O Papa na audiência geral recordou aquele gigante de santidade que foi Francisco de Assis
“Um autêntico gigante da santidade, que continua a fascinar muitíssimas pessoas de qualquer idade e credo religioso”: foi nestes termos que Bento XVI definiu São Francisco de Assis, ao qual dedicou a catequese da audiência geral desta quarta-feira, na Aula Paulo VI.
O Papa recordou que em 1209 Francisco foi a Roma “para submeter ao papa Inocêncio II o projecto de uma nova forma de vida cristã, sublinhando que “o pobrezinho de Assis tinha compreendido que todo e qualquer carisma dado pelo Espírito Santo deve ser colocado ao serviço do corpo de Cristo, que é a Igreja”. Foi por isso que Francisco – acrescentou ainda Bento XVI – “actuou sempre em plena comunhão com a autoridade eclesiástica”.
“Na vida dos santos – observou o Papa – não existe contraste entre carisma profético e carisma de governo e, quando surge alguma tensão, (os santos) sabem aguardar com paciência os tempos do Espírito Santo”.
Mas ouçamos o resumo em português apresentado pelo próprio Bento XVI, nesta audiência:
“Queridos irmãos e irmãs,
São Francisco de Assis, nascido no final do século XII, foi um autêntico “gigante da santidade”, que continua a fascinar inúmeras pessoas de todas as idades e credos religiosos. Depois de viver uma juventude leviana, Francisco passou por um lento processo de conversão espiritual que culminou na sua decisão de viver na pobreza e de dedicar-se à pregação, sempre em comunhão com a autoridade eclesiástica. Seu ardor missionário o levou até as terras sob o domínio do Islão onde conseguiu, armado somente da sua fé e mansidão, estabelecer um diálogo frutuoso com os muçulmanos, o qual ainda hoje é modelo para nós. Com efeito, Francisco não procurou outra coisa senão ser como Jesus: contemplando-O no Evangelho, amando-O intensamente na Eucaristia e imitando Suas virtudes, até o ponto de receber o dom sobrenatural dos estigmas, demonstrando assim, visivelmente, sua conformação total a Cristo humilde, pobre e sofredor.
Amados peregrinos de língua portuguesa, o testemunho da vida de São Francisco de Assis ensina que o segredo da verdadeira felicidade é tornar-se santo. Que a Virgem Maria conceda este dom a vós e aos vossos familiares que de coração abençoo. Ide em paz!”
No final da audiência, como já declarara nas palavras pronunciadas em alemão, Bento XVI recordou que exactamente há 65 anos, a 27 de Janeiro de 1945, o campo de concentração de Auschwitz foi libertados pelo exército soviético. “Tal acontecimento e os testemunhos dos sobreviventes revelaram ao mundo o horror de crimes de inaudita ferocidade, cometidos nos campos de extermínio criados pela Alemanha nazista”.
Celebra-se hoje o Dia da memória, em recordação de todas as vítimas daqueles crimes, em especial do aniquilamento planificados dos Judeus, e em honra de todos os que, com o risco da própria vida, protegeram os perseguidos, opondo-se à loucura homicida.
O Papa exprimiu a sua comoção perante “as inumeráveis vítimas de um cego ódio racial e religioso, que sofreram a deportação, a detenção, a morte naqueles lugares aberrantes e desumanos”.
Que a memória desses factos, em particular do drama da Shoah que atingiu o povo hebraico, suscite cada vez maior respeito pela dignidade de cada pessoa, para que todos os homens se sintam uma única grande família. Que Deus omnipotente ilumine os corações e as mentes, para que nunca mais se repitam tais tragédias!”
(Fonte: site Radio Vaticana)
O Papa recordou que em 1209 Francisco foi a Roma “para submeter ao papa Inocêncio II o projecto de uma nova forma de vida cristã, sublinhando que “o pobrezinho de Assis tinha compreendido que todo e qualquer carisma dado pelo Espírito Santo deve ser colocado ao serviço do corpo de Cristo, que é a Igreja”. Foi por isso que Francisco – acrescentou ainda Bento XVI – “actuou sempre em plena comunhão com a autoridade eclesiástica”.
“Na vida dos santos – observou o Papa – não existe contraste entre carisma profético e carisma de governo e, quando surge alguma tensão, (os santos) sabem aguardar com paciência os tempos do Espírito Santo”.
Mas ouçamos o resumo em português apresentado pelo próprio Bento XVI, nesta audiência:
“Queridos irmãos e irmãs,
São Francisco de Assis, nascido no final do século XII, foi um autêntico “gigante da santidade”, que continua a fascinar inúmeras pessoas de todas as idades e credos religiosos. Depois de viver uma juventude leviana, Francisco passou por um lento processo de conversão espiritual que culminou na sua decisão de viver na pobreza e de dedicar-se à pregação, sempre em comunhão com a autoridade eclesiástica. Seu ardor missionário o levou até as terras sob o domínio do Islão onde conseguiu, armado somente da sua fé e mansidão, estabelecer um diálogo frutuoso com os muçulmanos, o qual ainda hoje é modelo para nós. Com efeito, Francisco não procurou outra coisa senão ser como Jesus: contemplando-O no Evangelho, amando-O intensamente na Eucaristia e imitando Suas virtudes, até o ponto de receber o dom sobrenatural dos estigmas, demonstrando assim, visivelmente, sua conformação total a Cristo humilde, pobre e sofredor.
Amados peregrinos de língua portuguesa, o testemunho da vida de São Francisco de Assis ensina que o segredo da verdadeira felicidade é tornar-se santo. Que a Virgem Maria conceda este dom a vós e aos vossos familiares que de coração abençoo. Ide em paz!”
No final da audiência, como já declarara nas palavras pronunciadas em alemão, Bento XVI recordou que exactamente há 65 anos, a 27 de Janeiro de 1945, o campo de concentração de Auschwitz foi libertados pelo exército soviético. “Tal acontecimento e os testemunhos dos sobreviventes revelaram ao mundo o horror de crimes de inaudita ferocidade, cometidos nos campos de extermínio criados pela Alemanha nazista”.
Celebra-se hoje o Dia da memória, em recordação de todas as vítimas daqueles crimes, em especial do aniquilamento planificados dos Judeus, e em honra de todos os que, com o risco da própria vida, protegeram os perseguidos, opondo-se à loucura homicida.
O Papa exprimiu a sua comoção perante “as inumeráveis vítimas de um cego ódio racial e religioso, que sofreram a deportação, a detenção, a morte naqueles lugares aberrantes e desumanos”.
Que a memória desses factos, em particular do drama da Shoah que atingiu o povo hebraico, suscite cada vez maior respeito pela dignidade de cada pessoa, para que todos os homens se sintam uma única grande família. Que Deus omnipotente ilumine os corações e as mentes, para que nunca mais se repitam tais tragédias!”
(Fonte: site Radio Vaticana)