Malachi Martin foi um jesuita que trabalhou no Vaticano como secretário do modernista Cardeal Bea. Depois, desgostado, não se sabe porque razão, quis deixar esse posto. Consta que no Vaticano lhe ofereceram até o título de Cardeal, se ele ficasse — porque ele ameaçava contar o que sabia ----, mas ele não aceitou essa proposta.
Reduzido ao etado leigo, mas com o privilégio de continuar rezando a Missa em privado, Malachi Martin publicou muitos livros que teiveram enorme sucesso, entre eles Windswept House, Vatican, Os Jesuítas, e aquele a que nos referimos acima The Keys of this Blood. Eram livros de ficção. Romances, em que o autor fazia revelações sobre o que acontecia nos corredores e nos gabinetes secretos do Vaticano. E o que Malachi Martin contava era simples -mente terrível.
Claro que ele, por prudência, para evitar processos, mascarava os nomes de personalidades do Vaticano sob nomes inventados. Inventados mas mais ou menos trnsparentes. Assim o personagem Cardeal Argentini era, evidentemente o Cardeal Silvestrini, já que silver, e inglês, significa prata que em latim se diz Argentum. Portanto Silvestrini se tornou Argentini… E assim outros…
Anos atrás, Malchi Mratin desapareceu misteriosamente e seu cadáver foi encontrado sem sinais aparentes de violência..
Numa entrevista, ao ser perguntado o quanto havia de real em seus livros e quanto de ficção, ele respondeu que 85 % dos fatos contados eram reais e 15% inventados para concatenar a narrativa. Seus livros não seriam, então, propriamente de ficção, mas um misto de realidade e de invenção. Livros faccionais e não ficcionais (Cfr. Entrevista de Malachi Martin in The New American, 9 de Junho de 1997. p. 39).
Hoje queremos apresentar uma página do livro The Keys of this Blood.
Nesse livro, Malachi Martin faz falar um papa polonês – porém posterior a João Paulo II – que ele chamou de Papa Valeska.
De onde tirou Malachi Martin a idéia de que haveria dois Papas poloneses, isto é, não italianos, sendo que o segundo daria solução à crise atual da Igreja?
No capítulo final da narrativa, o Papa reune cento e cinqüenta e três Cardeais, --cento e cinqüenta e três, o número dos peixes da pesca milagrosa--, num Consistório e lhes faz um discurso decisivo.
No capítulo final da narrativa, o Papa reune cento e cinqüenta e três Cardeais, --cento e cinqüenta e três, o número dos peixes da pesca milagrosa--, num Consistório e lhes faz um discurso decisivo.
O Papa polonês lhes diz que, depois do Vaticano II, a Igreja entrou numa crise sem igual na história, por causa da “mudança radical feita na Liturgia, na Teologia, na piedade, na moral e no governo eclesiástico” (Malachi Martin, The Keys of this Blood, Touchstone Books, New York, 1990, p.688).
Curioso é que as prImeiras mudanças citadas – Liturgia e Teologia--, são aquelas que o Cardeal Pacelli, futuro Pio XII, citou, em 1936, como sendo as nomeadas por Nossa Senhora de Fátima no seu segredo. Disse o então Cardeal Pacelli:
“Estou obcecado pelas confidências da Virgem à pequena Lúcia de Fátima. Essa obstinação de Nossa Senhora diante do perigo que ameaça a Igreja, é um aviso divino contra o suicídio que representaria a alteração da fé, em sua liturgia, sua teologia e sua alma”.(...) ”.(Monsenhor Georges Roche e Philippe St. Germain, Pie XII devant l´Histoire, Laffont, Paris, 1972, pp 52 – 53; idem Abbé Daniel Le Roux, Pierre m´aimes-tu?, edit Fideliter, Brout Vernet 1986. p. 1; idem Padre Dominique Bourmaud, Cien Años de Modernismo, Ed Fundación San Pio X Buenos Aires, 2006, p. 312; apud Dom Bernard Fellay, Superior Geral da FSSPX, Resposta de 22 de junho de 2001 à carta do Cardeal Castrillon Hoyos de 7 de maio de 2001. Communicantes, Août 2001, Os destaques são da Montfort
http://www.sspx.ca/Communicantes/Aug2001/French/Monseigneur_Fellay_repond.htm).
