sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Dom Athanasius Schneider: Tal documento sinodal, mesmo que seja apenas preliminar, é uma verdadeira vergonha. Un neurocirujano de Harvard aviva el debate : Vida más allá de la muerte

ATHANASIUS SCHNEIDER SOBRE O SÍNODO

BishopSchneider

Nota dos editores: Apresentamos abaixo a entrevista concedida por Dom Athanasius Schneider ao LifeSiteNews. A tradução foi feita a partir da versão francesa publicada no blogue de Jeanne Smits
P: Vossa Excelência pode nos dizer qual é vossa opinião a propósito do Sínodo? Qual é vossa mensagem para as famílias?
R: Durante o Sínodo houve momentos de óbvia manipulação por parte de alguns clérigos que ocupavam posições chaves na estrutura editorial e de governo do sínodo. O relatório preliminar ou relatio post disceptationis foi claramente um texto pré-fabricado, sem qualquer referência às declarações reais dos padres sinodais. Nos parágrafos sobre a homossexualidade, a sexualidade e os “divorciados recasados” e seu acesso aos sacramentos, o texto é o reflexo de uma ideologia neo-pagã radical. Esta é a primeira vez na história da Igreja que um texto tão heterodoxo foi publicado enquanto documento emanando de uma reunião oficial dos bispos católicos sob a orientação de um papa, embora o texto só tivesse um caráter preliminar. 
Graças a Deus e às orações dos fiéis do mundo inteiro, um número importante de padres sinodais rejeitou resolutamente essa agenda; essa agenda que reflete o pensamento dominante corrompido e pagão do nosso tempo, que está sendo imposto em todo o mundo por meio da pressão política e através dos quase onipotentes veículos de comunicação de massa oficiais, que são leais aos princípios do partido mundial da ideologia de gênero. Tal documento sinodal, mesmo que seja apenas preliminar, é uma verdadeira vergonha. Ele dá uma ideia da extensão do espírito mundano anti-cristão que já penetrou a tal nível na vida da Igreja. Esse documento ficará para as gerações futuras e para os historiadores como uma mancha negra que manchou a honra da sé apostólica. Felizmente a Mensagem dos padres sinodais é um verdadeiro documento católico que expõe a verdade divina sobre a família sem se calar 
sobre as raízes mais profundas dos problemas, ou seja, a realidade do pecado. Ele oferece uma verdadeira coragem e consolo às famílias católicas. Algumas citações: 
“Pensemos ao sofrimento que pode aparecer em um filho portador de deficiência, em uma doença grave, na degeneração neurológica da velhice, na morte de uma pessoa querida. É admirável a fidelidade generosa de muitas famílias que vivem estas provações com coragem, fé e amor, considerando-as não como alguma coisa que é arrancada ou infligida, mas como alguma coisa que é doada a eles e que eles doam, vendo Cristo sofredor naquelas carnes doentes.
(…) O amor conjugal único e indissolúvel persiste, apesar das tantas dificuldades do limite humano; é um dos milagres mais belos, embora seja também o mais comum.
Este amor se difunde por meio da fecundidade e do ‘gerativismo’, que não é somente procriação, mas também dom da vida divina no Batismo, educação e catequese dos filhos. É também capacidade de oferecer vida, afeto, valores, uma experiência possível também a quem não pode gerar. As famílias que vivem esta aventura luminosa tornam-se um testemunho para todos, em particular para os jovens.
(…) Em vocês se confirma a presença da família de Jesus, Maria e José na sua modesta casa”. 
P: Os grupos que esperavam uma mudança do ensino da Igreja quanto às questões morais (o acesso à comunhão dos divorciados recasados ou qualquer forma de aprovação em relação às uniões homossexuais) ficaram provavelmente decepcionados pelo conteúdo do relatório final, a Relation synodii. Não há, no entanto, um perigo de ver a abertura ao questionamento e à discussão de assuntos fundamentais para o ensinamento da Igreja abrir a porta a graves abusos e a novas tentativas de rever esse ensinamento no futuro?
