreja precisa de se purificar continuamente.
O Evangelho não é uma lenda, mas a narração de uma historia verdadeira, e Jesus de Nazaré é uma personagem histórica inserida naquele contexto preciso. Foi o que salientou Bento XVI, neste Domingo, dirigindo-se ás cerca de 40 mil pessoas congregadas ao meio dia na Praça de S. Pedro para a recitação do Angelus.
O Papa referia-se ao Evangelho deste II Domingo de Advento em que Lucas fala de João Baptista que foi o precursor do Messias e traça com grande precisão as coordenadas espaço - temporais da sua pregação.
Depois desta ampla introdução histórica – explicou o Papa – a palavra de Deus é apresentada como uma força que desce do alto e se poisa sobre João Baptista.
Citando a este propósito Santo Ambrósio, o grande bispo de Milão cuja festa ocorre a 7 de Dezembro, o Santo Padre sublinhou que a Palavra de Deus é o sujeito que move a história, inspira os profetas, prepara o caminho do Messias, convoca a Igreja. O próprio Jesus – acrescentou – é a Palavra divina que incarnou no seio virginal de Maria, nele, Deus revelou-se plenamente, disse – nos e deu –nos tudo, abrindo-nos os tesouros da sua verdade e da sua misericórdia. Desceu portanto a Palavra para que a terra, que antes era um deserto, produzisse os seus frutos para nós - explicou o Papa usando as palavras de Ambrósio.
E a flor mais linda que germinou da Palavra de Deus – disse depois Bento XVI – é a Virgem Maria. Ela é a primícia da Igreja, jardim de Deus na terra. Mas – acrescentou – enquanto Maria é Imaculada, assim a celebraremos depois de amanhã, a Igreja precisa continuamente de se purificar, porque o pecado insidia todos os seus membros.
Na Igreja está sempre em acto uma luta entre o deserto e o jardim, entre o pecado que torna a terra árida e a graça que a irriga para que produza frutos abundantes de santidade.
Peçamos á Mãe do Senhor que nos ajude neste tempo de Advento, a endireitar os nossos caminhos, deixando-nos guiar pela palavra de Deus.
Depois da recitação do Angelus o Papa recordou que nesta segunda feira dia 7 será inaugurada em Copenhaga a conferencia da ONU sobre as mudanças climáticas, com a qual a comunidade internacional entende contrastar o fenómeno do aquecimento global.
Faço votos de que os trabalhos ajudem a individuar acções respeitosas da criação e promotoras de um desenvolvimento solidário, fundados na dignidade da pessoa humana e orientada para o bem comum – disse o Papa.
A salvaguarda da criação postula a adopção de estilos de vida sóbrios e responsáveis, sobretudo em relação aos pobres e as geração futuras.
Nesta perspectiva – acrescentou Bento XVI - para garantir pleno sucesso á Conferencia, convido todas as pessoas de boa vontade a respeitar as leis colocadas por Deus na natureza e a redescobrir a dimensão moral da vida humana
fonte:radio vaticano