O Cardeal Oddi tinha a convicção de “que o Terceito Segredo predizia algo terrível feito pela Igreja”, ou, como seria mais próprio dizer, pelos homens da Igreja.
O Cardeal Ciappi, que foi por decênios e sob vários Pontífices “teólogo do Papa” escreveu: “No terceiro segredo se profetiza, entre outras coisas, que a grande apostasia na Igreja partirá de seu cume”.
E a palavra apostasia também reaparece no texto que Malachi Martin coloca na boca do Papa Waleska falando aos Cardeais no imaginário Consistório:
“Através de todas as regiões e de cada departamento da vida Católica Romana, hoje, sofre um deslizamento contínuo e irrefreável para a desordem, a desunião, a confusão, a falta de fé e uma franca apostasia” (Malachi Martin, The Keys of this Blood, Touchstone Books,New York, 1990, p.688. o destaque é nosso).
“Através de todas as regiões e de cada departamento da vida Católica Romana, hoje, sofre um deslizamento contínuo e irrefreável para a desordem, a desunião, a confusão, a falta de fé e uma franca apostasia” (Malachi Martin, The Keys of this Blood, Touchstone Books,New York, 1990, p.688. o destaque é nosso).
Depois o Papa Valeska afirma que iniciou seu governo com paciência e e norme paciência, esperando um retorno que não houve. Então, ele resolvei agir.
Anuncia aos Cardeais que haverá grandes mudanças no governo da Igreja e dá uma série de decretos papais que seriam logo publicados:
“Os senhores conhecerão, a seu tempo, que há uma serie de particulares decretos papais. O principal deles é preciso mencionar aqui. Houve no passado, e haverá no futuro, um só rito romano oficial da Missa. No futuro próximo, haverá duas variações oficialmente sancionadas daquele sagrado rito romano: o rito tradicional, que floresceu por mais de mil anos antes do Concílio de Trento, deu-lhe uma especial garantia, e o Novus Ordo do Papa Paulo VI, o qual, em um estado reformado é também autorizado. Ambos os ritos serão celebrados em latim, como foi decretado pelo Concílio Vaticano II, exceto nas orações ditas pelo povo, que serão em vernáculo. O Novus Ordo paulino será purificado das partes suspeitas sendo restauradas as palavras valificadoras da Consagração completamente expurgadas dos acréscimos luteranos. A celebração de ambas as Missas será decidida não por voto popular, mas por ordens diretas da Santa Sé”.
“Todas as sanções eclesiásticas lançadas contra os assim chamados movimentos tradicionalistas e seus líderes serão revogadas por este meio . De todo modo, a maioria delas eram nulas e vazias de sentido desde o início”.
“Outro decreto suspende todas as atividades da Comissão Justiça e Paz e todos os secretariados para o ecumenismo em toda a Igreja; e ainda outro decreto proibirá qualquer uso futuro desses infames programas RENEW e RCIA. Eles deverão ser supressos como sendo não católicos.
“Já está estabelecida uma Comissão papal para um reexame dos documentos do Concílio Vaticano II; os decretos dessa Comissão darão a autêntica interpretação [Destaque da Montfort] desses documentos, de uma vez para sempre. Eu mesmo promulgarei uma série de decretos papais sobre liberdade religiosa, sobre a única Igreja verdadeira como a única possuidora dos meios de salvação, e sobre a infalibilidade papal”.