R: Há um mandamento divino, nesse caso preciso, o sexto mandamento sobre a absoluta indissolubilidade do matrimônio sacramental, uma lei estabelecida de modo divino, que proíbe àqueles que se encontram num estado de pecado grave de ter acesso à Santa Comunhão. Esse é o ensinamento de São Paulo em sua Carta inspirada pelo Espírito Santo (I Cor 11, 27-30). Isso não pode ser submetido a votação, assim como a divindade de Cristo nunca pode ser submetida a votação. Uma pessoa que ainda tem o vínculo matrimonial sacramental indissolúvel, e que apesar disso vive num estado de coabitação marital estável com outra pessoa, em razão da lei divina não pode ser admitida à Sagrada Comunhão. Dizer isso constituiria uma declaração pública da Igreja legitimando de modo nefasto a indissolubilidade do matrimônio cristão, revogando ao mesmo tempo o sexto mandamento de Deus: “Não cometerás adultério“. Nenhuma instituição humana, nem mesmo o papa ou um Concílio ecumênico, tem autoridade ou competência para invalidar, mesmo de modo mais leve ou mais indireto, um dos dez mandamentos divinos, ou as palavras divinas de Cristo: “O que Deus uniu, o homem não separará“. 
Apesar dessa verdade límpida que tem sido ensinada de modo constante e invariável – visto que não modificável – através dos tempos pelo magistério da Igreja até os nossos dias, por exemplo na Familiaris consortio de São João Paulo II, no Catecismo da Igreja católica e pelo papa Bento XVI, a questão da admissão à Sagrada Comunhão do que chamam de “divorciados recasados” foi colocada em votação no sínodo. Esse fato é em si mesmo deplorável e reflete uma atitude de arrogância clerical para com a divina verdade da Palavra de Deus. A tentativa de colocar a Verdade divina e a Palavra divina em votação não é digna daqueles que, enquanto representantes do Magistério, têm o dever de transmitir com zelo o depósito divino, como servos bons e fiéis (cf. Mt 24, 45). Ao admitir os divorciados recasados à Santa Comunhão, esses bispos estabelecem uma nova tradição, fruto de seu próprio querer, e transgridem assim o mandamento de Deus, pelo quê Cristo repreendeu outrora os fariseus e escribas (cf. Mt 15, 3). 
E o que é mais agravante é o fato de que esses bispos tentam justificar sua infidelidade à palavra de Cristo por meio de argumentos de necessidade pastoral, de misericórdia, de abertura ao Espírito Santo. Além disso, eles não temem perverter sem escrúpulos, ao modo gnóstico, o sentido verdadeiro dessas palavras, apresentando aqueles que se opõem a eles como rígidos, escrupulosos ou tradicionalistas. Durante a grande crise ariana do século IV, os defensores da divindade do Filho de Deus também eram taxados de intransigências e de tradicionalismo. Santo Atanásio foi até excomungado pelo papa Libério; o papa justificou isso alegando que Atanásio não estava em comunhão com os bispos orientais que eram em sua maioria hereges ou semi-hereges. São Basílio Magno declarava então: “Hoje somente um pecado é severamente punido: a observância atenta das tradições de nossos pais. Por essa razão os bons são expulsos de suas casas e conduzidos para o deserto”.
Na verdade, , com grande consternação, essas palavras de Cristo: “Ao pecador, porém, Deus diz: Por que recitas os meus mandamentos, e tens na boca as palavras da minha aliança?Tu que aborreces meus ensinamentos e rejeitas minhas palavras? Se vês um ladrão, te ajuntas a ele, e com adúlteros te associas” (Salmo 49, 16-18).
