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Ao meio-dia em ponto o Papa Francisco dirigiu-se aos milhares de fieis presentes na Praça de São Pedro e da janela do Palácio Apostólico rezou com eles a oração do Angelus…
Caros irmãos e irmãs, bom dia,
O Santo Padre recordou que na Quinta-Feira passada foi celebrada a Festa do Corpo de Deus, que em Itália e noutros países do mundo é adiada para este Domingo. É a Festa da Eucaristia, Sacramento do Corpo e Sangue de Cristo. O Papa Francisco recordou que a liturgia nos propõe neste dia a parábola do milagre dos pães, acontecimento em que Jesus se preocupa com uma multidão que o acompanha à já várias horas e que tem fome. O que fazer então…
“Jesus diz: Dai-lhes vós mesmos de comer. Os discípulos ficam desconcertados e respondem: Temos apenas 5 pães e 2 peixes, ou seja, os discípulos tinham apenas o necessário para eles.”
Jesus sabe bem o que deve fazer, mas quer envolver os seus discípulos, quer educa-los. A reacção dos discípulos é a atitude humana que procura a solução realista que não crie problemas. Jesus propõe uma atitude completamente diferente e inovadora…
“Perante aqueles 5 pães, Jesus pensa: Eis a providência! Deste pouco, Deus pode fazer o necessário para todos. Jesus confia totalmente no Pai Celeste, sabe que para Ele tudo é possível. Por isso, diz aos discípulos para sentar aquelas pessoas em grupos de 50 – não é por acaso – isto significa que a multidão transforma-se em comunidades, nutridas com o Pão de Deus. E depois toma os pães e os peixes, levanta os olhos ao céu, recita a bênção – é a clara referência à Eucaristia – pois parte-os e começa a dá-los aos discípulos e os discípulos distribuem..”
O verdadeiro milagre – continuou o Santo Padre – mais do que a multiplicação é a partilha, animada pela fé e pela oração. E comeram todos. Jesus é o pão de Deus para a humanidade…
Após a oração do Angelus o Papa Francisco lançou um apelo para a guerra na Síria que está a colocar a ferro e fogo aquele país há já dois anos. Uma guerra que segundo o Santo Padre está a ter consequências trágicas de morte, destruição, danos humanos, económicos e ambientais…
“Ao deplorar estes factos, desejo assegurar a minha oração e a minha solidariedade para as pessoas raptadas e para as suas famílias e faço um apelo à humanidade dos sequestradores, por forma a que libertem as vítimas. “
O Papa Francisco encorajou ainda os esforços para a paz em vários países da América Latina assegurando-lhes a sua oração. Recordou ainda que celebrou a missa matinal com familiares de militares que perderam a vida em missões de paz. Reconfortou-os com as intenções das suas orações e lançou um repto:
“Tudo se perde com a guerra; Tudo se ganha com a paz.”
O Santo Padre terminou saudando as famílias e os fieis de várias paróquias italianas presentes na praça e ainda saudou em modo especial os peregrinos vindos do Canadá, da Croácia e da Bósnia Herzegovina e em modo muito concreto saudou o grupo do Piccolo Cottolengo de Génova da Obra de Don Orione.
“A tutti buona domenica e buon pranzo!”