sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

SUA SANTIDADE BENTO XVI: "A oração abre-nos para receber o dom de Deus" Benedetto XVI : "La preghiera ci apre a ricevere il dono di Dio". Benoît XVI : Jésus s’adresse à Dieu en l’appelant « Père ».Benedikt XVI, Von Jesus beten lenen


Pope Benedict XVI held his weekly General Audience today, during which he continued his focus on Christian prayer – especially the teaching and example given us by Jesus himself.

In the “cry of exultation” recorded for us by the evangelists Matthew and Luke, Jesus gives thanks to the Father because he has willed to reveal the mystery of salvation not to the wise and learned, but to the “little ones” (cf. Mt 11:25-30; Lk 10:21-22). This magnificent prayer has its source in Jesus’ profound communion with the Father in the Holy Spirit; as the eternal Son, Jesus alone “knows” the Father and rejoices in complete openness to his will.

“Indeed,” said Pope Benedict, “no one knows the Father except the Son and those to whom the Son chooses to reveal him” (Lk 10:22).

In this prayer, then, the Lord expresses his desire to share his knowledge of the Father with the “little ones”, the pure ...»




Jesus spricht Gott als „Vater" an. Dieser Begriff drückt Jesu Bewusstsein und Gewissheit aus, „der Sohn“ zu sein, in inniger und ständiger Gemeinschaft mit Ihm stehend, und das ist der zentrale Punkt und Quelle jedes Gebetes Jesu. Dies wird im letzten Teil des Jubelliedes klar ersichtlich, welcher den gesamten Text erleuchtet. Jesus sagt: „Mir ist von meinem Vater alles übergeben worden; niemand weiß, wer der Sohn ist, nur der Vater, und niemand weiß, wer der Vater ist, nur der Sohn und der, dem es der Sohn offenbaren will“ (Lk 10, 22). Jesus behauptet damit, dass nur „der Sohn" wirklich den Vater kennt. Jedwede Erkenntnis, jedes Erkennen unter den Menschen - wir erleben dies alle in unseren zwischenmenschlichen Beziehungen - erfordert eine Mitwirkung, eine Art innere Verbindung von mehr oder weniger Tiefe zwischen dem, der kennt und dem, der bekannt ist: Erkenntnis ist ohne eine Gemeinschaft des Seins nicht möglich. Im Jubelleid, wie in all seinen Gebeten, zeigt Jesus, dass die wahre Erkenntnis Gottes die Gemeinschaft mit ihm voraus setzt: nur durch die Gemeinschaft mit dem Anderen beginnen wir zu erkennen; und so auch mit Gott, nur wenn man einen wahren Kontakt zu ihm hat, wenn wir in Gemeinschaft mit ihm leben, können wir ihn erkennen.LESEN...


La catechesi di Benedetto XVI : "La preghiera ci apre a ricevere il dono di Dio".

Gesù si rivolge a Dio chiamandolo «Padre». Questo termine esprime la coscienza e la certezza di Gesù di essere «il Figlio», in intima e costante comunione con Lui, e questo è il punto centrale e la fonte di ogni preghiera di Gesù. Lo vediamo chiaramente nell’ultima parte dell’Inno, che illumina l’intero testo. Gesù dice: «Tutto è stato dato a me dal Padre mio e nessuno sa chi è il Figlio se non il Padre, né chi è il Padre se non il Figlio e colui al quale il Figlio vorrà rivelarlo» (Lc 10, 22). Gesù quindi afferma che solo «il Figlio» conosce veramente il Padre. Ogni conoscenza tra le persone - lo sperimentiamo tutti nelle nostre relazioni umane – comporta un coinvolgimento, un qualche legame interiore tra chi conosce e chi è conosciuto, a livello più o meno profondo: non si può conoscere senza una comunione dell'essere. Nell’Inno di giubilo, come in tutta la sua preghiera, Gesù mostra che la vera conoscenza di Dio presuppone la comunione con Lui: solo essendo in comunione con l'altro comincio a conoscere; e così anche con Dio, solo se ho un contatto vero, se sono in comunione, posso anche conoscerlo.LEGGERE...