O relatório final do Sínodo também conserva, infelizmente, o parágrafo a propósito da comunhão aos “divorciados recasados”. Ainda que ele não tenha atingido os dois terços dos votos necessários, permanece, no entanto, preocupante o fato de que a maioria absoluta dos bispos presentes votaram a favor da comunhão para os divorciados recasados, triste reflexo da qualidade espiritual do episcopado católico dos nossos dias. É triste, além do mais, que esse parágrafo, que não obteve a aprovação necessária da maioria qualificada, permaneça, no entanto, no relatório final e que ele será enviado a todas as dioceses em vista das discussões suplementares. Isso só faz aumentar a confusão doutrinal entre os padres e fiéis, a ideia que ficará no ar é de que os mandamentos divinos e as palavras divinas de Cristo, assim como as do apóstolo Paulo, são susceptíveis de modificação por grupos de decisão humanos. 
Um cardeal que apoiou abertamente e fortemente a ideia da comunhão aos “divorciados recasados”, e mesmo as declarações vergonhosas sobre os “casais homossexuais” no relatório preliminar, estava descontente com o relatório final; ele declarou descaradamente que o “copo está meio cheio”. Para continuar a analogia, ele declarou que é preciso trabalhar afim que no próximo ano, durante o Sínodo, ele esteja cheio. Devemos acreditar firmemente que Deus dissipará esses planos de desonestidade, infidelidade e traição. Cristo segura infalivelmente o leme do navio de Sua Igreja em meio de tal tormenta. Acreditamos e depositamos nossa confiança no verdadeiro chefe da Igreja, Nosso Senhor Jesus Cristo, que é a Verdade. 
P: Vivemos atualmente um paroxismo de ataques contra a família: um ataque acompanhado de uma confusão terrível em relação ao humano e à identidade humana. Infelizmente alguns membros da Igreja católica, falando desses temas, exprimem opiniões que contradizem o ensinamento de Nosso Senhor. Como devemos falar com as pessoas que são vítimas dessa confusão, para reiterar sua fé e ajudá-las no caminho rumo à Redenção?
R: Nesses tempos extraordinariamente difíceis Cristo purifica nossa fé católica para que através dessa provação, a Igreja acabe por brilhar mais e se torne realmente sal e luz para esse mundo neo-pagão insípido, graças à fidelidade e à fé simples e pura dos fiéis, dos pequenos da Igreja, da ecclesia docta, a Igreja discente, que em nossos dias dará força à ecclesia docens, a Igreja docente, o Magistério, assim como ocorreu durante a grande crise da fé no século IV. 
Devemos encorajar os católicos comuns a permanecerem fiéis ao catecismo que eles aprenderam, a serem fiéis às claras palavras de Cristo no Evangelho, a serem fiéis à fé que lhes foi transmitida por seus pais e seus antepassados. Devemos organizar círculos de estudos e conferências sobre o ensinamento constante da Igreja sobre a questão do matrimônio e da castidade, convidando para isso especialmente os jovens e os casais casados. Devemos mostrar a beleza de uma vida casta, a beleza do matrimônio cristão e da família, o grande valor da Cruz e do sacrifício em nossas vidas. Devemos apresentar sempre mais os exemplos dos santos e das pessoas exemplares que demonstraram que ainda que eles tenham sofrido as mesmas tentações da carne, e a mesma hostilidade e escárnio do mundo pagão, eles viveram com a graça de Cristo uma vida de alegria na castidade, no seio do matrimônio cristão e da família. A fé, a fé pura e integral católica e apostólica vencerá o mundo. 
Devemos fundar e promover grupos de jovens com coração puro, grupos de famílias, grupos de esposos católicos, que se comprometerão a permanecerem fiéis a seus votos matrimoniais. Devemos organizar grupos que ajudarão moralmente e materialmente as famílias divididas, as mães solitárias; grupos que assistirão, pela oração e pelos bons conselhos, os casais separados; grupos de pessoas que ajudarão os “divorciados recasados” a iniciar um processo de conversão séria, reconhecendo com humildade sua situação de pecado que viola o mandamento de Deus e a santidade do sacramento do matrimônio. Devemos criar grupos que ajudarão com prudência as pessoas que têm tendências homossexuais, a fim de fazê-las entrar no caminho da conversão cristã, esse caminho belíssimo e alegre de uma vida casta, e para propor-lhes eventualmente, de modo delicado, uma ajuda psicológica. Devemos demonstrar e pregar aos nossos contemporâneos desse mundo neo-pagão o poder libertador da boa nova, do ensinamento de Cristo: que o mandamento de Deus, incluindo o sexto mandamento, é sabedoria e beleza. “A lei do Senhor é perfeita, reconforta a alma; a ordem do Senhor é segura, instrui o simples. Os preceitos do Senhor são retos, deleitam o coração; o mandamento do Senhor é luminoso, esclarece os olhos” (Salmo 18, 7-8).