“Um Motu Proprio especial de minha autoria suspenderá todas as reuniões e todas atividades de todas as Conferências Episcopais locais e regionais. O conjunto das iniciativas das Conferências de Bispos têem provado ser uma sementeira de heresias, cisma e erros teológicos; e elas têem sido um dos principais instrumentosl nas mãos dos partidários da Anti Igreja em sua tentativa de despapalizar a organização institucional da Igreja Católica Apostólica Romana”
“Finalmente, há a questão de corrigir e de reformular a atitude da organização da Igreja Católica institucional em todo o mundo face ao mundo moderno. Infelizmente, o que o Concílio Vaticano II estabeleceu nesse sentido foi modelado pelo que o Papa Paulo VI formulou. Desgraçadamente, a formulação desse Pontífice foi modelada para ele por homens do Vaticano, e por homens e mulheres fora do Vaticano que tinham por objetivo somente liquidar a essência do catolicismo e fazer a organização humana dessa Igreja escrava da total secularização do Catolicismo Romano. Essa atitude – logo espalhada e aceita pelos Bispos, padres, religiosos e povo leigo — deve ser expurgada da Igreja”. (Malachi Martin, The Keys of this Blood, Touchstone Books, New York, 1990, p.693-694. Os destaques são nossos).
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“Os senhores conhecerão, a seu tempo, que há uma serie de particulares decretos papais. O principal deles é preciso mencionar aqui. Houve no passado, e haverá no futuro, um só rito romano oficial da Missa. No futuro próximo, haverá duas variações oficialmente sancionadas daquele sagrado rito romano: o rito tradicional, que floresceu por mais de mil anos antes do Concílio de Trento, deu-lhe uma especial garantia, e o Novus Ordo do Papa Paulo VI, o qual, em um estado reformado é também autorizado. Ambos os ritos serão celebrados em latim, como foi decretado pelo Concílio Vaticano II, exceto nas orações ditas pelo povo, que serão em vernáculo. O Novus Ordo paulino será purificado das partes suspeitas sendo restauradas as palavras valificadoras da Consagração completamente expurgadas dos acréscimos luteranos. A celebração de ambas as Missas será decidida não por voto popular, mas por ordens diretas da Santa Sé”.
“Todas as sanções eclesiásticas lançadas contra os assim chamados movimentos tradicionalistas e seus líderes serão revogadas por este meio . De todo modo, a maioria delas eram nulas e vazias de sentido desde o início”.
“Outro decreto suspende todas as atividades da Comissão Justiça e Paz e todos os secretariados para o ecumenismo em toda a Igreja; e ainda outro decreto proibirá qualquer uso futuro desses infames programas RENEW e RCIA. Eles deverão ser supressos como sendo não católicos.
“Já está estabelecida uma Comissão papal para um reexame dos documentos do Concílio Vaticano II; os decretos dessa Comissão darão a autêntica interpretação [Destaque da Montfort] desses documentos, de uma vez para sempre. Eu mesmo promulgarei uma série de decretos papais sobre liberdade religiosa, sobre a única Igreja verdadeira como a única possuidora dos meios de salvação, e sobre a infalibilidade papal”.
“Um Motu Proprio especial de minha autoria suspenderá todas as reuniões e todas atividades de todas as Conferências Episcopais locais e regionais. O conjunto das iniciativas das Conferências de Bispos têem provado ser uma sementeira de heresias, cisma e erros teológicos; e elas têem sido um dos principais instrumentosl nas mãos dos partidários da Anti Igreja em sua tentativa de despapalizar a organização institucional da Igreja Católica Apostólica Romana”
“Finalmente, há a questão de corrigir e de reformular a atitude da organização da Igreja Católica institucional em todo o mundo face ao mundo moderno. Infelizmente, o que o Concílio Vaticano II estabeleceu nesse sentido foi modelado pelo que o Papa Paulo VI formulou. Desgraçadamente, a formulação desse Pontífice foi modelada para ele por homens do Vaticano, e por homens e mulheres fora do Vaticano que tinham por objetivo somente liquidar a essência do catolicismo e fazer a organização humana dessa Igreja escrava da total secularização do Catolicismo Romano. Essa atitude – logo espalhada e aceita pelos Bispos, padres, religiosos e povo leigo — deve ser expurgada da Igreja”. (Malachi Martin, The Keys of this Blood, Touchstone Books, New York, 1990, p.693-694. Os destaques são nossos).