Catéchèse de Benoît XVI : Jésus s’adresse à Dieu en l’appelant « Père »

 

Jésus s’adresse à Dieu en l’appelant « Père » . Ce terme exprime la conscience et la certitude de Jésus d’être « le Fils », en communion intime et constante avec Lui, et c’est le point central et la source de toute prière de Jésus. Nous le voyons clairement dans la dernière partie de l’Hymne, qui éclaire tout le texte. Jésus dit : « Tout m’a été donné par mon Père et personne ne sait qui est le Fils sinon le Père ni qui est le Père sinon le Fils et celui auquel le Fils veut le révéler » (Lc 10, 22). Jésus affirme donc que seul « le Fils » connaît vraiment le Père. Toute connaissance entre des personnes – nous en faisons tous l’expérience dans les relations humaines - , comporte une implication, un lien intérieur entre celui qui connaît et celui qui est connu, à un niveau plus ou moins profond : on ne peut connaître sans une communion de l’être. Dans l’Hymne de jubilation, comme dans toute sa prière, Jésus montre que la vraie connaissance de Dieu présuppose la communion avec lui : c’est seulement en étant en communion avec l’autre que je commence à le connaître ; il en est aussi ainsi avec Dieu : c’est seulement si j’ai un contact vrai, si je suis en communion, que je peux aussi le connaître.LIRE...

A catequese de Bento XVI durante a Audiência Geral de hoje : "A oração abre-nos para receber o dom de Deus"

