Numa das mais esperadas nomeações do ano, um jornalista italiano diz que uma das principais vozes progressitas em toda a Igreja deve ser sucedida pelo “bispo mais tradicional” de seu país.
Depois de uma prolongada batalha pela sucessão, Andrea Tornielli do Il Giornale informou no início desta noite que Dom Andre Mutien Leonard, de Namur, 69 anos, “nos próximos dias” será nomeado arcebispo de Malines-Bruxelas. A mudança chega dezenove meses depois do veterano primaz Cardeal Godfried Danneels atingir a idade de aposentadoria dos 75 anos.
[...] Em seu lugar no comando da igreja de 1,6 milhões de membros de Bruxelas — e um rebanho belga computando uns 7 milhões — o pontífice ostensivamente escolheu o chefe da menor diocese do país, mas a que, conforme o relatado, ostenta a metade dos 70 seminaristas belgas. Chefe de sua igreja nativa desde 1991, Leonard é um colaborador de longa data do Papa, tendo trabalhado como membro da Comissão Teológica Internacional do Vaticano durante o período do então Cardeal Joseph Ratzinger no conselho consultivo da Congregação para a Doutrina da Fé, e, segundo Tornielli, um “entusiasmado” defensor de Summorum Pontificum, o motu proprio de Bento XVI facilitando a ampla celebração do Missal de 1962. (Leonard celebrou uma Missa Tridentina de alto nível, mostrada acima, durante o Congresso Eucarístico de 2008 em Quebec). O bispo igualmente pregou o retiro quaresmal de 1999 para o Papa João Paulo II e a cúria romana.
Com Bruxelas agora supostamente ocupada, entre outros esperando seus sucessores na frente global estão os cardeais-arcebispos de Seul, Cidade da Guatemala, Praga, Manila, Bogotá, Turim, Guadalajara, Santiago de Chile, Jacarta, Cidade de Ho Chi Minh e, na terra natal de Bento XVI, outro dos postos mais influentes da Europa: o arcebispado de Colônia, onde o Cardeal Joachim Meisner completou 76 anos no dia de Natal.