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Esse texto impressiona por sua atualidade. É impossível não ver a coincidência do que Malachi Martin escreveu em 1990 e o que estã acontecendo, agora, no pontificado de Bento XVI.
Em primeiro lugar,a espetacular coincidência do que Malachi Martin diz da liberação da Missa de sempre e da coexistência das duas formas do rito romano, estabelecidas pelo Motu Proprio Summorum Pontificum de 7 de Julho de 2007. O que Malachi Martin diz do que será feito do Novus Ordo coincide com o que se está propalando que Bento XVI fará com os decretos da chamada Reforma da Reforma.
Em primeiro lugar,a espetacular coincidência do que Malachi Martin diz da liberação da Missa de sempre e da coexistência das duas formas do rito romano, estabelecidas pelo Motu Proprio Summorum Pontificum de 7 de Julho de 2007. O que Malachi Martin diz do que será feito do Novus Ordo coincide com o que se está propalando que Bento XVI fará com os decretos da chamada Reforma da Reforma.
Consta que, talvez já em Janeiro de 2009, o Novus Ordo de paulo VI será reformado, passando a ser celebrado em latim, com o celebrante voltado para Deus e de costas para o povo.
Também é impressionante a informação de Malachi Martin do expurgo do erros luteranos das palavras da Consagração. Sábado passado, dia 25 de Otubro de 2007, terminou o prazo dados às Conferências Episcopais para corrigir a tradução do “pro multis” para “por muitos”, eliminando a errada fórmula em vigor do “por todos” que insinua o erro da salvação universal.
Esperamos que a visita que o Presidente da CNBB a Roma, Dom Lyrio, nestes dias, ajude a fazer essa correção já ordenda pelo Papa e que a CNBB ainda não obedeceu.
Depois virá a questão do “enim” na formula: “Hoc est enim Corpus meum”...
O terceiro decreto anunciado por Malachi Martin é o do levantamento das excomunhões de Dom Lefebvre e de Dom Mayer. Fontes romanas dizem que a anulação das 0065comunhões desses dois Bispos heróicos também que estão para sair de uma hora para outra. Dom Fellay pediu orações de terços nessa intenção até o Natal.
Por que até o Natal apenas?
Do quarto decreto anunciado por Malachi Martin em 1990 -- a suspensão de todas a satividades da Comisão Justiça e Paz---. Que maravilha!!! — nada se diz... Por enquanto...
Em compensação muito se fala de se dar “uma autêntica interpretação do Vaticano II”.
E Bento XVI falou disso usando até o mesmo adjetivo: “autêntica” interpretação do Vaticano II”.
Do fechamento de todas as CNBBs do mundo também nada se diz. Mas o Cardeal Ratzinger já dissera, no passado, que essas Conferências Episcopais não têm nenhum autoridade e nem legitimidade canônica sobre as dioceses, nada podendo elas imporem aos Bispos.
Finalmente a correção do posicionamento da Igreja face ao mundo Moderno. Bento XVI muito atacou a modernidade na Spe salvi. Só falta aplicar essa sua visão para corrigir os erros do aggiornamento à Modernidade realizado pela Gaudium et Spese pela aceitação do pensamento moderno pelo Vaticano II.
As conicidências do texto de Malachi Martin com o que já aconteceu, com o que está acontecendo, com o que se anunacia que vai ser feito são muitas e impressionantes.
As conicidências do texto de Malachi Martin com o que já aconteceu, com o que está acontecendo, com o que se anunacia que vai ser feito são muitas e impressionantes.
Malachi Martin fez uma profecia ou anunciou um programa que há muito está sendo posto em execução? Escreveu uma profecia ou um progarma.?
Claro que Malachi Martin não é profeta.
Rezemos, pois, pelo Papa Bento XVI