sexta-feira, 9 de novembro de 2012

Todos nós, sacerdotes, quer sejamos pecadores quer santos, quando celebramos a Santa Missa não somos nós próprios.


44 Sacerdote para a Santa Missa

Convém recordar, com importuna insistência, que todos nós, sacerdotes, quer sejamos pecadores quer santos, quando celebramos a Santa Missa não somos nós próprios. Somos Cristo, que renova no altar o seu divino Sacrifício do Calvário. A obra da nossa Redenção cumpre-se continuamente no mistério do Sacrifício Eucarístico, no qual os sacerdotes exercem o seu principal ministério, e por isso recomenda-se encarecidamente a sua celebração diária pois, mesmo que os fiéis não possam estar presentes, é um acto de Cristo e da sua Igreja .

Ensina o Concilio de Trento que na Missa se realiza, se contém e incruentamente se imola aquele mesmo Cristo que uma só vez se ofereceu Ele mesmo cruentamente no altar da Cruz... Com efeito, a vítima é uma e a mesma: e O que agora se oferece pelo ministério dos sacerdotes, é O mesmo que então se ofereceu na Cruz, sendo apenas diferente a maneira de se oferecer.
A assistência ou a falta de assistência de fiéis à Santa Missa não altera em nada esta verdade de fé. Quando celebro rodeado de povo, sinto-me satisfeito, sem necessidade de me considerar presidente de nenhuma assembleia. Sou, por um lado, um fiel como os outros, mas sou, sobretudo, Cristo no Altar! Renovo incruentamente o divino Sacrifício do Calvário e consagro in persona Christi, representando realmente Jesus Cristo, porque lhe empresto o meu corpo, a minha voz e as minhas mãos, o meu pobre coração, tantas vezes manchado, que quero que Ele purifique.

Quando celebro a Santa Missa apenas com a participação daquele que ajuda à Missa, também aí há povo. Sinto junto de mim todos os católicos, todos os crentes e também os que não crêem. Estão presentes todas as criaturas de Deus - a terra, o céu, o mar, e os animais e as plantas -, dando glória ao Senhor da Criação inteira.
http://pt.escrivaworks.org/book/amar_a_igreja-ponto-44.htm