P: Durante o Sínodo, Dom Gadecki, arcebispo de Poznan, e outros distintos prelados expressaram publicamente seu desacordo com o fato de que os resultados das discussões se afastaram do ensinamento constante da Igreja. Existe uma esperança de que no meio dessa confusão haja um despertar dos membros do clero e dos fiéis que ignoravam até aqui, mesmo no seio da Igreja, que há pessoas que minam o ensinamento de Nosso Senhor?
R: É sem dúvida uma honra para o catolicismo polonês que o presidente da Conferência episcopal, Sua Excelência Dom Gadecki, tenha defendido com clareza e coragem a verdade de Cristo sobre o matrimônio e a sexualidade humana, revelando-se assim um verdadeiro filho espiritual de São João Paulo II. 
O cardeal Georges Pell descreveu corretamente a agenda sexual liberal e o apoio pretendidamente misericordioso e pastoral à comunhão para os divorciados recasados que se viu durante o Sínodo, dizendo que se tratava apenas da ponta do iceberg e de um tipo de cavalo de Troia na Igreja. Que, no próprio seio da Igreja, exista pessoas que minam o ensinamento de Nosso Senhor, isso se tornou um fato visível para o mundo inteiro, graças à internet e ao trabalho de alguns jornalistas católicas que não ficaram indiferentes ao que ocorria à fé católica, que eles consideram como o tesouro de Cristo. Fiquei feliz ao ver que alguns jornalistas católicos e blogueiros se comportaram como bons soldados de Cristo chamando a atenção para essa agenda clerical que mina o ensinamento perene de Nosso Senhor. 
Os cardeais, os bispos, os padres, as famílias católicas, os jovens católicos devem dizer para si mesmos: “Eu me recuso a me conformar com o espírito neo-pagão desse mundo, mesmo quando esse espírito é difundido por certos bispos e cardeais, não aceitarei seu uso falacioso e perverso da santa misericórdia divina e de um “novo Pentecostes”, recuso jogar grãos de incenso diante da estátua do ídolo da ideologia de gênero, diante do ídolo do re-casamento, do concubinato, mesmo que meu bispa o faça, não o farei; com a graça de Deus escolherei sofrer ao invés de trair a verdade integral de Cristo sobre a sexualidade humana e o matrimônio”. 
São os testemunhos que convencerão o mundo, e não os professores, disse o bem-aventurado Paulo VI na Evangelii nuntiandi. A Igreja e o mundo precisa realmente de Deus, da verdade integral das palavras de Cristo sobre o matrimônio. Os fariseus e os escribas clericais modernos, esses bispos e cardeais que jogam grãos de incenso diante dos ídolos neo-pagãos da ideologia de gênero e do concubinato, não convencerão ninguém a crer em Cristo ou a estar disposto a oferecer sua vida por Cristo. Na verdade, “veritas Domini manet aeternum” (Salmo 116, a verdade do Senhor permanece para sempre), “Cristo é o mesmo ontem, hoje e para sempre” (Hb 13, 8), e “a verdade vos libertará” (Jo 8, 32). Essa última frase era uma das citações da Bíblia preferidas de São João Paulo II, o papa da família. Podemos acrescentar: a verdade divina revelada e transmitida sem alteração sobre a sexualidade humana e o matrimônio trará a verdadeira liberdade às almas, dentro e fora da Igreja. No meio da crise da Igreja e do mau exemplo moral e doutrinal de alguns bispos de seu tempo, Santo Agostinho reconfortava os simples fiéis com essas palavras: “Quem quer que sejamos, nós bispos, estais em segurança, vós que tendes Deus por pai e sua Igreja por mãe” (Contra litteras Petiliani III, 9-10).

