Primeira meditação
O sofrimento de Jesus continua em nós, mas ao mesmo tempo a glória da sua ressurreição se faz presente em nós
O mistério que celebramos propõe à nossa meditação um dos temas fundamentais mas também mais desconcertantes do cristianismo. No Antigo Testamento, o mal moral não era diferente do mal físico. Tudo se chamava "mal"; porém, mesmo que se falasse indiferentemente de um e de outro, a distinção estava implícita. Para nós cristãos a distinção é tão clara, tão absoluta que vemos o mal físico como o meio mais eficaz escolhido por Deus para a destruição do mal moral. O Filho de Deus morre na Cruz, aceita sofrer em seu corpo e em sua alma todos os tormentos para a salvação do homem e esta salvação é a remissão do pecado (mal moral).LER...
- E senti o espírito inundado por um mistério de luz que é Deus e N´Ele vi e ouvi -A ponta da lança como chama que se desprende, toca o eixo da terra, – Ela estremece: montanhas, cidades, vilas e aldeias com os seus moradores são sepultados. - O mar, os rios e as nuvens saem dos seus limites, transbordam, inundam e arrastam consigo num redemoinho, moradias e gente em número que não se pode contar , é a purificação do mundo pelo pecado em que se mergulha. - O ódio, a ambição provocam a guerra destruidora! - Depois senti no palpitar acelerado do coração e no meu espírito o eco duma voz suave que dizia: – No tempo, uma só Fé, um só Batismo, uma só Igreja, Santa, Católica, Apostólica: - Na eternidade, o Céu! (escreve a irmã Lúcia a 3 de janeiro de 1944, em "O Meu Caminho," I, p. 158 – 160 – Carmelo de Coimbra)