Apresentamos abaixo o trecho de uma entrevista de Martin Mosebach, renomado literato alemão, na última edição de revista “The Traditionalist“. Mosebach é autor do bestseller “The Heresy of Formlessness” (A Heresia do Informalismo), livro em que a reforma litúrgica é analisada aos olhos de um homem para quem a Igreja perdeu muito e não ganhou nada com a promulgação do Novus Ordo da missa.
Q: Até agora a polêmica em torno da FSSPX (Fraternidade São Pio X) não obteve sucesso visível para o Vaticano. Em seu ponto de vista, o que esse grupo traz para a Igreja Católica além de seu amor pela liturgia antiga?
Mosebach: Além da liturgia antiga? O que é mais importante para a Igreja do que a liturgia? A liturgia é o corpo da Igreja. É a fé tornada visível. Se a liturgia adoecer, toda a Igreja adoece. Não se trata simplesmente de uma hipótese, mas de uma descrição da situação atcual. Não se pode apresentá-la de maneira drástica o bastante: a crise da Igreja fez com que o seu grande tesouro, o seu arcano, fosse varrido para fora do centro para a periferia.
A FSSPX e, especialmente, o seu fundador, o Arcebispo Lefebvre, merecem a glória histórica de terem preservado e mantido vivo esse dom mais precioso por décadas. Portanto, acima de tudo, a Igreja deve gratidão à FSSPX. Parte dessa gratidão é trabalhar para conduzir a FSSPX para fora de todos os tipos de confusão e radicalismo.
Q: A FSSPX não parece estar caminhando em direcção a Roma.
Mosebach: Na discussão com a FSSPX o que importa é o trabalho paciente de persuasão, conforme apropriado nas questões espirituais. As discussões parecem estar ocorrendo em uma atmosfera muito boa. Se um dia ela for bem-sucedida em integrar novamente a FSSPX na plena unidade da Igreja, o papado de Bento XVI terá obtido um êxito cuja importância excede em muito o número de membros da FSSPX.
fonte.fratres in unum