 

lunes, 3 de noviembre de 2014|

Vida más allá de la muerte

Un neurocirujano de Harvard
aviva el debate

"Sí, hay vida después de la muerte, lo he comprobad0"

En estos días, que la Iglesia celebra fiestas tan significativas como Todos los Santos y el Día de los Difuntos, y una gran multitud ha visitado los cementerios, el tema del más allá está de actualidad. Algunos pretenden empañarlo con el jolgorio de las calabazas y los disfraces, pero el más allá está muy cercano.

Por este motivo cobra un interés excepcional que un científico, un neurocirujano de Harvard, hable de su experiencia personal durante el tiempo que estuvo sufriendo un coma profundo. Lo publicó El Confidencial hace unos meses. Los traemos aquí por su interés.
“He estado sumido en un profundo coma durante una semana en el que viajé a otra dimensión del universo; una dimensión que nunca antes pude llegar a soñar que existiese”
Así arranca el neurocirujano de la Universidad de Harvard, Eben Alexander, su relato en primera persona sobre la vida después de la muerte, una experiencia que le ha hecho creer en la vida eterna y que recogerá próximamente en un libro titulado: Proof of Heaven: A Neurosurgeon’s Journey into the Afterlife (La prueba del cielo: el viaje de un neurocirujano a la vida después de la muerte).

Las tesis de Alexander (publicadas en su libro) han generado una intensa polémica en Estados Unidos después de que la revista Newsweek publicase varios extractos del texto. El neurocirujano asegura que antes de vivir esta experiencia había estado bastante alejado de la Iglesia y no creía en la vida más allá de la muerte, pero ahora dice contar con la prueba irrefutable de que estaba equivocado. Precisamente, el debate abierto en torno al relato del médico norteamericano se centra en si una experiencia personal puede ser una prueba científica o no. Para el mayor experto mundial en estos temas, el psiquiatra y filósofo Raymond Moody:
“No hay duda: el doctor Eben Alexander es la prueba viviente de que existe vida después de la muerte. Es el caso más asombroso sobre experiencias cercanas a la muerte que he escuchado desde hace más de cuatro décadas estudiando estos fenómenos”

Newsweek dedica la portada
de su último número
al neurólogo Eben Alexander

Se reaviva el debate
sobre la vida eterna
en la comunidad científica

La discusión sobre este tema está adquiriendo un creciente auge en el país norteamericano, sobre todo, después de que la prestigiosa fundación John Templeton donase cinco millones de dólares al profesor de filosofía de la Universidad de Riverside John Martin Fischer para que estudiase en profundidad las experiencias al borde de la muerte. Es lo que se ha dado en llamar el Proyecto Inmortalidad. Muchas investigaciones de diferentes ámbitos han intentando con anterioridad abordar este tema. Uno de los estudios previos más importantes se recoge en el ensayo Experiencias cercanas a la muerte entre la ciencia y prejuicio, en el que sus autores, dos profesores italianos de la Universidad de Padua, señalan que cualquier interpretación reduccionista de este tipo de fenómenos suele encontrarse equivocada, ya que las sucesivas investigaciones han demostrado hechos muy diferentes entre sí. La ortodoxia médica suele explicar estos casos como meras alucinaciones causadas por la anoxia (carencia de oxígeno)

