inundado por um mistério de luz que é Deus e N´Ele vi e ouvi -A ponta da lança como chama que se desprende, toca o eixo da terra, – Ela estremece: montanhas, cidades, vilas e aldeias com os seus moradores são sepultados. - O mar, os rios e as nuvens saem dos seus limites, transbordam, inundam e arrastam consigo num redemoinho, moradias e gente em número que não se pode contar , é a purificação do mundo pelo pecado em que se mergulha. - O ódio, a ambição provocam a guerra destruidora! - Depois senti no palpitar acelerado do coração e no meu espírito o eco duma voz suave que dizia: – No tempo, uma só Fé, um só Batismo, uma só Igreja, Santa, Católica, Apostólica: - Na eternidade, o Céu! 
"Quatro séculos separam no tempo Juan Diego e Josemaría Escrivá, mas algo de ingente valor, o amor à Virgem de Guadalupe, os une no céu e no coração de muitos mexicanos.” A frase é do Cardeal Norberto Rivera, arcebispo do México, durante a Santa Missa de canonização dos dois santos.
Na sua homilia, o Cardeal Rivera afirmou que a decisão do Papa de canonizar Josemaría Escrivá e Juan Diego é motivo de júbilo "para todo o mundo, especialmente para os mexicanos".
Recordo com emoção a visita de Mons. Escrivá ao México em 1970: a sua oração à Virgem de Guadalupe que então se venerava no antigo templo; o seu gozo ao comprovar a devoção dos mexicanos à Virgem de Guadalupe, Mãe de Deus; e a sua santa "inveja" por Juan Diego, interlocutor privilegiado da Rainha das Américas.
Um dia, depois de alguns momentos de conversa com alguns sacerdotes no Estado de Jalisco, sentiu-se bastante cansado. Para se recompor, retirou-se para um quarto onde havia um quadro que representava a Virgem de Guadalupe oferecendo uma rosa a Juan Diego. Ao reparar nessa tela, São Josemaría comentou: "Assim queria eu morrer: olhando para a Santíssima Virgem de Guadalupe; e que Ela me desse uma flor…". Como recordava o meu antecessor, Mons. Álvaro del Portillo, a Virgem de Guadalupe acedeu a esse desejo: a 26 de Junho de 1975, quando São Josemaría chegava ao quarto onde costumava trabalhar, o seu coração parou; nesse escritório há uma imagem da Virgem de Guadalupe que recebeu o seu último olhar carinhoso.
[Mais um dos muitos sinais da Virgem de Guadalupe. Os mais frios de coração não entendem, mas eu sei, e tenho a certeza absoluta que a Virgem de Guadalupe me responde quando a invoco. Ontem, aconteceu mais uma coisa grande na minha vida graças a Ela, e eu juro que não estava à espera. No seguinte post, conto-vos mais ou menos o que se passou.]
O Papa quis unir de novo estes dois beatos, canonizando-os no ano 2002. Eu quero também interpretar esta venturosa coincidência como um gesto que vem recordar a todos os cristãos que a devoção à Virgem [de Guadalupe] não envelhece, não passa de moda, permanece sempre actual, acima do espaço e do tempo. Penso que somos muitos os que recorremos a Ela com a petição que São Josemaría formulou no México durante aquela viagem em 1970: "Que a Virgem Santíssima, Nossa Mãe de Guadalupe, obtenha a verdadeira paz para todos os povos da América.”
(Declarações de Dom Javier Echevarría por ocasião do anúncio das canonizações dos agora santos São Juan Diego e São Josemaria Escrivá)
Se eu já gostava de São Josemaría...
“Para todo o mundo, mas especialmente para os mexicanos, esta notícia [da canonização no mesmo ano de Juan Diego e de Josemaría Escrivá] tão esperada encheu-nos de especial gozo. Alegra-me também a peculiar coincidência de que Santa Maria de Guadalupe tenha reunido de novo Juan Diego e Josemaría Escrivá: os dois, peregrinos do Tepeyac e enamorados da Virgem Morena de Guadalupe. Reuniu-os no seu caminho para os altares, já que, em 1990, foram declarados veneráveis no mesmo dia quando se reconheceram as suas virtudes heróicas."
(Cardeal Norberto Rivera, Arcebispo Primaz do México, 9 de Janeiro de 2002)
FONTE:VIDA ESPIRITUAL CATÓLICA