PRECIOSÍSSIMO SANGUE DE JESUS CRISTO
O Sangue de Cristo representa a Sua Vida Humana e Divina, de valor infinito, oferecida à Justiça Divina para o perdão dos pecados de todos os homens, de todos os tempos e lugares.
Quem for baptizado e crer, como disse Jesus, será salvo (Mc 16, 16), pelo Sangue de Cristo.
Em cada Santa Missa, a Igreja renova, torna presente, actualiza e eterniza este Sacrifício de Cristo, pela Redenção da humanidade.
Em média, a cada quatro segundos, em todo o mundo, essa Oferta Divina sobe ao Céu.
O Catecismo da Igreja ensina que, mesmo que o mais santo dos homens tivesse morrido na Cruz [à imitação de Jesus], o seu sacrifício seria insuficientíssimo para resgatar a humanidade das garras do Demónio.
Portanto, era preciso um sacrifício humano, mas de valor infinito.
Pelo que só Deus poderia oferecer tal Sacrifício.
Então, o Verbo Divino dignou-Se assumir a nossa natureza humana, para oferecer a Deus um Sacrifício de valor infinito.
A Majestade de Deus é infinita, pelo que foi ofendida, infinitamente, pelos pecados dos homens.
Logo, só um Sacrifício de valor infinito poderia restabelecer a paz (e a reconciliação), entre a humanidade e Deus.
“Mas eis aqui uma prova brilhante do Amor de Deus por todos nós:
Quando éramos pecadores [ainda não resgatados], Cristo morreu por nós.
Portanto, sobretudo agora que estamos justificados pelo Seu Sangue, seremos por Ele salvos da ira” (Rm 5, 8-9).
São Pedro ensina que fomos resgatados pelo Sangue do Cordeiro de Deus, mediante “a aspersão do Seu Sangue” (1 Pe 1, 2).
“Porque vós sabeis que não é por bens perecíveis, como a prata e o ouro, que tendes sido resgatados da vossa vã maneira de viver, recebida por tradição de vossos pais, mas pelo Precioso Sangue de Cristo, o Cordeiro Imaculado e sem defeito algum, aquele que foi Predestinado antes da Criação do mundo” (1 Pe 1, 19).
Ao despedir-se dos bispos de Éfeso, entre lágrimas, S. Paulo pede que cuidem do rebanho de Deus contra os hereges, que já surgiam naquele tempo, porque este rebanho foi “adquirido com o Seu Sangue” (Act 20, 28).
Para os judeus, a vida estava no sangue (cf. Lv 11, 17), e por isso eles não tomavam o sangue dos animais.
Na verdade, a vida está na alma e não no sangue; mas para eles o sangue tinha esse significado.
É interessante notar que por altura da Páscoa, representando a saída do povo judeu do Egipto, nessa noite da morte dos primogénitos, Deus mandou ao seu povo que assinalasse, com o sangue dum cordeiro imolado, os umbrais das portas, a fim de que o Anjo exterminador não causasse a morte dos primogénitos dessas famílias.
Esse sangue do cordeiro simbolizava e prefigurava o Sangue de Cristo, da Nova e Eterna Aliança, que um dia seria celebrada no Calvário.
É por isso que S. João Baptista, o Precursor de Jesus, ao anunciá-Lo aos judeus, vai dizer:
“Este é o Cordeiro de Deus, que tira os pecados do mundo” (Jo 1, 19).
É a Missão de Cristo ser o Cordeiro de Deus, imolado por amor dos homens.
É este Sangue de Cristo que nos purifica de todos os pecados:
“Se, porém, andarmos na Luz, como Ele mesmo está na Luz, temos comunhão recíproca uns com os outros, e o Sangue de Jesus Cristo, Filho de Deus, purificar-nos-á de todo o pecado” (1 Jo 1, 7).
“Jesus Cristo, Testemunha fiel, Primogénito dentre os mortos e Soberano dos reis da terra, Aquele que nos ama, que nos lavou dos nossos pecados no Seu Sangue, e que fez de nós um reino de sacerdotes para Deus e Seu Pai, Glória e Poder pelos séculos dos séculos! Amém.” (Ap 1, 5)
“Cantavam um cântico novo, dizendo:
Tu és digno de receber o livro e de abrir-lhe os selos, porque foste imolado e resgataste para Deus, ao preço do Teu Sangue, os homens de todas tribos, línguas, povos e raças; e deles fizeste para o nosso Deus um reino de sacerdotes, que reinam sobre a Terra” (Ap 5, 9-10).
Os Mártires derramaram o seu sangue por Cristo, pela força do Sangue de Cristo:
“Mas estes venceram por causa do Sangue do Cordeiro e do Seu eloquente Testemunho. Desprezaram a vida, ao ponto de aceitarem a morte” (Ap 12, 11).
O Apocalipse mostra-nos ainda que os Santos lavaram as suas vestes (as suas almas) no Sangue de Cristo:
“Esses são os sobreviventes da grande tribulação, pois lavaram as suas vestes e purificaram-nas no Sangue do Cordeiro” (Ap 7, 14).
Hoje, esse Sangue Redentor de Cristo está à nossa disposição, de muitas maneiras.
Em primeiro lugar e pela Fé, somos justificados nesse Sangue, como ensina S. Paulo:
“Eis aqui uma prova brilhante do Amor de Deus por nós:
Quando éramos ainda pecadores, Cristo morreu por nós; e portanto agora, que estamos justificados pelo Seu Sangue, seremos por Ele salvos da ira” (Rm 5, 8-9).
Ele está à nossa disposição também no Sacramento da Confissão.
Pelo Ministério da Igreja e dos sacerdotes, Jesus Cristo perdoa-nos os pecados e lava a nossa alma com o Seu Precioso Sangue.
Infelizmente, muitos católicos ainda não entenderam a profundidade do Sacramento da Reconciliação, pois fogem dele por falta de fé e de humildade, ou então confessam-se mal.
O Sangue de Cristo perdoa os nossos pecados na Confissão bem feita, curando também as nossas enfermidades espirituais e psicológicas.
Este Sangue está presente na Sagrada Eucaristia, que é verdadeiramente o Corpo, o Sangue, a Alma e a Divindade de Jesus Cristo.
Na Sagrada Comunhão, podemos ser lavados e inebriados pelo Sangue Redentor do Cordeiro sem mancha, que veio tirar os pecados das nossas almas.
Mas é preciso parar e meditar, para adorá-Lo no Seu Corpo, dado a nós gratuitamente.
Infelizmente, muitos ainda comungam mal, sem estarem na Graça de Deus, ou à pressa, sem Acção de Graças, sem deixarem que o Sangue Real e Divino lave e purifique a alma pecadora e doente.
Autor: Prof. Felipe Aquino(2 -Julho-2009)
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