Los ecos de este debate ya han llegado a Europa de la mano del cardiólogo Pim Van Lommel, quien se dedica a investigar experiencias cercanas a la muerte (ECM).
“Las han vivido miles de personas, pero no todas las explican por temor a ser tachadas de lunáticas o porque creen que las causan la medicación o la enfermedad. No todos experimentan lo mismo, pero sí citan algunas experiencias recurrentes que coinciden en un cruce espacio-temporal”
Explicaba el médico en una entrevista concedida recientemente. El cirujano norteamericano sí es de los que cuentan:
“Su visita al cielo”
Con todo lujo de detalles:

“Una aventura que comenzó en un lugar espacial, más alto que las nubes. Allí había criaturas muy diferentes a las que hay en la tierra, pájaros y ángeles que, sencillamente, eran formas superiores”
Alexander compara los fuertes sonidos que emitían estas criaturas:
“Con unos cantos gloriosos, que más tarde entendí como gritos de alegría”
Su viaje se produjo rodeado de millones de mariposas y una mujer, al modo de un ángel de la guarda, que le repitió tres mensajes concretos en un idioma desconocido pero entendible para el neurocirujano en aquellos momentos:


“Sois amados y respetados, os querremos para siempre”
“No tienes nada que temer”
“No hay nada por lo que puedas hacer el mal”
Esta mujer también le prometió que le enseñaría muchas cosas de ese nuevo mundo, pero que inevitablemente debía volver a la tierra.

Del esoterismo a la física cuántica


“Sé que esto es tan extraordinario como increíble. Otros médicos me dicen que todo es cosa de mi mente, pero está lejos de ser una alucinación porque fue tan real o más que cualquier otro acontecimiento vital anterior”, asegura Alexander
La ortodoxia médica suele explicar estos casos como meras alucinaciones causadas por la anoxia (carencia de oxígeno). Una tesis que el experto en EDM, Pim Van Lommel, pone en entredicho:
“Porque si la causa fuera la anoxia, todos los que vuelven a la vida tras estar cerca de la muerte tendrían ECM porque todos la sufren, pero en cambio, sólo el 18% tiene esas experiencias”
Nuestra muerte sólo es un cambio de conciencia, una transición. Unas experiencias que suelen cambiar por completo la filosofía de vida de sus protagonistas.
“Antes de mi experiencia era muy escéptico con las experiencias cercanas a la muerte. Hoy en día sé que son una realidad. Durante toda mi carrera de más de 30 años fui defensor, al igual que la mayoría de mis compañeros, de que el cerebro genera conciencia y de que vivimos en un universo desprovisto de cualquier tipo de emoción. Sin embargo, lo que me ha ocurrido cambió todas mis creencias y teorías, por lo que tengo la intención de pasar el resto de mi vida investigando la verdadera naturaleza de la conciencia”
Añade el neurocirujano. Una postura que cada vez adoptan más investigadores médicos. Van Lommel ha llegado a la conclusión, después de analizar a cientos de pacientes con ECM:
“De que la conciencia no es más que un retransmisor para esta dimensión de nuestro ser en varias. Es como una radio que, mientras vivimos aquí, sintoniza con este universo”


Nuestra muerte, añade el investigador sólo es un cambio de conciencia, una transición porque morimos en una dimensión para pasar a otras”
Una teoría alejada del misticismo que el cardiólogo “no creyente” defiende en términos de física cuántica. El caso del médico Eben Alexander no es un hecho aislado. Cada vez son más los científicos que apoyan las teorías sobre las experiencias cercanas a la muerte basadas en el acceso del ser a otro tipo de dimensiones, además de los testimonios de miles de personas con ECM. El debate no ha hecho más que empezar.

Fuente - Texto tomado de RELIGIONENLIBERTAD.COM: