O Papa surpreendeu os participantes do sínodo ao nomear seis homens próximos de si e vistos como liberais para ajudar a escrever o relatório do sínodo.
Por Aura Miguel – RR: No final de uma semana de confrontos, onde ficou patente haver duas abordagens diferentes em relação aos temas mais polémicos, como o acolhimento a homossexuais ou pessoas em uniões irregulares, incluindo o acesso aos sacramentos por parte destes.
O Papa, que nunca falou mas ouviu tudo o que se disse na aula sinodal, nomeou, sem que nada o fizesse prever, seis pessoas para reforçar a comissão que deve fazer o relatório do sínodo. O cardeal Erdö, de Budapeste, continua à frente da mesma.
O facto está a preocupar aqueles que defendem manter a disciplina actual da Igreja em relação a estes temas, uma vez que todas as pessoas nomeadas pelo Papa são de tendência liberal, ao contrário de Erdö.
Entretanto os padres sinodais elegeram, através de voto secreto, os nomes dos responsáveis pelos grupos de trabalho linguísticos que, ao longo da próxima semana, irão debater questões mais específicas.
Aqui, porém, assistiu-se a um reforçar da posição conservadora, com figuras como o Cardeal Burke e o Cardeal Sarah, ambos tidos em alta conta pela ala conservadora, a serem eleitos, bem como o Cardeal Bagnasco.
Sinais de que a discussão está para durar e que até se poderá intensificar ao longo da próxima semana.