Segundo o Cardeal Ratzinger, no comentário publicado pelo Vaticano que acompanha o texto do Terceiro Segredo, “quem estava à espera de impressionantes revelações apocalípticas sobre o fim do mundo ou sobre o futuro desenrolar da história, deve ficar desiludido. Fátima não oferece tais satisfações à nossa curiosidade…”. Alguns críticos vêem nisso uma contradição a uma quantidade considerável de evidências registradas, inclusive de testemunhos antigos do próprio Cardeal Ratzinger.
Numa entrevista publicada na edição de 11 de novembro de 1984 da revista Jesus, o Cardeal Ratzinger foi questionado se havia lido o texto do Terceiro Segredo e por que ele não havia sido revelado. Ratzinger reconheceu que havia lido o Terceiro Segredo e afirmou que ele, em parte, envolve a “importância dos novissímos” e “perigos ameaçando a fé e a vida dos cristãos e, portanto, (a vida) do mundo”. Ratzinger também comentou que “se ele ainda não foi revelado — ao menos na época — é a fim de impedir que as profecias religiosas sejam mal interpretadas por uma busca pelo sensacional”. Além disso, um artigo de jornal citou o antigo embaixador filipino no Vaticano, Howard Dee, afirmando que o Cardeal Ratzinger pessoalmente o confirmou que as mensagens de Akita e Fátima são “essencialmente a mesma”. A profecia de Akita, em parte, contém o seguinte: “A obra do demônio se infiltrará até mesmo da Igreja, de tal modo que se verá cardeais contra cardeais, bispos contra bispos. Os padres que Me venerarem serão desprezados e sofrerão oposição de seus confrades… igrejas e altares [serão] saqueados; a Igreja estará repleta daqueles que aceitam compromissos e o demônio pressionará muitos padres e almas consagradas a deixar o serviço do Senhor”.
Letter #28, 2010 — 93rd Anniversary, de Robert Moynihan, editor da Revista Inside the Vatican
fonte:fratres in unum