Queridos irmãos e irmãs,
Os evangelistas Mateus e Lucas (cf. Mt 11,25-30 e Lc 10, 21-22) nos transmiti ram uma "jóia" da oração de Jesus, que geralmente é chamado de Hino de júbilo ou Hino de júbilo messiânico. Este se trata de uma oração de gratidão e louvor, como acabamos de ouvir. No grego original do Evangelho o verbo que inicia este hino, que expressa a atitude de Jesus quando se volta ao Pai, é exomologoumai, muitas vezes traduzida como "louvor" (Mt 11,25 e Lc 10,21). Mas nos escritos do Novo Testamento esse verbo indica principalmente duas coisas: a primeira é "conhecimento mais profundo" - por exemplo, João Batista pedia para reconhecer profundamente seus próprios pecados àqueles que vinham até ele para ser batizado (cf. Mt 3, 6) -; a segunda coisa é "concordar." Assim, a expressão com a qual Jesus começa sua oração contém o seu reconhecimento profundo, pleno, a ação de Deus Pai, e juntos, em totalidade, consciente e alegre acordo com esta maneira de agir, com o projeto do Pai. O hino de júbilo é o ápice de um caminho de oração que emerge claramente a profunda e íntima comunhão de Jesus com a vida do Pai no Espírito Santo e manifesta a sua filiação divina.
Jesus se dirige a Deus chamando-o “Pai”. Este termo expressa a consciência e a certeza de Jesus de ser “o Filho”, em comunhão íntima e constante com Ele, e este é o ponto central e a fonte de toda oração de Jesus. Vemos isso claramente na última parte do Hino que ilumina todo o texto. Jesus diz: "Todas as coisas me foram entregues por meu Pai. Ninguém conhece quem é o Filho senão o Pai, e aquele a quem o Filho o quiser revelar" (Lc 10, 22). Jesus afirma então que só “o Filho" conhece realmente o Pai. Qualquer conhecimento entre pessoas – todos experimentamos em nossos relacionamentos humanos - exige um compromisso, algum vínculo interior entre quem conhece e o conhecido, em um nível mais ou menos profundo: não podemos conhecer, sem uma comunhão do ser. No hino de júbilo, como em toda a sua oração, Jesus mostra que o verdadeiro conhecimento de Deus pressupõe a comunhão com ele: somente em comunhão com o outro começo a conhecer; e assim também com Deus, somente se eu tiver um contato verdadeiro, se estiver em comunhão, posso também conhecê-lo. Assim, o conhecimento verdadeiro é reservado ao "Filho", o Unigênito, que está desde sempre no seio do Pai (cf. Jo 1,18), em perfeita unidade com Ele. Somente o Filho conhece realmente Deus, estando em comunhão íntima com o ser; somente o Filho pode revelar realmente quem é Deus
O nome "Pai" é seguido por um segundo título, "Senhor do céu e da terra." Jesus, com esta expressão, recapitula a fé na criação e faz ressoar nas primeiras palavras da Sagrada Escritura: "No princípio Deus criou o céu e a terra" (Gen 1.1). Rezando, Ele recorda a grande narração bíblica da história de amor de Deus pelo homem, que inicia com o ato da criação. Jesus se insere nessa história de amor, é o cume e a realização. Na sua experiência de oração, a Sagrada Escritura é iluminada e revive na sua completa amplitude: anúncio do mistério de Deus e resposta do homem transformado. Mas através da expressão: "Senhor do céu e da terra", também reconhecemos que em Jesus, como o Revelador do Pai, é reaberta ao homem a possibilidade de acesso a Deus.
Agora, nos perguntemos: a quem o Filho quer revelar os mistérios de Deus? No início do Hino Jesus expressa sua alegria que a vontade do Pai é esconder estas coisas aos sábios e inteligentes e revelá-las aos pequeninos (cf. Lc 10:21). Nesta expressão de sua oração, Jesus manifesta sua comunhão com a decisão do Pai, que abre seus mistérios para aqueles que têm o coração simples: a vontade do Filho é uma coisa só com aquela do Pai. A revelação divina não é segundo a lógica terrena, na qual os homens cultos e poderosos, que possuem conhecimentos importantes os transmitem aos mais simples, aos menores. Deus utilizou um outro estilo: os destinatários da sua comunicação foram justamente os "pequeninos". Esta é a vontade do Pai, e o Filho a compartilha com alegria. Diz o Catecismo da Igreja Católica: "Sua exclamação:”Sim, Pai! ”exprime a profundidade do seu coração, a sua adesão ao beneplácito do Pai, como eco do “Fiat” de sua mãe no momento da sua concepção e como prelúdio ao que Ele diria ao Pai em sua agonia. Toda a oração de Jesus está nesta amorosa adesão de seu coração humano ao mistério "de ... vontade "do Pai (Ef 1.9)" (2603). Daí deriva a invocação que dirigimos a Deus no Pai Nosso: "Seja feita a vossa vontade assim na terra como no céu": com Cristo e em Cristo, também nós pedimos para entrar em sintonia com a vontade do Pai, nos tornando assim também nós seus filhos. Jesus, portanto, neste Hino de júbilo manifesta a vontade de envolver em seu conhecimento filial de Deus todos aqueles que o Pai quer tornar participantes; e aqueles que acolhem este dom são os "pequeninos".
Mas o que significa ser "pequenino", simples? Qual é a "pequenez" que abre o homem a intimidade filial com Deus e a acolher sua vontade? Qual deve ser a atitude de fundo na nossa na oração? Vejamos o "Sermão da Montanha", onde Jesus afirma: "Bem-aventurados os puros de coração, porque verão a Deus" (Mateus 5.8). É a pureza do coração que permite reconhecer o rosto de Deus em Jesus Cristo; é ter o coração simples como o das crianças, sem a presunção de quem se fecha em si mesmo, pensando que não precisa de ninguém, nem mesmo Deus.
É interessante notar também a ocasião em que Jesus irrompe neste Hino ao Pai. Na narração evangélica de Mateus é a alegria porque, apesar das oposições e rejeições, existem "pequenos" que aceitam a sua palavra e se abrem ao dom da fé Nele. O Hino de Júbilo, de fato, é precedido pelo contraste entre o elogio de João Batista, um dos "pequenos" que reconheceram a ação de Deus em Cristo Jesus(cf. Mt 11,2-19), e a repreensão pela descrença das cidades do lago, “onde tinha feito grande número de seus milagres"(cf. Mt 11,20-24). O júbilo, portanto, é visto por Mateus em relação às palavras com as quais Jesus observa a eficácia de sua palavra e de sua ação: "Ide e contai a João o que ouvistes e o que vistes: os cegos vêem, os mortos ressuscitam, o Evangelho é anunciado aos pobres. Bem-aventurado aquele para quem eu não for motivo de escândalo"(Mt 11,4-6).
São Lucas também apresenta o Hino de júbilo em relação com um momento de desenvolvimento do anúncio do Evangelho. Jesus enviou "os setenta e dois discípulos" (Luc10.1) e eles partiram com uma sensação de medo para o possível fracasso de sua missão.Lucas também enfatiza a rejeição encontrada nas cidades onde o Senhor pregou e realizou sinais prodigiosos. Mas os setenta e dois discípulos retornaram plenos de alegria, porque a missão deles foi bem sucedida; eles constataram que, com o poder da palavra de Jesus, os males do homem são vencidos. E Jesus compartilha a satisfação deles: “na mesma hora", naquele momento, Ele exultou de alegria.
Há ainda duas coisas que eu gostaria de enfatizar. O evangelista Lucas introduz a oração com a observação: "Jesus exultou de alegria no Espírito Santo" (Lc 10:21). Jesus se alegra a partir do íntimo de si, no que há de mais profundo: a comunhão única de conhecimento e de amor com o Pai, a plenitude do Espírito Santo.

