- E senti o espírito inundado por um mistério de luz que é Deus e N´Ele vi e ouvi -A ponta da lança como chama que se desprende, toca o eixo da terra, – Ela estremece: montanhas, cidades, vilas e aldeias com os seus moradores são sepultados. - O mar, os rios e as nuvens saem dos seus limites, transbordam, inundam e arrastam consigo num redemoinho, moradias e gente em número que não se pode contar , é a purificação do mundo pelo pecado em que se mergulha. - O ódio, a ambição provocam a guerra destruidora! - Depois senti no palpitar acelerado do coração e no meu espírito o eco duma voz suave que dizia: – No tempo, uma só Fé, um só Batismo, uma só Igreja, Santa, Católica, Apostólica: - Na eternidade, o Céu! (escreve a irmã Lúcia a 3 de janeiro de 1944, em "O Meu Caminho," I, p. 158 – 160 – Carmelo de Coimbra)
domingo, 26 de fevereiro de 2012
Quaresma, tempo propicio para reforçar a nossa relação com Deus. Papa pede orações para semana de retiro com os seus colaboradores
(26/2/2012) A tentação de remover Deus, de sozinhos meter ordem em nós mesmos e no mundo, contando apenas com as própria forças, está sempre presente na historia do homem. Afirmou o Papa antes da recitação do Angelus deste domingo comentando o trecho evangélico de Jesus tentado por Satanás no deserto.
Um lugar, o deserto, - disse Bento XVI aos milhares de pessoas congregadas na Praça de S. Pedro que pode indicar o estado de abandono e de solidão, o lugar da fraqueza do homem onde não existem apoios e seguranças, onde a tentação se faz mais forte.
Mas o deserto – acrescentou o Papa – pode indicar também um lugar de refugio e de abrigo, como o foi para o povo de Israel que fugira da escravidão do Egipto, onde se pode experimentar de maneira particular a presença de Deus.
O episodio Evangélico, para Bento XVI ensina que o homem nunca está completamente isento da tentação até que vive, mas é com a paciência e com a verdadeira humildade que nos tornaremos mais fortes do que qualquer inimigo.
“A paciência e a humildade de seguir dia após dia o Senhor, aprendendo a construir a nossa vida não fora dele ou como se Ele não existisse, mas nele e com Ele, porque é a fonte da verdadeira vida.
Com o convite a ter fé em Deus e a converter cada dia a nossa vida á sua vontade, orientando para o bem todas as nossas acções e pensamentos, Bento XVI sublinhou depois que o tempo da Quaresma é o momento propicio para renovar e tornar mais sólida a nossa relação com Deus, através da oração diária, dos gestos de penitencia, das obras de caridade fraterna.
A concluir o Papa pediu a Maria Santíssima que acompanhe o nosso caminho quaresmal com a sua protecção e nos ajude a imprimir no nosso coração e na nossa vida as palavras de Jesus Cristo para nos converter a Ele. E confiou á oração de todos a semana de Exercícios espirituais que esta tarde vai iniciar com os seus colaboradores da Cúria Romana
O pregador dos exercícios espirituais da Quaresma em que o Papa e a Cúria Romana vão participar é o cardeal africano D. Laurent Monsengwo Pasinya, de 72 anos.
O arcebispo de Kinshasa, capital da República Democrática do Congo, foi escolhido devido ao seu compromisso com a paz no país e por ter sido uma voz importante na defesa dos direitos humanos.
"A comunhão do cristão com Deus" vai ser o tema das pregações deste especialista na Bíblia que em 2008 foi secretário especial do Sínodo dos bispos sobre a Palavra de Deus, e que em novembro de 2010 foi criado cardeal por Bento XVI.
Durante o período dos exercícios espirituais da Quaresma, de 26 de fevereiro a 3 de março, estão suspensas todas as atividades do Papa, incluindo a audiência geral de quarta-feira, dia 29.