domingo, 27 de dezembro de 2009

O Bispo Fulton Sheen! Um "televangelista"!


>>Um pouco de sua vida

O bispo americano John Fulton Sheen nasceu em 8 de maio de 1895 e foi muito conhecido por suas pregações e principalmente pelo trabalho na televisão e no rádio, onde sua maneira de pregar a Palavra de Deus lhe permitiu converter milhares de pessoas, incluindo muitas pessoas famosas. Além disso ele é autor de 73 livros e vários trabalhos acadêmicos. Ele é considerado o maior comunicador do século XX.

Ele nasceu em El paso, Illionis, sendo o mais velho dos quatro filhos de um fazendeiro. Ele ficou conhecido como Fulton (nome de solteira de sua mãe), mas foi batizado como Peter John Sheen. Quando criança ele contraiu turberulose, então a família mudou-se para próximo de Peoria, Illinois, onde Sheen foi coroinha.

Ele foi ordenado sacerdote em 1919, no Saint Pauls Seminary em Minnesota. Ele estudou na Universidade Católica da América e depois fez doutorado em Filosofia pela Universidade Católica de Louvain, na Bélgica, em 1923. No mesmo ano ele ganhou o prêmio “Cardeal Mercier”, um prêmio internacional de Filosofia, sendo o primeiro americano a ganhar essa distinção.

Em 1930 começou um programa de rádio semanal no domingo à noite, às 20:00, chamado “A Hora Católica”. Por duas décadas (o programa durou até 1957) ele teve uma grande audiência, de mais de 4 milhões de ouvintes semanalmente, competindo com grandes artistas como Frank Sinatra e Milton Berle. Em 1952 ele ganhou o prêmio Emmy de Personalidade mais Vista na Televisão. Mas o Bispo Sheen dizia que eram Mateus, Marcos, Lucas e João os grandes responsáveis pelo seu sucesso. O bispo Sheen é conhecido como um dos primeiros “televangelistas”.

Ele ensinou teologia e filosofia, executando também a função de pároco, antes de ser nomeado Bispo Auxiliar da Arquidiciocese de Nova York em 1951, função que executou até o ano de 1965. Em 1966 foi nomeado Bispo de Rochester, onde ficou por três anos, antes de renunciar e ser nomeado Arcebispo Titular da Sé de Newport, no País de Gales pelo papa Paulo VI. Esta função lhe permitiu continuar com sua obra de pregação.

>>O dom de comunicar a Palavra

O Bispo Sheen tinha o dom de comunicar a palavra de Deus na forma mais pura e simples. A Revista Time se referiu a ele em 1946 como “Voz de ouro, o Mons. Fulton Sheen é o mais famoso pregador do catolicismo nos EUA”.

Em 1951 ele iniciou um programa semanal na televisão “Vale a pena viver”. O programa consistia simplesmente no fato do bispo Sheen falar na frente de uma platéia ao vivo. Ele falava sobre temas atuais, como os males do comunismo e o uso da psicologia, muitas vezes usando um quadro-negro.

Além disso, ele também dedicou sua energia em atividades políticas, denunciando a Guerra do Vietnã. Uma de suas melhores apresentações aconteceu em fevereiro de 1953, quando ele denunciou o regime soviético de Joseph Stalin.

Ele fez uma leitura dramática da cena do enterro de Julio César, substituindo os nomes de César, Cassio, Marco Antonio e Brutus pelos nomes de importantes líderes soviéticos: Stalin, Lvreenty Beria, Georgy Malenkov e Andrey Vishinski, concluindo: “Stalin, um dia você terá de cumprir o seu julgamento”.

>>O maior elogio de todos!

O Bispo Sheen ganhou o seu maior elogio em outubro e 1979, quando o Papa João Paulo II abraçou-o na Catedral de São Patrício em Nova York. O Papa lhe disse:

“Você tem escrito e falado muito bem do Senhor Jesus. Você é um filho fiel da Igreja. ”

Com esse lindo aviso o Bispo Sheen foi para a vida eterna em 9 de dezembro de 1979, falecendo de doença cardíaca.

Em 14 de Setembro de 2002 a Congregação para as Causas dos Santos abriu oficialmente a causa do Arcebispo Sheen e lhe concedeu o título de “Servo de Deus”. E atualmente está em curso o processo para sua canonização.

>>Alguns livros de sua autoria:

* Deus e Inteligência em Filosofia Moderna (1925);
* As sete últimas palavras (1933);
* Filosofia da Ciência (1934);
* O Eterno Galileu (1934);
* Calvário e a Missa (1936);
* A Cruz e as bem-aventuranças (1937);
* Sete Palavras de Jesus e Maria (1945);
* O comunismo e a consciência do Ocidente (1948);
* Caminho para a Felicidade (1953);
* Caminho para a Paz Interior (1955);
* Vida de Cristo (1958);
* Missões e a crise mundial (1963);

>>O Terço Missionário:

O terço missionário foi uma idéia do bispo americano Fulton Sheen. Ele percebeu que temos cinco mistérios e cinco continentes, então escolheu para cada continente uma cor que, de certa forma, lembrasse alguma característica do mesmo.