   Envolvendo-nos na sua filiação, Jesus nos convida a abrir-nos à luz do Espírito Santo, porque - como afirma o apóstolo Paulo - "(Nós) não sabemos... orar como convém, mas o Espírito mesmo intercede com gemidos inefáveis ...segundo Deus "(Rm 8:26-27) e nos revela o amor do Pai.

No Evangelho de Mateus, após o Hino de júbilo, encontramos um dos apelos mais cordiais de Jesus: "Vinde a mim todos vós que estais cansados ​​e sobrecarregados, e eu vos aliviarei" (Mateus 11:28). Jesus pede para ir a Ele, que é a verdadeira sabedoria, a Ele que é "manso e humilde de coração"; propõe "o seu jugo", o caminho da sabedoria do Evangelho que não é uma doutrina para aprender ou uma proposta ética, mas uma Pessoa a seguir: Ele mesmo, o Filho Unigênito em perfeita comunhão com o Pai.
Queridos irmãos e irmãs, provamos por um momento a riqueza desta oração de Jesus. Também nós, com o dom do seu Espírito, podemos voltar para Deus em oração, com confiança filial, invocando o nome do Pai, "Abba!". Mas devemos ter o coração dos pequeninos, dos "pobres em espírito" (Mat5.3), para reconhecer que não somos auto-suficientes, que não podemos construir nossas vidas sozinhos, mas necessitamos de Deus, precisamos encontrá-lo, escutá-lo, e falar com ele. A oração abre-nos para receber o dom de Deus, sua sabedoria, que é o próprio Jesus, para fazer a vontade do Pai em nossas vidas e assim encontrar descanso no cansaço da nossa jornada. Obrigado.
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(Saudação em português)
A todos os presentes de língua portuguesa, a minha grata saudação de boas-vindas a este nosso encontro, que tem lugar na véspera da festa da Imaculada Conceição de Nossa Senhora. Sobre os passos da vossa peregrinação terrena, vele carinhosa a Virgem Mãe para, com Ela e como Ela, serdes os «pequeninos» de Deus e deste modo sairdes vencedores das ciladas da serpente infernal. Como penhor dos favores do Alto para vós e vossos entes queridos, dou-vos a minha Bênção.