Desse moto, ao rezar o mistério estamos pedindo por todas as pessoas que vivem nesse continente. Veja no nosso Devocionário (no final dessa matéria) como rezar o Terço Missionário.

>>Algumas frases do Bispo Fulton Sheen:

Não existem mais de 100 pessoas neste mundo que realmente odeiem a Igreja Católica, mas há milhões que odeiam o que eles pensam ser a Igreja Católica.

Um indivíduo importuno fez uma pergunta ao Bispo Sheen sobre alquém que havia morrido. O Bispo respondeu: "Vou perguntar a ele quando eu chegar no céu". O chato replicou: "E se ele não estiver no Céu?". O Bispo respondeu: "Bom, então você pergunta a ele".

Um homem disse ao Bispo Sheen que não acreditava no inferno. O Bispo respondeu:
"Você vai acreditar quando chegar lá."

Há três doces monotonias em Sua vida (a vida de Cristo) : Trinta Anos obedecendo, Três Anos ensinando, Três Horas redimindo.

Se alguém entre nós pudesse ter feito sua própria mãe, nós a teríamos feito a mulher mais bonita do mundo.

Cada mãe, quando pega a jovem vida que nasceu dela, ergue os olhos para o Céu a fim de agradecer a DEUS pelo dom que fez o mundo rejuvenecer novamente. Mas existe uma Mãe, Maria, que não ergueu os olhos. Ela baixou os olhos para o Céu, pois era o Céu que estava em seus braços.

Nossos cérebros são suficientemente grandes hoje em dia. Poderia ser verdade que nossos corações estão pequenos demais?

Não podemos gostar de todo mundo, mas podemos amar todo mundo.

>>Por amor a Jesus Sacramentado

Uma história sobre o verdadeiro valor e zelo que devemos ter pela Eucaristia

Alguns meses antes de sua morte, o Bispo Fulton J. Sheen foi entrevistado pela rede nacional de televisão: "Bispo Sheen, milhares de pessoas em todo o mundo procuram imitar o exemplo vossa eminência. Em quem o senhor se inspirou? Foi por acaso em algum Papa?". O Bispo Sheen respondeu que sua maior inspiração não foi um Papa, um Cardeal, ou outro Bispo, sequer um sacerdote ou freira. Foi uma menina chinesa de onze anos de idade.

Explicou que quando os comunistas apoderaram-se da China, prenderam um sacerdote em sua própria reitoria, próximo à Igreja. O sacerdote observou assustado, de sua janela, como os comunistas invadiram o templo e dirigiram-se ao santuário. Cheios de ódio profanaram o tabernáculo, pegaram o cálice e, atirando-o ao chão, espalharam-se as hóstias consagradas. Eram tempos de perseguição e o sacerdote sabia exatamente quantas hóstias havia no cálice: trinta e duas.

Quando os comunistas retiraram-se, talvez não tivessem percebido, ou não prestaram atenção, a uma menininha, que rezando na parte detrás da igreja, viu tudo o que ocorreu. À noite, a pequena regressou e, escapando da guarda posta na reitoria, entrou no templo.

Ali, fez uma hora santa de oração, um ato de amor para reparar o ato de ódio. Depois de sua hora santa, entrou no santuário, ajoelhou-se, e inclinando-se para frente, com sua língua recebeu Jesus na Sagrada Comunhão. (Naquele tempo não era permitido aos leigos tocar a Eucaristia com suas mãos).

A pequena continuou regressando a cada noite, fazendo sua hora santa e recebendo Jesus Eucarístico na língua. Na trigésima noite, depois de haver consumido a última hóstia, acidentalmente fez um barulho que despertou o guarda. Este correu atrás dela, agarrou-a, e golpeou-a até mata-la com a parte posterior de sua arma.

Este ato de martírio heróico foi presenciado pelo sacerdote enquanto, profundamente abatido, olhava da janela de seu quarto convertido em cela. Quando o Bispo Sheen escutou o relato, inspirou-se de tal maneira que prometeu a Deus que faria uma hora santa de oração diante de Jesus Sacramentado todos os dias, pelo resto de sua vida. Se aquela pequena pôde dar testemunho com sua vida da real e bela Presença do seu Salvador no Santíssimo Sacramento então, o bispo via-se obrigado ao mesmo. Seu único desejo desde então seria atrair o mundo ao Coração ardente de Jesus no Santíssimo Sacramento.

A pequena ensinou ao Bispo o verdadeiro valor e zelo que se deve ter pela Eucaristia; como a fé pode sobrepor-se a todo medo e como o verdadeiro amor a Jesus na Eucaristia deve transcender a própria vida.

O que se esconde na Hóstia Sagrada é a glória de Seu amor. Todo o mundo criado é um reflexo da realidade suprema que é Jesus Cristo. O sol no céu é apenas um símbolo do filho de Deus no Santíssimo Sacramento. É por isso que muitos sacrários imitam os raios de sol. Como o sol é a fonte natural de toda energia, o Santíssimo Sacramento é a fonte sobrenatural de toda graça e amor.

Resumo de um artigo "Let the Son Shine" pelo Rvd. Martin Lucia

Fonte:http://www.converteivos.com